Capítulo 8

3K 251 50
                                    

NÃO SE ESQUEÇAM QUE O LIVRO COMPLETO ESTÁ DISPONÍVEL NA AMAZON E NO KINDLE UNLIMITED. 

CLIQUEM NA ESTRELINHA AQUI, ISSO ME AJUDA MUITO!! BEIJO ♥


Giovan Ravera

O braço da Bianca estava largado sobre meu peito enquanto ela dormia suavemente ao meu lado. Eu não tinha conseguido pregar os olhos durante a noite, repassando a conversa que escutei de Anya no celular. Que porra era Heitor, e por que eles se falavam com tanta intimidade? Eles eram o quê? Namorados? Tinham sido casados? Qual era a relação dele com a minha filha? Eu não sabia absolutamente nada da vida das duas e isso era torturante.

Resolvi que iria para o fórum mais cedo, porque mesmo que a Bianca tivesse tentado conversar quando cheguei na noite anterior, eu não estava bem com ela, o que ela havia feito foi vergonhoso, duvidando e expondo a minha ex-noiva. Eu odiava chiliques, e eles faziam parte do comportamento da Bianca desde o princípio. Desesperada por atenção, ela sempre foi muito mimada pelo pai e não conhecia a palavra "limite".

Tirei o braço devagar para não a acordar, não queria mesmo conversar. Apressei-me no banho e fui para o fórum no centro da cidade.

Anya ficou muito nervosa na noite anterior, e eu a conhecia o suficiente para saber que ela não aturaria ver a nossa filha chateada em consequência dos surtos da minha esposa. Anya tinha o sangue quente, sempre foi brava e direta para resolver as situações, totalmente destemida e protetora. E eu me sentia na obrigação de prová-la que não compactuava com as atitudes da minha esposa.

Não conseguia pensar direito durante o trabalho. Uma pilha de processos na minha mesa não foi o suficiente para me distrair naquela manhã. Decidi que começaria a agir de forma que Anya confiasse em mim para que eu pudesse me aproximar o máximo da Giannina. Eu não queria mais perder tempo, eu precisava que minha filha me enxergasse como pai e conquistaria isso nos mínimos detalhes.

Saí sem pensar duas vezes, fui até o colégio e esperei o horário de entrada das crianças. Vi quando a camionete preta parou na praça, do outro lado da rua e caminhei até a porta de trás para pegar a nossa filha.

— Giovan — ela comemorou com um sorriso e me amoleceu ao me abraçar. — A mamãe não falou que você estava aqui.

— Até porque eu não sabia — ouvi Anya resmungar.

— Posso deixá-la no portão? — perguntei e as duas se entreolharam.

— Me dê um beijo, filha. — Abraçaram-se e Giannina me deu a pequena mão para atravessarmos.

Saltitante, ela chegou na frente da escola e me beijou na bochecha.

— Você vem me buscar? — As íris brilhantes direcionaram-se para as minhas.

— Talvez estarei trabalhando, e preciso ver com a sua mãe.

— Olha, esse é o meu pai... — Mostrou-me para uma coleguinha que parecia ter a sua idade e as duas entraram juntas para a aula.

Engraçado que ela me chamava de pai para os outros e não diretamente para mim. Mas, claro, era tudo novo e logo nos adaptaríamos.

Voltei para a calçada onde Anya estava e encontrei encostada em seu carro.

— Você está bem? — Investiguei seu semblante.

— Sim.

— Anya, eu preciso que você me acompanhe até o fórum. Vou contatar um juiz para modificarmos a certidão de nascimento dela.

RECONQUISTA degustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora