— Papai! — Milena se levantou, indignada.
— Sente-se, agora!
O silêncio tomou conta do ambiente.
— O que é que eu faço, querida? — parecia murmurar algo, com os dedos pressionando as têmporas.
— Papai, me ouça. — a histeria de Milena se foi, dando espaço para a voz doce e meiga de sempre — Você tem que prendê-las. — o rei levantou o rosto.
— Milena, não entende mesmo, não é? A mulher que acusa de coisas tão... — soltou o ar pela boca — Esta mulher — apontou para Agnes — merece todas as honras e agradecimentos que posso dar até o final de minha vida. Sei que ignora este fato, mas ela impediu um motim contra mim e vêm fazendo um exímio trabalho como Capitã da guarda real. E Helena... Não vê que já lhe aconteceu muito? — olhou para a mulher de pele escura — O pai de seu marido foi executado por traição e ele mesmo, nunca mais foi visto. Por quê está fazendo isto com todos?
— Elas são... — os olhos de Milena se avermelhavam.
— Minha filha. Você também é. — amparou uma lágrima solitária que escorria pela bochecha de sua filha — Você não está com a razão, meu bem.
— Isto não está certo, papai.
— Puní-las será o mesmo que jogá-la aos lobos junto com elas. Não podemos esquecer dos incidentes no passado, não é? Estávamos indo tão bem e não queremos um escândalo à esta altura.
Agnes e Helena se olharam, não entendiam bulhufas do que estava sendo dito ali.
— Eu... Não! — Milena bateu com as mãos na superfície de madeira maciça, se levantando — Eu vou contar tudo à todos, se ela não for punida.
— Milena...
— Esta aqui tambem! Ela me espancou, me jogou ao chão... foi humilhante!
— Você praticamente implorou por aquilo! — Helena se levantou, assim que Milena se aproximou dela. Agnes e o rei também se moveram, prontos para apartar uma briga.
— Já chega, Milena! — o rei levantou a voz e sua filha o encarou, com as veias do pescoço saltadas e os lábios trêmulos.
— Já que não vai me ajudar, ao menos às proíba de pisar em suas terras novamente, papai! Eu não suportaria viver sabendo que isto está vagando por aí. — se dirigiu até a porta — Tome providências, ou eu irei abrir a boca. Eu não tenho nada à perder, pai. Já você... — e fechou a porta.
O silêncio perdurou por longos minutos, até que Helena o quebrou.
— Majestade, se me permite. Do que estão falando?
— Ah... Milena é uma mulher complicada. — sorriu, triste.
— As ameaças dela pareceram bem sérias. — Agnes usou seu tom sério para falar.
— Como terão de partir logo, não vejo problemas em usar de sua presença para desabafar um pouco.
— Como queira, milorde. — Agnes voltou a se sentar, trocando um olhar com Helena.
— Eu peço perdão pelo comportamento aliciador de Milena para convosco, senhorita Helena. Infelizmente não foi a primeira vez.
E então, as mulheres escutavam, em um silêncio de puro choque, as histórias horríveis sobre a Princesa Milena e o assédio para com suas funcionárias.
Agnes sentia um frio terrível na base do estômago, somente de pensar que Helena passara horas e horas junto daquela mulher, há alguns anos.
Se soubesse que as coisas tomariam tais proporções, teria ensinado Milena sobre o que é ser espancada de verdade.
O rei pediu sinceras desculpas, mas pediu educadamente que Agnes e Helena se realocassem e mantessem o sigilo sobre as palavras que foram ditas ali.
Helena indignou-se. Como alguém podia encobrir uma situação como aquela? Quantas mulheres mais seriam assediadas por Milena, até que providências fossem tomadas?
E então, lhe foi explicado do por quê Milena havia se casado. Um casamento em prol da vida econômica do reino parecia desculpa o suficiente para mandá-la para longe.
Nos domínios do príncipe, foram mandados todos os tipos de empregados que não poderiam alimentar os desejos doentios da princesa.
Rapazes e mulheres mais velhas e severas.
Por isto, a última loucura que Milena fizera, foi procurar insandecidamente por Helena.
— Espero poder contar com vocês. — o rei suspirou — Preciso que fiquem longe das vistas de todos, por um tempo. Até que Milena seja...
— Tratada. — Helena completou.
— Temo em concordar. Não sei o quão prejudicial pode ser o contato dela com vocês novamente.
— E como Agnes ficará? A vida dela e o trabalho dela estão aqui!
— Irei requisitar uma reunião com Alexandre, para que seja acordado um período de recesso para você.
— Recesso...
— Considere um descanso.
— É o que dirá? Que me despensou para que descansasse.
— Por mais que não seja verdadeiramente o caso, sim. A capitã merece, por seus serviços, um período para relaxar em uma fazenda bem afastada. Com sua — olhou para ambas — amiga, a senhorita Helena, Condessa.
Helena não achou de todo ruim, mas estava preocupada com a reação de Agnes.
— Podemos fechar um acordo, senhoritas? — o rei estendeu a mão para Agnes, que se arrepiou pelo significados daquilo.
Tirou as luvas e apertou firmemente a mão estendida.
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N/A: Boa noite, família! Com esse capítulo, eu anúncio que Prometa-me começa a se encaminhar para o seu fim, ok?
Particularmente eu tô gostando de escrever o final, então espero que vocês também estejam curtindo as coisas como estão até aqui, a gente se vê amanhã 🖤
BINABASA MO ANG
Prometa-me / [versão não revisada]
RomanceHá muitos anos, uma adolescente cometera o erro de selar um acordo curioso com uma criança. Acordo este, onde não via importância ou malícia alguma. Oras! Não é verdade que temos que dizer sim aos pequenos, para não chateá-los? O que a jovem não sa...
Capítulo 34
Magsimula sa umpisa