14. - Rosas para Julieta.

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-Você pode me dar um autógrafo? Não é para mim, no caso… É para o meu irmão! Ele nem vai acreditar! Quer dizer, ele tem um autógrafo do Tony Stark e um do Steve Rogers e… 

-Escuta, eu to com uma situação complicada! - Bucky o interrompeu, tentando ignorar o fato de que devia estar corado e sem graça. - Eu vou te dar o autógrafo de qualquer forma, mas será que você pode…? 

Bucky nem mesmo teve que pedir, afinal, o garoto entendeu o que ele queria e trocou os bilhetes com as senhas na mesma hora. Isso aliviou o peito de Bucky e ele autografou o caderno pequeno que o rapaz tirou da mochila, mandando uma pequena mensagem de incentivo para o menino, que estava fazendo tratamento contra uma leucemia e recebendo ótimos resultados.

Eles se despediram quando o número que Bucky segurava foi chamado e uma rápida (mas esgotante) conversa com a atendente, que não entendia seu sobrenome e estava implicando com a data apresentada na carteira de identificação dele. 

Por fim, ele finalmente foi autorizado a entrar e pegou o elevador no final do corredor. Estava cheio e para o seu desespero, uma segunda grávida entrou junto com ele. Essa suava e apertava a mão do que, provavelmente, era o pai. E Bucky não pôde deixar de reparar que eles eram novos. 

Automaticamente, sua cabeça foi para Juliette. Enquanto aquele casal estava gerando uma vida, Juliette lutava pela própria dentro de um daqueles quartos e, sinceramente, mesmo que não fosse culpa dele, caso ela viesse a óbito, Bucky nunca se perdoaria. 

Quando as portas abriram, a grávida saiu de dentro do elevador, porém, ele não ficou sozinho. Um Senhorzinho segurando flores vermelhas e amarelas e usando um óculos escuros entrou, sorrindo para ele. As portas do elevador se fecharam e por um segundo, apenas isso, o silêncio ficou no ar. 

Então, o senhorzinho comentou: 

-Vi que apertamos o mesmo botão, rapaz. Vai visitar alguém? 

Bucky o encarou e afrouxando um pouco a carranca, ele assentiu, enfiando as mãos nos bolsos. 

-É? Eu vou visitar minha esposa. Ela está se recuperando de uma pneumonia… E você? 

-Uma amiga. - Bucky comentou, pigarreando para fazer a voz sair. - Ela foi atropelada ontem. 

-Oh, sinto muito, querido. Ela deve ser bem especial para você, não é? 

Bucky o encarou e pensou por alguns segundos sobre isso. Juliette era especial, sim, e não era nem porque ele queria dar um beijos nela antes disso tudo. Era porque gostava mesmo dela. 

Assentindo, Bucky sentiu as bochechas mudarem de cor. Com um sorriso simpático, o senhorzinho puxou uma rosa vermelha do próprio buquê e o esticou para Bucky, que o olhou, confuso. 

-Dá para perceber que você gosta muito dela. Um presentinho anima qualquer um! 

A porta do elevador abriu no andar certo e Bucky sorriu para a rosa em sua mão, se lembrando de quando havia feito a coroa de flores para ela. Foi apenas quatro semanas antes, mas parecia ter sido em outra vida. 

-Obrigado, senhor…? 

-Senhor Lee, Filho. E você…? 

Dangerous Connections ▪︎ Bucky Barnes Where stories live. Discover now