Intrigas - Parte II

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O veneno serviria para negociar com a garota, seja o que for que ela soubesse acreditava que seria de grande ajuda.

Saímos da tenda em direção aos prisioneiros. O turno já havia sido trocado, analisei os guardas a postos e tudo parecia ter corrido como o planejado.

Observei que as crianças dormiam claramente esgotadas, os prisioneiros se encontravam alertas, as mulheres curvadas chorando baixo.

─ Muito bem. Querem dar o último adeus ao parente de vocês?

─ Desgraçado! ─ A esposa de Adar gritou com força encarando - me ofegante e desolada. Ela era o resumo bem feito de alguém que não teme a morte.

Aproximei - me dá mulher e a degolei com um golpe rápido de Tihamtu. Não tinha tempo para gritos e insubordinações.

─ Soldados tirem Adar do Touro. ─ Falei encarando a garota assustada de olhos claros e profundos.

Meus soldados tiraram o corpo torturado, queimado e irreconhecível de Adar de dentro do artefato. Observei as expressões de desespero, angústia e desalento em cada um dos prisioneiros.

─ Estão com fome? Podem desfrutar do cozido de traidor antes de morrerem. ─ Falei enquanto sorria cruel.

Os homens tentavam forçar as correntes enquanto gritavam de ódio. As mulheres estavam desfalecida e as crianças agora despertas gritavam de pavor.

─ Degolem os homens e as mulheres. ─ Os soldados se aproximaram sob o som dos gritos de desesperos. As crianças taparam os olhos para não ver seus pais, irmãos e parentes próximos serem decapitados de maneira brutal.

Encarei novamente a garota e ela me olhava com os olhos vermelhos cheio de nojo e promessas assassinas. Oh, pobre garota talvez em uma próxima vida ela consiga sua vingança.

Nesse momento, nessa vida eu era mestre e senhor. Eu dizimarei quem se colocar entre mim e a minha ascensão. Nada nem ninguém me demoveria da ideia de reinar entre os povos conhecidos. Muito menos covardes como Adar, Humri e quem mais esteja por trás desse golpe me fariam cair ou me prostar de joelho.

Eu sou Mardok Uard II e não me curvo para nada e ninguém.

Um por um os adultos tiveram sua vida ceifada. Sentei - me de frente para as crianças e jovens restantes. O cheiro de urina, fezes e morte misturado com o de queimado impregnava o ambiente. Olhei para Aubalith incentivando - o a trazer a filha de Adar.

Aubalith se dirigiu a garota a puxando pelo braço arrastada e aos berros histéricos dela e das crianças que ainda conseguiam gritar.

─ Diga seu nome filha de Adar! ─ Sentenciei imperativo ainda sentado encarando - a. A jovem levantou o rosto altiva, quem observasse o olhar que a garota demandava para mim não imaginaria que ela valia menos que uma escrava no momento.

A filha de Adar não envergou sua espinha para mim. O olhar altivo com porte de uma rainha me surpreendeu. Diferente do covarde do irmão a garota parecia ter bolas.

─ Meu nome é Zirat. ─ Disse firme mesmo eu percebendo seu corpo quase convulsionar de tanto tremer.

─ Zirat filha da casa de Adar vou dar - te uma chance de falar o que sabes e assim serei benevolente com você e os que restaram.

Da guerra ao AmorDonde viven las historias. Descúbrelo ahora