{Capítulo 4}

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*Maiara on*

-O Fernando fica meio nervoso quando está perto de mim e fica vidrado em mim. Não deve ser nada demais, depois que ele saiu eu dormi e acordei bem cedo no outro dia-

-Levantei sozinha mesmo e fui fazer minhas higienes. A Maraisa dormia ainda, eu estava penteando meu cabelo quando vejo entrarem com meu café da manhã, agradeci e comecei a comer. A Maraisa logo acordou e tomou café da manhã comigo-

Mai: Você sabe né?

Mara: O que?

Mai: O que o Fernando disse que quer me falar

Mara: Eu... -É interrompida-

Mai: Sei que sim

Mara: É, eu sei

Mai: Tudo bem, eu espero ele vir conversar comigo

Fer: Bom dia -Vejo o Fernando entrando no quarto-

Mara: Bom dia

Mai: Bom dia Fer

Fer: Como se sente Mai?

Mai: Muito bem

Fer: Você já viu se consegue andar normalmente?

Mai: Já

Fer: Então já posso te dar alta

Mai: Graças a Deus. Mas e aí, o que você tem pra falar?

Mara: Eu vou dar uma volta por aí -Ela saí-

Fer: Então Mai, não sei se você sabia ou desconfiava, mas você estava grávida de quatro meses

Mai: Eu não sabia... -Sinto meus olhos arderem e eu seguro para não chorar- Eu uso diu, mesmo ele me proibindo eu usava escondido

Fer: Percebemos, seu bebê está segurando o diu. Como eu vou explicar isso... -Ele pigarreia e continua- Talvez vocês tenham ido de uma forma muito brutal e isso acabou deslocando o diu

Mai: Fer... -Eu comecei a chorar e ele me olha sem entender- Ele me forçava a ter relações com ele

Fer: Eu sinto muito -Ele me abraça- Se você quiser eu posso solicitar uma consulta com um psicólogo

Mai: Eu quero...

Fer: Já estou anotando aqui

Mai: Mas e aí, já dava pra ver o que era?

Fer: Sim, é uma menina

Mai: É?

Fer: Sim, você não perdeu o bebê Mai. Eles queriam tirar, mas eu não permiti

Mai: Me abraça por favor

-Ele me abraça e eu fico ali até me acalmar. Ainda abraçado a mim, ele afere minha pressão e minha temperatura. Sei que ele precisava trabalhar então me separei do abraço-

Fer: Está melhor?

Mai: Sim, obrigada Fer. Você precisa trabalhar, acho que já tomei muito seu tempo

Fer: Que nada! Conversas demoram, vem cá -Ele me abraça e fica acariciando meu cabelo por vários minutos- Agora eu preciso ir, já trago sua alta, também vou pra casa daqui a pouco

Mai: Tudo bem, até depois. Obrigada

Fer: Quer que eu chame a Maraisa?

Mai: Não precisa, ela deve ter saído

Fer: Ok, qualquer coisa é só me chamar. Beijo linda

Mai: Beijo lindo -Ele joga um beijo pra mim, fiz o mesmo e ele sai-

-Então eu teria uma bebê... É filha daquele idiota, mas ela não tem culpa de nada, é só um bebê indefeso e eu vou cuidar com todo amor do mundo. E eu vou me garantir que ele nunca saiba que ela existe, vou inventar que é de outra pessoa, ela é só minha filha-

Mara: Voltei...

Mai: Oi irmã

Mara: E aí? Você tá bem? Vai querer tirar?

Mai: Eu nunca faria isso, mesmo sendo filha daquele idiota, ela não tem culpa é só um bebê

Mara: É assim que se fala! A titia já ama essa princesa

Mai: A mamãe também...

Mara: Me passou para trás mesmo -Elas sorriem-

Mai: Pois é. O Fer me indicou fazer tratamento psicológico

Mara: É bom. O Fer cuida muito de você

Mai: Às vezes até acho que não mereço esse cuidado todo

Mara: Claro que merece

Mai: Aí irmã, eu quero ir pra casa

Mara: O Fernando disse que já está preparando seus papéis para poder te dar alta

Fer: Ouvi meu nome -Ele entra na sala já vestido em sua roupa normal- Vamos pra casa?

Mai: Finalmente. Preciso de um banho antes

Fer: Fique a vontade. Vou te esperar

Mai: Não precisa, você tem que ir descansar

Fer: Eu vou levar vocês em casa e eu não estou cansado

Mai: Já volto -Tomei banho e talvez eu tenha demorado um pouco pois lavei o cabelo. Vesti minha roupa e o Fer lia alguns papéis, enquanto a Maraisa estava com a cara de cu de sempre- Pronto

Mara: Pensei que ia morar no banheiro

Mai: Deixa de ser chata Maraisa, vamos

Fer: Vamos

-Passamos na recepção, fizemos alguns procedimentos e eu recebi alta. Saímos e eu parei assim que pisei fora do hospital. Como era bom sentir o vento no meu rosto, sentir o calor do sol, como eu senti falta disso-

-Fomos andando para o estacionamento e seguimos para a casa da Maraisa. Acho que perceberam que eu queria ficar em silêncio então ligaram o rádio e ninguém trocou uma palavra. Chegamos na casa da minha irmã e ela saiu do carro deixando somente eu e o Fernando-

Mai: Eu realmente não sei como te agradecer Fer. Você foi um anjo em nossas vidas e eu serei eternamente grata

Fer: Não precisa agradecer eu fiz isso por... -Ele para e pensa. Como se fosse falar algo que não podia- porque você é uma boa pessoa e eu senti que era o que eu deveria fazer

Mai: Parece que você me conhece bem

Fer: A Maraisa me contou algumas coisas, tipo, tudo -Rimos-

Mai: Entra e almoça com nós. Não aceito não como resposta

Fer: Sendo assim, tudo bem -Saímos do carro-

Mai: Depois me manda o número da sua conta do banco

Fer: Pra que?

Mai: Quero pagar o que você gastou comigo

Fer: Tá doida é? Eu não aceito um real seu, eu quis fazer isso!

Mai: Desculpa. Eu não estou acostumada com as pessoas fazendo coisas assim por mim

Fer: Pois se acostume porque eu vou fazer de tudo para ajudar você e te ver feliz. Inclusive, amanhã você começa a trabalhar comigo

Mai: Tá brincando?

Fer: Consegui sua transferência

Mai: Eu vou voltar a trabalhar e ainda vai ser com um dos melhores médicos

Fer: Eu sei, eu sei -Ele fala sorrindo-

Mai: Convencido

-Entramos em casa e a governanta da Maraisa, a Luiza, já tinha feito o almoço. Almoçamos em meio a muitas risadas, mas logo o Fernando teve quer ir embora. Nos despedimos e eu fui assistir filme-








Um baby...

Comentem bastante e não esqueçam da estrelinha

Leito 77 (FINALIZADA)Where stories live. Discover now