New Friends

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E Montoya conseguiu chegar até o fim da semana. Nessa manhã de sexta-feira, ela sentia como se tivesse vencido uma batalha, mas ainda haveriam muitas. Estudar nunca foi sobre ser fácil, principalmente quando se é um bruxo em Hogwarts.

Mas naquela aula de Feitiços, tudo o que ela conseguia pensar era sobre o que Potter havia dito na aula de DCAT. E ele estava certo, os alunos devem saber se proteger.

Hoje ela teria outra aula de DCAT, e sabia que teria, provavelmente, o mesmo clima tenso da última. Umbridge era totalmente maluca, e qualquer um poderia ver isso de longe.

Talvez se eles..

– Aonde está com a cabeça, Montoya? – Malfoy a pergunta tirando a garota de seus pensamentos.

– O que disse? – pergunta confusa.

– Tem que prestar atenção na aula, Flitch não para de encarar. – Pansy complementa.

– Tudo bem, certo. Ér, do que ele está falando, afinal?

– Você não se ajuda, Montoya. Ele está mostrando como faz um tipo de feitiço armador, usado para montar coisas, etc. – o loiro diz já irritado.

– E algum de vocês pode me emprestar as suas anotações?

– Toma, e vê se presta atenção. – a garota morena disse, a entregando seu pergaminho. Caroline assente, agradecida.

Essa incrivelmente não era a coisa mais estranha que havia acontecido naquela semana, já que Pansy estava sendo praticamente uma amiga nesses últimos 3 dias. É claro que eles só estavam fazendo isso, para impedir que Caroline fizesse algo estúpido, mas eles não eram tão ruins, afinal. Ou pelo menos, não tão ruins com os que eles consideram iguais.

'E aquilo não tinha nada haver com a natureza sonserina', pensou. Porque ela era uma sonserina também, e não é por isso que ela sairia zombando de todos que ela achava 'estranhos' ou até mesmo 'diferentes'. Claro que existiam alguns em Hogwarts que Caroline sentia vontade de azarar, todas as vezes que abriam a boca, por serem totalmente insuportáveis. Mas isso não tinha nada haver com a casa de alguém, claro que era raro ver algum lufano envolvido em alguma briga, mas os preciosos grifinorios estavam sempre em problemas, talvez até mais do que os sonserinos. O único grifinorio que era viável, era Potter, e bom, sua mãe.

Caroline não pôde evitar o sorriso ao pensar em Rose, viver sem sua mãe essa semana foi um pouco complicado, já que não tinha ninguém para ajudá-la quando errava um feitiço, como o ocorrido na manhã do dia anterior, e fez a garota precisar pedir a ajuda de Parkinson. Sua mãe com certeza era a mais doce das pessoas, e seu pai, ele era, bom, o que as pessoas pensam quando escutam o nome Sonserina. 'Algo que não era muito certo', pensou.

– Te achei, chatinha. – ela escutou ao sair da sala de feitiços.

– Ethan? Eu não te vejo á dias, onde estava?

– Com esses caras aqui – diz virando para trás, dando espaço para dois garotos ruivos que estavam atrás dele.

– Eu sou o Fred, e esse é o George. – diz um dos gêmeos, sorridente.

– Vocês são Weasley's? Potter me disse que Ron tinha muitos irmãos.

– Sim, somos Weasley's.

– Os mais bonitos. – o que deveria ser o George complementa, fazendo Caroline sorrir.

– A mamãe falou com você? – Ethan pergunta escorado na parede.

– Na verdade, não. Ela não falou com você? – ele assente. – Eu recebi uma carta do meu pai, mas ele só queria saber como as coisas estavam.

– Ele não mencionou a mamãe? – ela assente. – E você perguntou quando respondeu a carta? – ela assente.

– Eu achei que ela logo entraria em contato, então não vi necessidade de perguntar.

– Bom, você deveria ter perguntado. – ele diz quase a repreendendo, mas para ao perceber sua cara de preocupação. – Mas você conhece a Rose, ela some do nada e aparece como se nada tivesse acontecido. Não há com o que se preocupar.

– Tem razão. – diz com a voz um pouco rouca, porque estava com alguma dificuldade para respirar.

– Bom, até mais. – os gêmeos dizem juntos enquanto seguiam seu irmão. Ela acena um tchau com uma mão, e sorri.

Caroline anda em direção a sua aula de Aritimancia agitada. Ela sabia que não era nada, mas sua mente não a ajudava. Mas, depois que você perde seus tios e primos de forma trágica, qualquer coisa pode parecer um apocalipse. 'Mas não havia pessoa mais esperta que a mamãe', pensou tentando se acalmar. Respirou fundo e expirou, e voltou a se concentrar em chegar na aula á tempo.

[...]

– Potter está ficando cada dia mais louco. – Malfoy dizia enquanto iam para a comunal da Sonserina.

– Por que louco? Esperar o pior é errado? – a novata pergunta rude.

– Ele se acha mais espero do que todos. Mas o que ele saberia que nós não sabemos? Afinal, foi criado por trouxas.

– Seria tolice não temer o pior, Malfoy.

– É tolice viver temendo uma coisa que pode nunca reaparecer. E o que você poderia saber? Não viveu longe do mundo mágico?

– Eu sou tão pura quanto você, Malfoy. Eu só não quero eliminar qualquer alternativa por ignorância.

– Que seja. – ele diz quando eles vão entrando na comunal. – Vai estudar com Pansy?

– A minha dificuldade é poções, ela não poderia me ajudar.

– Me encontre amanhã na biblioteca, e eu te ajudo.

– Me ajudar? O que deu em você?

– É como eu disse, como uma sonserina puro-sangue, deve mostrar a que veio. – ela o ignora e vai ao seu dormitório trocar de roupa para o jantar.

Two Worlds Apart - Harry Potter Where stories live. Discover now