Capítulo 1

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Thiago

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Thiago


— Já terminou aí? — pergunto a Felipe logo que entro em sua sala, no setor de Recursos Humanos da empresa.

A sala é ampla, já que ele trabalha em uma equipe de mais de cinco funcionários. Meu melhor amigo é gerente de RH da Naturalize, indústria de cosméticos da minha família.

Meu pai herdou a empresa do meu avô e assumiu o cargo de CEO logo após a sua aposentadoria. Como ele não tem irmãos, esse império ficou todo para ele.

A sede da indústria é localizada em Contagem, cidade vizinha à capital mineira, onde é concentrado o polo industrial. Além disso, temos pontos de distribuição por todo país, crescendo um pouco mais a cada ano. Eu vim trabalhar aqui como assistente aos dezoito anos, logo que concluí o Ensino Médio. Desde o início eu sempre soube que queria trabalhar aqui e continuar o legado da família. Eu me formei em Administração pela UFMG, para me dar uma melhor base para lidar com os negócios.

Minha meta de vida é assumir o cargo de CEO quando meu pai se aposentar. Hoje, com dez anos de empresa, atuo como gerente geral, supervisionando todos os setores da empresa. Na ausência do meu pai, sou eu quem assume as rédeas por aqui e tenho verdadeiro amor pelo que faço.

— Agora sim. — Ele desliga o monitor e alonga o corpo quando se levanta da cadeira.

— Está a fim de um chope agora? — pergunto quando ele se aproxima e o vejo arquear a sobrancelha para mim.

— Em plena terça-feira ao meio dia? Aconteceu alguma coisa?

— Você nem imagina... Podemos ir naquele restaurante japonês que tem um chope incrível?

— Fechado! Estou curioso para saber o que houve.

Andamos pelas instalações da empresa, cumprimentando alguns funcionários até chegar ao elevador. O prédio administrativo é amplo e tem cinco andares, localizado ao lado do galpão da fábrica. A Naturalize ocupa um quarteirão inteiro da Cidade Industrial.

Descemos até a portaria e logo pegamos as ruas do bairro, sentindo o sol bater em nosso rosto. Cubro os olhos com as mãos e praguejo baixinho por ter esquecido os óculos escuros dentro do carro. Cheguei tão atordoado na empresa que nem me lembrei de descer com eles.

— Você está me deixando curioso, cara... — Felipe comenta ao me ver andar apressado pelo bairro.

— Só depois do chope... Eu preciso beber para te contar isso, você não está me entendendo.

— Puta merda... — resmunga e eu rio, sem humor.

— É... Puta merda mesmo.

Continuamos nosso trajeto até avistar o restaurante que gosto muito. Entramos e assim que nos sentamos, peço dois chopes gelados.

Escolhida para mim - [DEGUSTAÇÃO]Where stories live. Discover now