Você consegue!

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Any Gabrielly Urrea Deinert

Assim que chego na recepção do hospital, Melissa vem na minha direção.

Demorei um pouco a chegar pois estava a pé e o hospital é lá na puta que pariu, então, no que eu sai de casa ao meio dia, cheguei aqui de meio dia e cinquenta e seis!

Any: como ele está?

Mel: ele saiu da cirurgia a pouco. Ele só chama por você.

Any: qual é o quarto?

Mel: quarto duzentos e seis. - assinto, falo rapidamente com César e Dylan e entro no quarto de Will.

Any: Oi. - ele abre os olhos lentamente e sorri ao me ver.

Will: Oi, cachinhos.

Any: Como está se sentindo? - ele suspira e faz uma careta.

Will: com dor. Dói tudo, Any. Eu não sei se eu vou aguentar.

Any: Vai sim! Eu sei que vai. Você é forte. - ele nega com a cabeça.

Will: Não... não sou pequena, eu não aguento mais.

Any: Você consegue! Eu sei que consegue. Você é a pessoa mais batalhadora que eu já conheci, não desista agora. - ele sorri.

Will: só você pra me fazer sorrir até mesmo na maca de um hospital. - solto um riso nasalado.

Any: é o meu dever. Eu prometi que ia te fazer sentir bem.

Will: Você faz isso. Mas sou eu que não consigo mais, eu estou tentando lutar contra esse câncer... mas a cada dia parece que ele me destrói mais.

Any: Por favor, lute mais um pouco, eu não quero perder você. - seguro em sua mão.

Will: Eu também não quero te perder, cachinhos, mas não dá mais. - a porta é aberta.

- licença, o horário de visitas acabou.

Droga!

Any: eu venho te ver amanhã ok? - ele assente fraco. - não desista. - dou um beijo em sua testa e saio.

Vou caminhando até a minha casa pensando em uma desculpa coerente para dar a minha família.

Assim que abro a porta de casa, meus pais vem em minha direção como um furacão.

Noah: Onde você estava?! Estávamos todos preocupados.

E agora?! Todas as maravilhosas desculpas que eu inventei se desvaneceram no ar.

Saby: a culpa foi minha!

Ela levanta do sofá.

Saby: foi um verdade ou desafio que fizemos hoje na escola e.... o desafio da Any era sair correndo de casa de um jeito desesperado. Né gente? - ela olha para o pessoal.

Mel, Nour, Hina e Krys: É! Sim! - eles dizem em uníssom

Obrigada, eu vou agradecer eternamente a eles.

Meus pais assentem e meus amigos me olham como se dissessem: Você vai nos contar tudo depois se não vamos te dedurar!

Eu espero que o Will não se importe se eu contar para eles.

...

Saby: desembucha! - ela diz quando entramos no meu quarto.

Já almoçamos e nossos pais estão conversando lá embaixo e eu trouxe eles para o meu quarto.

Any: eu não posso.

Mel: não só pode, como vai!

Any: Gente, eu realmente não posso falar nada.

Nour: Você nunca escondeu nada da gente.

Any: mas dessa vez eu vou esconder, desculpa mas não é uma coisa minha. Eu não posso contar o segredo de outra pessoa. Muito obrigada pela ajuda mas eu não posso.

Krys: tudo bem... tá dando né?! Safada! - rio.

Any: não! Seu doido!

...

Fazem dois dias que o Will está no hospital e meu coração se parte cada vez que entro naquele quarto e vejo o quanto ele está mal. Tenho levado minha polaroid em todas as visitas assim como levo todas as fotos que tiramos em nosso tempo de amizade.

Mesmo tendo conhecido Will a algumas semanas, ele se tornou importante para mim, como um irmão que eu nunca tive. Nossa conexão foi instantânea, quase como se nos conhecêssemos a anos.

E ver ele naquele estado me mata por dentro.

Estou em um táxi a caminho do hospital para ver meu melhor amigo.

Assim que chego, falo com algumas enfermeiras e vou direto para o quarto de Will.

Any: Oi, amigo. - digo entrando em seu quarto e vejo seu fraco sorriso.

Pelo que os médicos falaram, o câncer dele avança a cada dia, eles não podem fazer nada pois quando descobriram o câncer, ele já estava em estado avançado. Agora, os médicos não podem fazer nada, pois Will não reage aos tratamentos.

Will: Oi, amiga. - ele sorri, acho que os únicos momentos que ele sorri é quando eu venho, ele diz que meu sorriso o alegra.

Any: como você está, hoje? - seu sorriso se fecha.

Will: Sinto que meu dia está chegando.

Any: Credo! - exclamo e ele ri.

Will: é a verdade, Any, está ficando difícil até respirar. Entende? Tarefas simples como puxar o ar para respirar está se tornando exaustivo para mim.

Any: Eu sei, mas você não pode desistir! Eu quero você como padrinho dos meus filhos! - ele sorri largamente.

Will: e eu adoraria ser padrinho dos seus filhos, cachinhos, mas não dá, é difícil, tudo que eu fazia antes do câncer agora parece impossível de fazer.

Any: Nada é impossível se você acreditar! - ele chega mais para o lado, deito ao lado dele, encosto minha cabeça em seu peitoral e ele acaricia meus cabelos.

Will: eu já não acredito mais. Você tem uma vida, Any, viva! Eu por achar que tenho todo o tempo do mundo, não vivi como deveria, não vou ver meu irmão crescer nem meus pais envelhecerem. Eu não vou poder ser o padrinho dos seus filhos, porque eu sei que eu não vou viver até lá. Não desista do cara que você ama, porque se você o ama, ele deve ter alguma virtude única, faça o possível para não o perder e se perder, não chore. Mas viva e por favor, não esqueça de mim. - desencosto de seu peitoral e o olho.

Any: eu jamais esqueceria de você! Você se tornou meu irmão, mas por favor não vá!

Will: eu vou ficar o quanto conseguir. Por você.

Any: por você! - ele sorri e fecha os olhos lentamente.

Will vive sedado para não sentir tantas dores, então, levanto, dou um beijo em sua testa e saio do hospital. Tenho que voltar para casa. Saby, Nour, Mel, Hina e Krys tem me acobertado, mas não posso me dar o luxo de ficar muito tempo aqui.

...

Bom dia!!!!!!!!!

O melhor amigo dos meus pais {Concluída}Where stories live. Discover now