6 - Bitch.

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Izuku Midoriya

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A manhã de terça foi normal como todas as outras. Eu acordei às crianças junto da Uraraka, nós fizemos o café da manhã e nos arrumamos, mas eu só tinha um pensamento na minha cabeça desde quando eu acordei: Yumi Suzuya.

Enquanto eu arrumava os meus filhos nas cadeirinhas eu senti Kota segurando a minha jaqueta firmemente, me virando na direção dele que tinha a cabeça baixa, provavelmente não querendo ir pra escola novamente por causa da sua professora. — Papai.. Você tem certeza que eu devo ir? A professora Yumi-

— O que ela disse não vai te impedir de estudar, meu amor. - O cortei e respirei fundo, sabendo que se eu fosse conversar com a Suzuya eu tenho que estar calmo. — Você vai se esforçar na escola, vai ser um dos melhores alunos de todas as turmas que você entrar e vai se formar no futuro quando estiver mais velho, depois você vai poder fazer a faculdade que você quiser e vai se tornar alguém que ela nunca foi e nunca será, porquê entre ela e você já está explícito quem é o melhor, porque você não ofende ninguém pra tentar atingir o emocional de alguém, porque você é um Midoriya, e nós nunca, está me ouvindo? Nunca fazemos isso, não humilhamos ninguém por preconceito e não deixaremos que nos humilhem. - Sorri pequeno, fazendo um carinho nas bochechas dele e beijei sua testa devagar, sendo o máximo carinhoso que eu conseguia.

Ele me olhou com os olhos brilhando de forma aguada, em seguida aparecendo lágrimas no canto de seus grandes olhos que desciam pela sua bochecha fofinha e lisa. Senti suas pequenas mãos me apertarem e então ele me abraçou enquanto enfiava a cabeça na minha barriga, segurando o seu choro o máximo que conseguia, eu sentia isso. O apertei com cuidado em meus braços, acariciando os cabelos negros da sua nuca para tentar acalma-lo, sabendo que era difícil para uma criança como ele passar por isso, ouvir aquelas coisas.. Ah, Yumi, eu devia ter feito você conhecer o inferno quando eu tive a chance.

— Papai.. O Kota tá bem? - Encarei os outros pequenos que olhavam para o irmão preocupado assim que o notaram chorando. Mirio perguntou pois estava na cadeirinha ao lado, não entendendo porque o mais velho chorava, mas era melhor não saber por enquanto.

— Está tudo bem, meus amores, o Kota tá bem, hum? - Sorri pequeno, e então o citado afastou o seu rosto do meu corpo, limpando suas bochechas e fungando enquanto parava de chorar, assentindo com a cabeça para mostrar que estava bem mesmo que o rosto ainda estivesse molhado. Peguei o boné dele que estava no banco vazio, o colocando em sua cabeça e sorrindo pequeno para o mesmo, dando um beijo em sua bochecha antes de me afastar do mesmo. — Tá todo mundo bem preso, né? Agora vamos pra escola. - Falei e sorri pequeno, agora me sentando no banco do passageiro, mas antes dei uma olhada nas crianças lá trás, focando o meu olhar principalmente no Kota que parecia melhor agora depois de chorar.

Aquela vadia fez o meu filho chorar, e eu não vou perdoar isso.

— Você não tá legal, faz muito tempo que eu não te vejo com essa cara. - Uraraka falou e eu a encarei, suspirando pesadamente enquanto colocava o meu cinto. — Claro, você fica irritado quando fala dos pais das crianças ou quando você está cansado demais pra fazer alguma coisa, mas agora a sua cara de cu tá bem diferente. - Ela disse e então eu percebi que não contei pra ela sobre a Yumi.

— Não é nada demais, vou resolver isso hoje, fique tranquila. - Suspirei, olhando para fora da janela enquanto pensava na desgraçada daquela mulher.

Se aquelas palavras que a Suzuya disse para o meu filho tiverem alguma relação com o que aconteceu no nosso passado eu ficarei mais do que irritado com aquela ômega, pois nenhum dos meus filhos tem culpa de nada do que houve anos atrás. Se for atacar alguém que essa pessoa seja eu, não as minhas crianças.

Eu, Katsuki e os sete || BAKUDEKUWhere stories live. Discover now