{Capítulo 62}

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*Maiara on*

-Depois que aceitei ir para a clínica o Fernando ligou e eu iria pela manhã. Passei o dia grudada nos meus amores, fizemos tudo o que gostávamos e eu me diverti muito, e por um momento esqueci tudo o que me angustiava. A noite nós dormimos juntos mais uma vez, torci para passar devagar e eu ter mais umas horas com eles. Mas o tempo passou voando e quando menos esperei já estava me despendido dos meus filhos-

-Essa foi a pior parte, parece que estavam tirando um pedaço de mim. Saber que não vou ver meus filhos todos os dias me deixa mal, vou ter eles aqui só por uma hora durante a semana e só no domingo vou poder ficar com eles o dia todo. A Clara me levou para meu quarto e era lindo, cama de casal enorme e era um ambiente bem decorado. Fui adentrando o local e cheirava o campo, o cheiro era maravilhoso e acalmava-

Clara: Esse é o melhor quarto daqui, gostou?

Mai: Eu amei

Clara: Fico feliz. O banheiro é naquela porta ali e ao lado o closet -Ela aponta para o local-

Mai: Obrigada

Clara: Não precisa agradecer. Você quer conhecer o local agora ou prefere descansar?

Mai: Prefiro descansar, qualquer coisa eu ando por aí. Você deve ter outras coisas para fazer

Clara: Se prefere assim tudo bem. Mas se precisar pode apertar aquele botão ao lado da cama

Mai: Tá bom

Clara: Eu venho trazer seu almoço se prefere ficar no quarto

Mai: Desde já agradeço -Sorri gentilmente e ela saiu fechando a porta-

-É, parece que agora é só eu e eu por um mês. Abri as cortinas e a vista era para um jardim lindo, sentei em uma cadeira próxima e fiquei observando o céu. Eu não sei se aguento sem minha família... Logo senti aquela angústia, aquela dor insuportável e veio o desejo de me cortar, eu não trouxe nada, merda! Logo comecei a procurar algo que poderia cortar, mas tudo ali era sem ponta, os pequenos objetos eram de plástico ou de silicone-

Mai: Merda! Eu preciso achar alguma coisa -Eu já chorava desesperadamente. Vi que não ia obter sucesso e sentei no chão-

-Segurei meu cabelo com força e comecei a puxar. Eu nunca tinha chegado aquele ponto, eu estava descontrolada, o horário do meu remédio é isso. Eu não pude trazer, eu não tenho como me aliviar mais, comecei a bater a cabeça na parede enquanto meu corpo tremia e eu gritava. Logo vi algumas pessoas entrarem e me afastar dali, senti algo me furar e dormir-

-Levantei e minha cabeça doía. Coloquei a mão na testa e estava com um curativo, eu preciso me libertar disso, eu preciso ficar bem para minha família. Entrei no banheiro e tomei um banho, vesti uma roupa confortável e folgada, e resolvi sair um pouco. Comecei a andar pelo local e sentei no meio da grama-

Clara: Já estava indo levar seu almoço. Como se sente?

Mai: Vou para o refeitório. Não sei, só quero ir pra casa bem

Clara: Temos atividades que podem ajudar na recuperação, os exercícios ajudam muito em relação a ansiedade e tenho certeza que vai amar sair daqui toda malhada -Pela primeira vez em algum tempo eu sorri-

Mai: Eu quero então

Clara: Vou te levar no refeitório, vem -Ela estendeu a mão e quando segurei ela me ajudou a levantar- Depois vou te levar até a academia

Mai: Tudo bem. Vou deixar de ser preguiçosa e ir para a academia, minha família vai amar isso

Clara: Você já é linda dessa maneira, mas ser linda e saudável nos melhora mais ainda

Mai: Concordo

-Almocei e depois de insistir muito ela almoçou comigo. Conversamos sobre várias coisas, me diverti muito com ela, ela conseguiu me arrancar muitas risadas e me contou também sobre a vida dela. Já tinha se passado uma hora desde que almoçamos, vesti uma roupa própria para exercícios e aquele shortinho por ser apertado desenhou bem o meu corpo. Desequilibrada emocionalmente sim, feia jamais! Eu estava gostosa e eu só queria meu amor me vendo assim, por falar nele, quanto tempo que não fazemos amor-

Clara: Está linda! -A Clara fala assim que saí do quarto. Ela também estava com roupa própria-

Mai: Você também

Clara: Fernando é um homem de sorte

Mai: Pare com isso -Senti minhas bochechas queimarem, com certeza estava vermelha-

Clara: É a verdade -Eu só ri e neguei com a cabeça. Seguimos para a academia e eu logo conheci meu personal- Não precisa ficar desconfortável, ele é gay

-Clara falou baixinho e eu agradeci mentalmente. Ele me ensinou a usar cada equipamento dali e logo comecei o trabalho pesado, eu levantava peso com as pernas e ele logo me fez fazer agachamento, minhas pernas já tremiam e eu suava feito cuscuz. Caí no tapete e ele ria de mim-

Daniel: Vamos Maiara, só mais dois

Mai: Você é cruel, eu não consigo

Daniel: Em outra coisa faria até cem

Mai: Aí fica mais fácil

Daniel: É, realmente -Ele segurou minha mão e me levantou- Vou trazer o Fernando aqui

Mai: Pensei que era meu amigo, não chantagista

Daniel: Sou seu melhor amigo, por isso ele vem ou você achou que aquela cama enorme era pra nada?

Mai: Bom, aqui é uma clínica e eu pensei que seria proibido

Daniel: E é! Mas você deve estar ciente de que escondido é mais gostoso

Mai: Muito mais...

Daniel: Agora fiquei mais gostosa para seu marido e continue esses agachamentos

Mai: Aí não -Fiz careta e voltei a fazer os agachamentos-

-Depois eu fui pegar peso, meu Deus como doía. Estava quase anoitecendo quando fui liberada pelo Daniel, os músculos da minha perna se contraíam e eu quase não conseguia andar, parece que eu tinha gozado várias vezes e a força das pernas se esgotaram. Tomei um banho, vesti um pijama e vi que meu jantar estava ali, comi e deitei, não demorei muito para dormir já que estava exausta. Por isso exercícios ajudam na ansiedade, a dor e os pensamentos ruins dar lugar ao cansaço e nós dormimos sem pensar no pior por pelo menos uma hora-













Oi oi...
Algumas brincadeiras na academia para descontrair kkkkkkkk. "Suando igual cuscuz" aqui na minha região é nossa maneira de expressar que estamos suando muito kkkkkkkkkkkk às vezes eu escrevo gírias baianas e penso "muitas pessoas não vão entender, apagaaaa" kkkkkkk

Comentem bastante e não esqueçam da estrelinha

Leito 77 (FINALIZADA)Where stories live. Discover now