Capítulo 1

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03 de março de 2022

Josh estava ao lado da namorada, enquanto a encarava e suspirava. Era manhã, oito horas, quando ele acordou. Normalmente, Justin e Josh revezam quem dorme lá, porque, segundo eles, Heyoon pode acordar a qualquer momento e eles querem estar presente.

É isso há dez meses, mas eles têm esperança.

Hoje quem havia ficado foi Josh, era seu último dia ali, pois nos finais de semanas quem ficava no hospital era a mãe de Heyoon, mesmo que ela não queria tanto, ela preferia estar por perto.

O Beauchamp se aproximou da maca devagar e abaixou deixando um beijo na testa da mulher, logo saiu do quarto e foi até a cantina buscar algo para comer.

Quando ele voltou, encontrou Hina no pé da maca, encarando a irmã com os olhos cheios de lágrimas, enquanto Justin a abraçava de lado e tentava consolar a filha.

— E se ela nunca mais voltar? — a menor perguntou fungando.

— Ela vai voltar, filha. Tenha esperança, por favor — Justin pediu suspirando.

— Licença — Josh se aproximou. — Bom dia.

— Bom dia. Nada? — Apontou para Heyoon com o olho, Josh negou suspirando.

— Ontem o médico falou que queria falar com a gente. — O pai assentiu.

Eles ficaram por ali a manhã inteira, quando deu uma hora, o doutor Morris — médico responsável por Heyoon — apareceu no quarto. Perguntou sobre a paciente, mas, infelizmente, nada havia acontecido. Nenhum sinal. Nada.

Lamar chamou os dois homens para conversar, enquanto isso, Hina ficou com Heyoon, conversando com ela, porque sim, todos ali acreditavam que ela escutava.

— E então...? — Justin perguntou sentando na cadeira em frente ao médico.

— Bom... Heyoon, em dez meses, não deu nenhum sinal, como vocês sabem. Eu estou acompanhando ela desde sempre e... Eu acho melhor desligar os aparelhos. — Josh levantou. — Foram dez meses sem nenhum tipo de sinal.

— Não vamos desligar! — afirmou Josh.

— Sinto muito, mas quem decide é quem está pagando os custos, que é a mãe dela. Vocês precisam conversar com ela. — O loiro mais novo revirou os olhos. — Eu realmente sinto muito, mas às chances de ela acordar são mínimas.

— Mas ainda sim tem, certo? — Justin perguntou e o homem assentiu. — Então pronto. Não vamos desligar. E pode deixar, vou falar com a responsável. — Levantou. — Mais alguma coisa?

— Não, era apenas isso. Depois passo no quarto para examiná-la. — Logo os dois saíram.

Eles caminhavam devagar até a sala, nenhum dizia nada, mas os dois pensavam que não iriam desligar os aparelhos. Eles entraram no quarto e inventaram uma desculpa para Hina, não queria falar aqui, Justin falaria depois.

— Cheguei! A pessoa mais amada dessa família. — Billie entrou pela porta. — Que caras são essas?

— Não vou ficar feliz com a minha filha naquele estado, né? — o homem debochou.

— Ela vai sair dessa. — A mulher cumprimentou todos. — Não tem notícias?

— Tá com fome, Hina? — Josh perguntou, ela fez uma careta, mas assentiu. Sabia que queriam tirá-la dali. — Vamos comer? Te levo lá.

— Eu espero explicações em casa, pai — falou saindo com Josh e arrancando uma risada do cunhado.

— O que houve? — Billie perguntou preocupada. 

Pela primeira vez em meses, ela estava preocupada.

— O doutor falou que às chances de ela acordar são mínimas e que a gente poderia desligar os aparelhos.

— Não tem chances?

— Ter tem, mas são poucas. — Suspirou, colocando as mãos no bolso. — Mas não vamos deligar, certo?

— Ele falou que seria melhor, não?

— Vai desistir da nossa filha assim?

— Ah, vai tomar no seu cu, não foi isso que eu disse.

— Mas insinuou. Não vamos deligar, Billie!

— E vamos ficar pagando até quando?

— Até ela acordar. Dinheiro você tem de sobra. É sua filha!

— Licença. — Lamar apareceu no quarto. — Vocês querem um conselho?

— Não.

— Sim — Billie falou por cima.

— Daria uma semana, se ela não acordar, é provável que ela não acorde.

— Não! Para com isso, doutor. Não vamos desligar enquanto tiver chances. Eu não vou matar minha filha.

— Não está matando! Está a deixando ir em paz.

— Não vamos desligar e ponto.

— Vamos sim. Uma semana — Billie falou encarando a filha. 

Ela se aproximou devagar.

— O quê? Tá louca, Billie?

A mulher ignorou. Pegou na mão da filha e fez um carinho olhando sua expressão serena. Fez um carinho em seus cabelos e abaixou beijando seu rosto.

— Por mais idiota que seja, eu sei que você escuta, e quando você voltar eu espero que fale que escuta, pois eu vou me sentir mais idiota ainda se eu estiver conversando com alguém que não me escuta. Preciso que dê um sinal em uma semana, Heyoon. Você precisa voltar para ir viajar comigo e eu poder apresentar suas danças para o mundo, então, acorde, filha.

— O jeito que ela não é fofa é admirável — Justin falou e Lamar riu baixo.

— Ela vai acordar. — Billie se afastou. — Quem desobedece a mãe? — Fez uma cara de quem estava certa e se retirou do quarto.

— Espero que acorde — o doutor falou, também saindo da sala.

— É, eu também espero. — O pai suspirou.

Eu deveria ter agido antes, mas só me contaram sobre isso no último dia, eu tive poucas horas...

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Oioi, como vocês estão??

Qualquer erro sinalizem :)
Votem e comentem também, please.

Eu fiz um vídeo sobre essa fanfic, postei no tiktok. Perfil: @cf_artistic

Vão lá ver :)
Vô deixar o link no quadro de avisos hehe

Até mais <3

Wake Up, Please - HeyoshDonde viven las historias. Descúbrelo ahora