BARDO ━ fred weasley ✓

06 › Goodbye

━━━ CAPÍTULO SEIS

❛ ADEUS ❜

AQUELE ERA O DIA. Fred deixaria o Bardo naquela manhã, o que fora decidido alguns dias atrás; surpreendentemente, sem nenhuma briga ou conflito. Minerva estava chateada, mas sabia que o garoto merecia viver mais do que ela. Tinha muito a perder. Sentia-se novamente sozinha, mesmo que Fred ainda estivesse ao seu lado, e não sabia como seria viver naquela casa sem a animação do Weasley a contagiando. Havia se acostumado com sua presença.

O medo de que Fred morresse no processo também era algo que a preocupava. Se tudo desse errado, ele não se encontraria com sua família, dessa vez sem ter como voltar. Poderia realmente morrer. Não ir para o Bardo ou transformar-se em fantasma. Morrer.

— Ei, fique calma. — Diz ele, vendo-a tremer enquanto engolia seu suco de abóbora. — Não vou morrer, vaso ruim não quebra.

— Então por quê eu não posso ir? — Ela pergunta, entristecida.

— Já conversamos sobre isso.

Minerva suspira e deixa seu suco de abóbora sobre a mesa. Ela se levanta da cadeira, envolvendo o corpo de Fred com um abraço. Ele era vários centímetros mais alto que ela, e por isso conseguia apoiar o queixo na cabeça da mesma.

— Deveria ter falado que iria embora antes, talvez assim você parasse de brigar comigo e me abraçasse.

A garota lhe dá um soquinho no braço.

— Trasgo.

O abraço se torna mais apertado, até que Fred se solta e respira fundo:

— Acho que devo ir agora.

— Fred...

— Não pense que está se livrando de mim, Lupin, iremos nos ver novamente, nem que seja quando morrermos de verdade.

— Você promete?

— Prometo.

E então, ele abre a porta da casa, indo em direção à praia pela última vez. Sorri com a visão do caranguejinho que vivera ali desde que chegara e posiciona-se ao meio da areia, como o indicado nas instruções do feitiço lido anteriormente.

— Pois bem, agora você precisa dizê-lo em sua mente, concentrando-se nas palavras e no seu desejo de sair daqui. — Fala Minerva. Ela segura as mãos de Fred, sorrindo para o mesmo.

— Minnie, antes de ir — A garota cora em menção ao apelido, mas deixa-o prosseguir. —, quero que saiba que gosto de você.

— O que? — Ela parece admirada.

— Gosto de você. Desde o mês em que cheguei. Desde que a vi pela primeira vez. — Afirma. — Não me importo se não é recíproco ou se você vai me achar ridículo, mas preciso dizer: gosto de você, Minerva Black-Lupin, como jamais gostei de alguém na vida e na morte.

Os olhos da garota tinham lágrimas prestes a escorrer, e um sorriso enorme dominava seu rosto.

— Fred, eu...

Antes que ela pudesse dizer algo, um puxão em seu umbigo é sentido, e o calor das mãos de Fred já não é mais presente. Por um momento, os pés de Minerva deixam o chão, porém logo se encontram com ele novamente, junto de um baque doloroso em uma superfície de pedra.

Quando Minerva finalmente consegue abrir os olhos, sente como se alguém tivesse lhe dado um soco no estômago. Estava de volta ao Ministério, onde morrera. E o pior: sem Fred.