Capítulo 13

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— Filha por favor volta para cá agora!— Minha mãe disse desesperada.
— O que houve mãe?
— Só vem pra cá!

Ela desligou e eu não tive escolha, a não ser ir o mais rápido possível para casa da minha mãe.
Entrei na casa e lá estava ela aos prantos.
— O que houve mãe?! - Eu perguntei desesperada.
— Fala!— Eu gritei.
— Seu pai está no hospital.
— Porque?! — Eu já estava fora de controle.
— Ele teve duas paradas cardíacas e agora ele está no hospital em caso de vida ou morte!
Nessa hora meu chão desabou, a pessoa que me criou, que me ensinou tudo oque eu sei sobre ser a melhor pessoa do mundo estava prestes a morrer e eu não podia fazer nada.
Eu só peguei o meu carro e saí como uma louca atrás de uma explicação para tudo aquilo. Enquanto eu dirigia como uma doida, Gabriel começou a me ligar. Eu não estava com cabeça para falar com ninguém, mesmo que eu saiba que Gabriel queira me aconselhar, mas no momento eu não queria escutar ninguém.
Decide ir para o hospital onde meu pai estava, pra ver se eu me acalmava. Atendi a um telefonema do Gabriel após 15 ligações perdidas.

— Estela oque houve com você? - Ele perguntou preocupado.
— Amor, me desculpe não ter atendido, mas eu estou desesperada, porque meu pai está aqui no hospital em caso de vida ou morte e eu não sei o que fazer!
— Olha meu amor fica calma, eu tô indo para ai ok?!
— Ok
Fui no quarto do meu pai, ver ele naquele estado só me destruiu cada vez mais. Sai do quarto dele e fui para o refeitório, já que minha mãe tinha me implorado para comer algo. E tive uma surpresa:
— Olá senhorita Estela!
— Rafael! Que surpresa!
— A quanto tempo não? - Ele disse se sentando ao meu lado.
— E o que você tem feito durante este tempo? — Perguntei a ele.
— Não querendo me gabar mas sou considerado o melhor médico desse hospital e em outros também, o tempo em que fiquei fora, eu fiquei noivo mas nós terminamos e você?
— Eu estou casada e perdi minha filha a pouco tempo, estou trabalhando em um escritório lá no Rio de Janeiro e acho que só.
— Lembro quando a gente namorava, mas aí o tempo nos separou...
— É bela época, mas passado é passado! — Eu disse tentando mudar o assunto.
— Mudando de assunto, me desculpa perguntar, mas do que exatamente sua filha morreu?
— Foi em um acidente de carro, olha me desculpa mas eu prefiro não lembrar disso!
— Tá Bom me desculpa então!
— Foi nada!
— Estela! - disse Gabriel, com a afeição preocupante no rosto.
— Meu amor!
— Oque houve?
— Meu pai sofreu duas paradas cardíacas e agora ele está em caso de vida ou morte! — Enquanto eu falava com Gabriel, Rafael se levantou e dirigiu-se até nós.
— Olha Estela se seu pai precisar de ajuda é só falar tá!
— Tá Bom, obrigado Rafael!
— De nada, aliás você sabe que o seu pai e quase um pai pra mim!
— Pode deixar que eu aviso ele!
— Quem é ele? — Perguntou Gabriel com um tom enciumado.
— Um ex namorado.
— Entendi. Olha, sua mãe disse para mim te levar para casa dela para você tomar um banho e descansar um pouco tá?
— Não, eu não vou sair daqui!
— Estela por favor vamos?
— E se acontecer alguma coisa com ele enquanto eu estiver fora?
— Meu amor não vai, ele vai ficar bem tá bom?
— Tá bom! — nos abraçamos.

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