VOCÊS SÃO A MINHA VIDA

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— Então senhora Gouveia, afirma que não repassou informações para a empresa concorrente?

— Sim. Eu apenas conhecia o senhor Gustavo por jornais e Internet.

— Não é o que diz essa foto, como explica isso?

— Neste dia encontrei sua esposa que me pediu para retirar um resultado...

Estou na empresa, fui chamada para esclarecer a denúncia de que vazei informações, o Victor está ao meu lado me dando suporte, não sei qual será meu destino na empresa, pois ainda não se descobriu o que realmente aconteceu e quem foi. Tudo aponta para mim que foi agravado pelo fato dos trezentos e cinquenta mil, dando prejuízo a empresa e o Marcos me acobertou como cúmplice.

— Você e o Marcos erraram muito não me contando o verdadeiro motivo deste contrato.

—  Marcos não deixou, ele disse que tinha resolvido com o setor financeiro, nem permitiu que eu fosse conversar e tentar um novo contrato.

— Desculpa Dil,  aquele idiota te colocou em risco quando fez isso, mas vamos provar sua inocência...

— Victor, dois meses e nada foi esclarecido, que ironia vou acabar presa como o Marcos  me ameaçou no início.

Estamos conversando e esperando o elevador, após muitas perguntas estou exausta tudo o que quero é ir embora e não encontrar o Marcos, mas não tive sorte, escuto sua voz no corredor tento não olhar de lado, mas ouço uma voz de mulher conversando com ele, é uma das amigas da Luciana que junto com ela muitas vezes me humilharam.

Entristeço ao vê-lo tão íntimo com ela, sorrindo feliz, parece que ele está continuando a vida e eu já sou passado. Nossos olhos se encontram.

O Victor me segura quando sente o meu corpo tremer, agradeço porque a porta do elevador se abre e eu entro sem esperar por ele.

— Tudo bem, Dil, você está tremendo, segura aqui. – Escuto o Victor e o Marcos chamando por ele antes das portas fecharem.

— Eu só preciso sair daqui, me leva para casa, por favor. – As lágrimas teimam em sair.

— Ele não está com ela...

— Por favor, não me fale nada... Eu quero esquecer, preciso... – Não consigo falar sinto minhas pernas tremerem e não desmaio porque o Victor é rápido e me segura.

Escuto ele falar com a Cláudia quando já estamos em seu carro.

— Vou te levar em casa, mas preciso que me der seu endereço, eu juro que não falo pro Marcos.

— Até parece que ele está interessado.

Dou-lhe meu endereço e escuto ele falando com seu amigo, apenas diz que estou bem, mas antes o chama de idiota.

— Amiga, você não está bem, sua mãe me falou que anda dormindo muito, só vive cansada e tem dias que come e outros não entra nada.

— Estou ansiosa, mas estou bem!

— Dil, meu Deus tudo isso foi você que escreveu.

Estamos em meu apartamento, sorrio com o espanto do meu amigo. Ainda não me acostumei falar que sou Gabo Rossetti. A Cláudia não se aguenta.

— Você precisa ver os cadernos que ela tem, amiga o Victor seria que tipo de personagem em seus romances?

— De época, com esse olhar e a barba, um duque onde a mocinha não resistiria e cairia de amor por ele!

O Victor cai na gargalhada, pega a Cláudia a rodopiar finalizando com um beijo.

— É assim que um duque faria? – Ele pergunta dançando uma valsa com a cal.

O CONTRATO DE CASAMENTOWhere stories live. Discover now