"escreve-me"

"T0 só para nós" - Parte II

-Senta-te e finge que estás na tua casa.

-Eu estou na minha casa. -Sentei-me enquanto que ele me virou costas e começou a andar para a cozinha. -O que vais aí fazer?

-Buscar fósforos para aceder as velas.

-Que velas? -Olhei de relance para a mesa e alí estavam duas velas brancas e pequenas.- Okay?

-Onde estão?

-Aí algures.

-Ui, ajudas-te bué. -Ainda o ouvi rir um pouco, uau que riso, tens de parar de te apaixonares por ele. Tiago estava de costas para mim, enquanto procurava os fósforos.- Gostas?

-Das velas? Parecem ser agradáveis.

-Eu estava a falar na minha musculatura, pequena.

-Eu sou grande. -Tiago vira-se derrepente olhando de novo para os meus olhos.

Adoro os seus olhos, são verdes como, como a relva, não é a melhor comparação do mundo, mas eu adoro-os, pelo menos não têm a cabeça cheia de água, smile a tirar a língua. O seu olhar estava pousado sobre mim, sobre os meus olhos, era como se exiti-se uma conexão invisivel que nos tivesse a ligar um ao outro.

-Pronto, pronto, tu és grande. -A avestruz ademitiu, começando a sorrir com aquele seu sorriso parvo e idiota que me dá vontade de lhe arrancar os tomates.

-Pára de sorrir assim!

-Assim como?

-Como estás a sorrir, feito parvo.

-Como é esse sorriso?

-Idiota!! Lol!

Com aquele brilho nos olhos, cheios de felicidade? Talvez. E aquele sorriso colgate, branco e com os dentinhos direitinhos. Ele parece vivo de memórias felizes, de felicidade, não sei explicar.

-Tu gostas admite!

-Ew nojo, gostar de ti?! Não.

Gostar de ti? Sim, eu gosto, de mais..

-Vamos jantar  senhora grande?

-Bora!!

-Temos de fazer um brinde!!

-Au quê?

-A nós!! Lol.

-Okay, depois.

-Okay.

-Mas senta-te, para comermos.

Tiago sentou-se à minha frente e começou a comer a comida, enchia o garfo e colocava-o de seguida na boca.

-Está buum. -Falou com a boca cheia.

-Bom, queres tu dizer.

-Vai dar ao mesmo. -Falou de novo com a boca cheia, parecia a minha irmã a comer, não quero ser idiota, mas o que quero dizer é que era sem NORMALIDADE, you know.

-Não fales com a boca cheia, a comida não vai fugir para lado nenhum.

-Estou cheio de fome. -Tiago fez beicinho.

-Vais ficar com dor de barriga.

-Não vou nada, por favor eu sou forte. Observa os meus músculos! Esquece tu já os observas te abocado. -E dito isto pisca o olho e volta a comer. 

(...)

-Doi me a barriga. -Tiago falava pela terceira vez consecutiva enquanto apertava a sua barriga.