The truth has been told

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Caroline Pov

Depois de sair de sua sala, sentia uma pequena pontinha de esperança me iluminar. Ele não disse que faria algo sobre, mas prometeu enviar uma carta ao meu pai, e disse que eu também deveria fazer o mesmo.

A verdade era de que eu nem havia pensado nisso ainda. Não tinha maneira alguma de papai não ter percebido que eu sumi, mas estava tão preocupada com tudo isso, que esqueci de que ele era o único que poderia fazer algo sobre isso.

Estava com medo de me encontrar com Éthan. Não era segredo de que ele sempre foi um pouco impulsivo demais, e sabia que ele tentaria fazer algo com as próprias mãos no minuto em que descobrisse. Mas por outro lado, seria muito pior se ele acabasse descobrindo por outra pessoa.

Se bem que, ele provavelmente já sabia, ou tinha uma ideia. Porque ontem quando Harry me levou para a comunal grifinória, me lembro de ver vários rostos grifinorios espiando ali. Era bem óbvio que ele já sabia de tudo. Então por que ainda não tinha me procurado?

De qualquer maneira, eu estava indo a enfermaria naquele momento, torcendo para que me desse um remédio para que eu dormisse por todo o dia.

Dumbledore havia dito que seria melhor se eu só voltasse a frequentar as aulas na próxima semana, quando ele já tivesse deixado os outros professores a parte disso. Quis gritar em agradecimento, porque tudo o que eu não queria era ter que me explicar para cada um deles.

E é claro que Umbridge descobria logo, mas até agora não tinha visto ninguém falar da mesma. O que era muito estranho, já que ela costumava passear pelos corredores o tempo todo para ficar de olho nos alunos. Então eu já a teria visto a essa hora do dia, mas ela não parecia ter dado as caras hoje.

Me perguntava se algo poderia ter acontecido. Bom, se tivesse, eu não me importaria.

Madame Pomfrey me recebeu com um sorriso, e eu sorri vendo que parecia já saber da situação. Como Dumbledore conseguia fazer essas coisas?

Me sentei em uma maca, e ela me fazia perguntas enquanto movia seus dedos lentamente sobre a minha pele.

Suspirei controlando um gemido, quando ela colocou uma substância gelada em minha mão esquerda, me garantindo que ia ajudar.

Pareceu anotar tudo, e deixou alguns remédios ao lado de minha maca e um relógio com feitiço de despertador, para que eu soubesse quando tomar.

Disse que eu precisava de um repouso, e eu não hesitei em me deitar ali, me concentrando em não pensar em nada além de gatinhos felizes.

Abri os olhos que nem sabia que havia fechado, quando escutei um despertador indicando o horário de um dos remédios, e eu me sentei ali virando a poção rapidamente, quase me arrependendo quando senti o gosto horrível descer por minha garganta.

Voltei a me deitar, e não pude deixar de pensar no moreno de olhos azuis.

Não havíamos tido tempo algum para conversar antes de isso tudo começar, e ainda complementando com o fato de que havíamos nos beijado, tudo parecia realmente confuso. Mas uma coisa não justificava a outra, porque eu sabia que ele não me levou para sua comunal porque queria me beijar outra vez, mas também porque se preocupava comigo, e eu me lembro de como parecia assustado ao dar uma olhada em meus braços.

Não havia segredo quando era sobre eu gostar dele, porque eu gostava. Mas tinha medo de que as coisas pudessem mudar no momento em que ele descobrisse.

A verdade havia sido revelada, e eu tinha a impressão que ninguém aceitaria aquilo facilmente. Odiava aquele sentimento de culpa que não me deixava em paz. E também estava com tanto medo de perder o que eu tinha, o que nós tínhamos. Ele é todo o apoio que eu tive nesses últimos meses, não podia perder isso, principalmente em um momento como esse.

Não sabia o que poderia acontecer, e essa dúvida era assustadora.

Quanto antes conversassemos, eu poderia contar a minha versão da história, antes que algum tipo de rumor fosse espalhado.

Estava decidida, iria a procura de Harry no instante em que Pomfrey me liberasse daqui. Quanto antes fosse, melhor.

Suspirei ao me deitar de lado, vendo que por causa da pomada que havia passado, minha pele estava realmente sensível. Mas estava satisfeita ao ver que minha carne machucada parecia estar começando a melhorar, mesmo que ainda dolorida.

Parte de mim sabia que não iria melhorar totalmente. Não as partes físicas, mas eu sentia que esses pesadelos iriam continuar a me perseguir por um bom tempo, vendo que qualquer barulho mesmo que não tão alto, me deixava com calafrios.

É, eu também estava com medo do que isso significava.

Era bizarro pensar que a três meses, eu estava contando os dias para começar a estudar nesse lugar. E olha tudo o que já aconteceu desde o momento em que cheguei, até nesse exato momento.

Me surpreendi ao ouvir uma voz masculina se aproximar, e abri os olhos para ver quem estava ali.

Two Worlds Apart - Harry Potter Место, где живут истории. Откройте их для себя