09 | "Vinho e irmã invasora"

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— Espera aí... — Finalmente liguei os pontos e tive meu semblante se transformando em um rosto surpreso. — Você...?

— É Sannie... Eu gosto de você. — Disse quase que em um sussurro, próxima o suficiente do meu rosto para que eu sentisse sua respiração quente se misturar com a minha.

Meu coração estava a mil, meu rosto estava da cor de um tomate e tenho certeza que Yoo cairia na gargalhada caso o ambiente não estivesse tão escuro e ela pudesse ver o meu estado. Yoo jeongyeon gosta de mim, as palavras se repetiam na minha mente, como se a voz baixa e um pouco rouca de Jeongyeon ecoasse nos meus pensamentos, me impedindo de raciocinar como uma pessoa sã. Quando me dei conta, minhas mãos já iam de encontro a nuca da coreana, sentindo alguns fios do seu cabelo enroscar nos meus dedos, e dessa vez, não precisamos batalhar para que alguém tivesse a primeira iniciativa, ambas aproximamos nossos rostos na mesma hora e na mesma velocidade, juntando nossos lábios e aproximando cada vez mais nossos corpos.

Estávamos na mesma frequência, eu tive medo de que Yoo pudesse ouvir meus batimentos desgovernados, mas quando senti suas mãos agarrarem minha cintura, me puxando para mais perto, pude ouvir seus batimentos tão altos e descontrolados quanto os meus. Não consegui deixar de sorrir entre os beijos, caralho, como eu não tinha feito isso antes? Digo, eu tentei, mas como consegui me segurar por tanto tempo? Como consegui chamá-la unicamente de amiga por todos esses dias? Eu queria tanto esses toques, queria tanto ter Jeongyeon para mim, puta que pariu, Momo estava certa o tempo todo.

Mesmo estando tão próximas, eu ainda a queria mais perto, ainda queria ela colada em mim, e não fiquei surpresa por perceber que a morena queria o mesmo. Yoo me puxou novamente pela cintura, me fazendo sentar em seu colo e se aproveitando para apoiar uma das suas mãos na minha coxa descoberta por conta da saia que insistia em subir, não que eu me incomodasse, pelo contrário, eu estava adorando ser desejada por ela. Quando senti sua mão adentrando mais a minha saia, deixei que mais um sorriso fosse estampado entre os beijos — um tanto quanto intensos —, eu estava realmente amando tudo isso.

— Ei Jeong... — Fazendo um carinho delicado no lado esquerdo do seu rosto, lhe chamei, sorrindo com os selinhos carinhosos que a garota me dava apenas por não querer se separar do contato. — Vamos para o seu quarto? — Afastei nossos rostos por alguns centímetros, apenas para ver os olhinhos de Yoo brilharem, brilharem apenas para mim.

— Vamos. — Piscou seus olhos lentamente como se concordasse, mantendo um sorriso calmo em seu rosto.

Mesmo um pouco a contra gosto, me separei de Jeong e esperei para que ela se levantasse e me guiasse até seu quarto. Segurando minha mão com delicadeza, ela andou pelo corredor até chegar em uma porta ao final dele, abrindo-a e revelando um quarto simples e bem organizado, o quarto de Jeongyeon. O ambiente tinha o cheiro do perfume leve que Yoo usava, aquele que eu julgava ser tão agradável, mesmo que fosse quase imperceptível.

Estava tão inerte tentando observar cada detalhe do quarto da coreana que só percebi que a porta tinha sido fechada quando o único fio de luz que sobrava no quarto era a luz lunar que vinha da janela. Jeongyeon se aproximou por trás, colocando meu cabelo todo para o lado, deixando grande parte do meu ombro e pescoço expostos, sendo cautelosa ao depositar alguns selares pela área. Pude sentir meu corpo inteiro arrepiar, da cabeça aos pés, e a sensação só se alastrou ainda mais quando senti a boca da mais velha tocar a ponta da minha orelha, deixando uma mordida no local. Eu senti como se fosse derreter nas mãos de Jeongyeon, como se todas as borboletas no meu estômago estivessem prestes a sair pela minha boca.

Tomando um pouco de iniciativa, me virei na direção da garota, juntando nossos lábios mais uma vez e guiando a mais velha para a cama. Agora eu já estava por cima de Yoo, sentindo que suas mãos exploravam cada curva do meu corpo e deixando que minha boca explorasse toda a região dos seus ombros e pescoço. Ainda com os batimentos acelerados, sentia meu corpo sem nenhum controle, eu não estava mais sendo guiada pela razão, apenas pelos meus sentimentos, aqueles que eu tentei tanto esconder, mas que na primeira oportunidade, pularam para fora, se manifestando com beijos e toques nada inocentes. Jeongyeon se sentou, fazendo com que eu caísse sobre o seu colo e agora já tinha suas mãos adentrando minha blusa.

Comfortable | YooKiWhere stories live. Discover now