>|capitulo 22|<

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Assim que pousamos na vila da areia fomos direto pra casa da vovó. Ela adorava passar o dia falando sobre como meu pai era inteligente quando tinha nossa idade. Apresentei meu namorado pra ela e ela quase infarto dizendo que ele era bonito de mais pra mim. Tentei ao máximo não me importar com o comentário, eu e minha avó nunca fomos muito chegadas, ela mimava e protegia gaara, e sem sombra de duvidas adora kankuro, porque são HOMENS, e talvez possam fazer o que bem entendem. Mas nós mulheres devemos sempre nos calar e obecer, e acima de tudo cuidar da nossa aparência para atrair eles. Mas eu claramente não sou assim. Um lado feminista meu sempre fez minha avó desencadear uma raiva sobre mim, e sempre que pode acha um jeito de me criticar e enaltecer meus irmãos. Para ela o feminismo é errado, e as mulheres devem submissão eterna aos homens, mas... como eu ja falei, jamais me submeteria a essa posição. Me deito na cama com os olhos cheios de lágrimas

Gaara: vamos lá tema, voce sabe como a vovó é... quer dizer ela...
Eu: gaara eu sem sobra de duvidas a amo muito, mas não pode esperar que eu aceite insultos enquanto ela enaltece alguém que nem esta aqui e fala com o meu namorado que ele merece alguém melhor do que eu.
Gaara: todo mundo sabe que é mentira
Eu: talvez não seja - saio do quarto e bato a porta indo em direção a sala
Vo: que falta de classe, bater a porta é totalmente deselegante vindo de uma dama...
Eu: nem termina, poupe a sua saliva se não for falar algo de útil. Vai cozinhar, lugar de mulher não é na cozinha?

Saio de casa correndo pelo campo florido, aquela frase foi concerteza uma das, ou se não a, mais machista que eu ja disse. Escuto passos atrás de mim e me viro. O shika me abraça e tudo que eu consigo fazer é chorar e chorar. Nunca me dei bem com a velha, mas mesmo assim suas palavra são como facas encima de mim. O shika me pede pra mostrar o campo pra ele e começamos a andar, eu ja havia esquecido o que tinha acontecido, mostro pra ele como alimentar porcos e ovelhas. Levo também no lago e observamos os peixes. Eu estava tão feliz e sorria de um jeito que nunca tinha sorrido antes.

Assim que anoiteceu fomos pra casa tomar banho e comer. Minha avó coloca um prato de salada na minha frente. Minúsculo comparado ao prato dos "homens", que comeria carne, salada, arroz, feijão, maionese e torta. Olho meu prato enquanto escuto minha avó me chamar de gorda e falar que eu estava melhor quando era vegana e que eu estraguei meu corpo. Me levanto da mesa falando que estou sem fome e me jogo na cama. Algumas horas depois o shika aparece no batente da porta me encarando. Observo enquanto ele fecha a porta delicadamente e a tranca por dentro, ele anda até as janelas e fecha as cortinas, depois se joga na cama.

Shika: ja ta na hora de dormir
Eu: ae?
Shika: sim, sua avó não deixou eu vim antes
Eu: é, eu sei
Shika: vamos ver um filme - ele diz abrindo a mala e pegando o notebook e dois pacotes de chips - voce não está gorda, não se preoculpe.
Eu: obrigada
Shika: come bem, que depois a comida vai ser você
Eu: olha só, meu pai tá aqui
Shika: a porta ta trancada - Sorrio e começo a comer a noite iria ser longa.

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Acordo. Estava apenas com a blusa do shikamaru, começo a procurar pela minha calcinha quando meu irmão entra no quarto.

Gaara: a noite foi longa
Eu: a claro
Gaara: temari... acho que isso é sua calcinha
Eu: a
Gaara: enfim coloca uma roupa e come, nos vamos pescar

Ele sai do quarto e eu me visto. Pego um pão e ando até a lagoa, me sento no colo do shika e pego uma vara (A/c: não a dele seus/suas safadinhos(as))  e jogo na lagoa. Ficamos ali a manhã toda, e decidimos competir pra ver quem pega mais peixe. Eu claro ganhei, shika e gaara empataram. Fomos almoçar e dessa vez meu pai colocou meu prato, mesmo ouvindo minha avó me chamar de gorda. Demoro pra começar a comer, estava claramente magoada e não via a hora de sair dali. Minha avó tinha os melhores conselhos e sei que não fala que eu estou gorda apenas por falar, ela reparou que eu engordei desde a ultima vez que estive aqui. Apesar de ela falar como se fosse uma ofensa, ela apenas acha que eu devo emagrecer para fazer parte de algum padrão de beleza, e eu quero mais é que o padrão se foda (A/C: sim, isso ta vindo da menina loira, dos olhos claros, pele branca e aparentemente magra) de tarde fomos no plantio colher maçãs, bananas, laranjas, uvas, morangos... enchemos a cesta e minha avó ensacolou metade das coisas pra gente levar pra konoha. Acho que se desse ela ensacolava a casa e mandava junto. Arrumamos o resto das coisas e logo vamos dormir amanhã temos que pegar o uber pra ir pra vila da pedra.

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Acordo um pouco mais animada que o normal. Eu ia voltar pra konoha e depois ir pra vila da pedra ficar com meus amigos na casa de praia. As ferias iriam acabar em 2 semanas. Saio do quarto e arrumo o restante das coisas pra colocar no carro do papai. Assim que saimos de la senti um peso saindo das minhas costas, e conforme a viagem prosseguia eu ficava mais animada.

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Por lugares inesquecíveisWhere stories live. Discover now