11 - TÃO PERTO

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E aí, tudo bem? Espero que sim. Semana passada não consegui postar por causa da correria e no fim acabei esquecendo kkkk peço desculpas e falo que não vai acontecer de novo. Então aqui está o capítulo de hoje, espero de coração que goste e boa leitura.

CAÍTULO 11 - TÃO PERTO

- Seus imbecis! Idiotas! Estúpidos! – Rogério, o irmão mais velho, esbravejava. Os outros dois encolheram-se em seus lugares, a voz dele soando alta demais dentro do carro. – Como diabos conseguiram perdê-lo?

William, o irmão mais novo, rechonchudo e baixinho, quase lembrou a Rogério que era ele quem estava dirigindo. Ele podia não ser o mais inteligente dos irmãos, mas soube que aquele era o momento errado pra querer ser a voz da razão.

Rogério bateu as mãos contra o volante duas, três vezes. A raiva borbulhava dentro dele como água em uma chaleira, prestes a entrar em ebulição.

Igor, o irmão do meio (ah, como ele odiava aquela alcunha), não falou nada, mas seu coração batia desesperado dentro do peito. Ele era o único dos irmãos que tinha ido visitar a mãe no horário de visitas, aquele sábado. Geralmente era William quem sempre estava com ela, mas aquele dia, ele tinha escolhido ir. Ele viu a situação em que a mãe se encontrava. Estava pálida como uma folha de papel, as olheiras fortes sob os olhos. Ela tentou esconder, mas ele viu quando ela tossiu sangue escondido.

Dona Cândida, a mãe dos três, tinha câncer em estado intermediário. Seria estado avançado caso o chefe não tivesse acolhido os três e pagasse o tratamento de hospital da mãe deles como retribuição pelos servicinhos sujos que eles faziam em sua ordem.

Ela provavelmente precisaria de outra cirurgia muito em breve. Se eles não pegassem aquele pen drive dos infernos logo, vai saber se o chefe pagaria pela cirurgia.

- Esse desgraçado tem mais sorte que um pé de coelho. – Igor murmurou baixinho. Sabia que quando o irmão estava bravo daquele jeito, o melhor jeito de acalmá-lo era falar baixo. Se gritassem ou sequer esboçassem alguma reação, seria como acender um fósforo e jogá-lo em uma poça de gasolina.

- Estou começando a suspeitar dessa sorte. Talvez nós é que sejamos uns inúteis imprestáveis. – Rogério ruminou as palavras na sua boca. De repente, sentiu vontade de cuspir a saliva, como se, engolindo-a, aquelas sentenças se tornassem mais reais.

- Quem era aquele que estava com ele? – Igor perguntou, de repente.

- Não sei. Não faço a menor ideia, porra.

- Não era o mascarado dos outros dias, era? – William comentou. Ainda se lembrava da surra que tinha levado do mascarado. E ainda tinha o hematoma do pen drive que o chefinho tinha jogado nele. Um pen drive de faculdade. Como eles podiam ser tão burros?

- Não. Eu acho que não. Eu não consegui ver seu rosto, mas ele não estava usando máscara. – Rogério pensou, voltando sua mente até os momentos anteriores. Ele vira apenas a parte de trás do rosto do homem.

- Já não bastava o mascarado, agora temos outra pessoa pra atrapalhar? Quem esse menino é, o maldito filho do presidente? – Igor praguejou.

- Que presidente que nada. É um órfão desgraçado que está dando mais trabalho do que o previsto. – Rogério o cortou logo. Superestimar o seu inimigo era a pior coisa que alguém podia fazer, e ele com certeza não ia superestimar aquele ninguém. – Engraçado... – Ele pensou. – Aquele homem que estava com ele. Tenho quase certeza de que o conheço.

- O motorista? Eles estavam juntos, não estavam?

- Parecia que sim. – Rogério ruminou. – Vocês não os viram chegar?

O Segredo da LuaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora