Eu vou infartar

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Any Gabrielly Urrea Deinert

Estava deitada com minha mãe em minha cama enquanto conversávamos e comíamos doces.

Josh e meu pai tiveram que ir as pressas resolver algo na empresa.

Sina: e seu relacionamento?

Um ponto que nunca falei com minha mãe foi isso. Não sei, me sinto meio desconfortável, afinal de contas, estou namorando o melhor amigo dela.

Any: está tudo bem. - dei uma resposta por alto.

Sina: Por que eu sinto que tem mais coisa? - ela analisa minha expressão. - eu sinto saudade de quando me procurava para contar as coisas. - sua voz tinha um pouco de decepção.

Merda! Magoei ela.

Any: Mamãe - seguro suas mãos. - não é nada com a senhora, eu só não me sinto a vontade...

Sina: Por que?

Any: eu estou namorando seu melhor amigo... falar sobre isso é meio.... sei lá...

Sina: em primeiro lugar: o Joshua pode ser considerado meu cachorrinho - rio. - em segundo lugar: eu sou sua mãe, mas também sou sua amiga, somos a caixinha de segredos uma da outra, não precisa se sentir desconfortável. Eu estou aqui.

Sorrio e deito em seu colo enquanto ela faz um delicioso cafuné em meu cabelo.

Minha mãe é uma fada.

Any: Incrível! O Josh é.... doce, gentil, carinhoso, um fofo, ele me faz feliz. Muito feliz.

Sina: fico feliz em saber. E... vocês já dormiram juntos?

Any: Mãe! - pergunto sentindo-me esquentar até as orelhas.

Sina: O que? Eu preciso saber!

Any: Sim! Já dormimos juntos... e nos prevenimos se é isso que quer saber e eu tomei a pílula.

Sina: Nossa, eu perguntei uma coisa e você disse outras, mas... ele te contou?

Sento de frente para ela.

Any: que é estéril? Sim, ele contou.

Sina: e como reagiu a isso? Seu sonho sempre foi ser mãe.

Verdade, desde bem pequena meu sonho era ser mãe de um casal de gêmeos.

Any: quando ele me contou, não tínhamos nada e depois não conversamos mais.

Sina: Mas, você vai...?

Any: Ficar do lado dele, sempre, se for da vontade dele, eu vou ficar com ele e cuidar dele. - minha mãe sorri.

Sina: Você é um anjo, minha filha. - sorrio, beijo sua bochecha e deito em seu colo novamente.

...

Maria Sabina May Paliwal

Saby: Mãe, Pai... podemos conversar? - pergunto entrando na cozinha, minha mãe para de lavar a louça, seca a mão em um pano de prato e assente, meu pai fecha o notebook e presta atenção unicamente em mim.

Shiv: Claro. - aponto para a mesa, minha mãe senta ao lado do meu pai e eu sento de frente para eles.

Saby: Bom... primeiro, eu quero que vocês me escutem e depois podem falar, ok?

Bailey: Filha, pode falar. - ele me encoraja, minha mãe passa um dos braços por cima dos ombros dele e eles dão as mãos.

É isso que eu quero. Um amor forte assim.

As vezes parece que eles nem se tocam quando são melosos, eles parecem fazer isso inconscientemente e é isso que me derrete. Eles sem nem notar ficam mais próximos.

Saby: Então... eu conheci um rapaz e... - vejo meu pai fechar a expressão, minha mãe aperta levemente sua mão e eles se olham. - ele é mexicano e está visitando, conversamos por um tempo porque ele não sabia falar alemão e estava perdido. - eles assentem ao mesmo tempo com expressões neutras. - eu o levei até o hotel e ele me deu isso. - tiro do bolso do short o papel com o número que Pepe me deu e entrego a minha mãe que olha e depois desvia o olhar para mim. - ele disse que se for do meu agrado, podíamos nos encontrar, eu ainda não liguei, eu... queria saber a opinião de vocês.

Finalizo e suspiro.

Bailey: eu vou infartar! Essa é a verdade! - minha mãe aperta a mão dele novamente mas dessa vez acaricia seu ombro.

Shiv: Filha, obrigada por nos procurar, foi muito maduro da sua parte falar conosco antes de tomar uma decisão. Se eu não me engano você quer nossa permissão para sair com ele não é?

Saby: Na verdade, - começo e seguro as mãos deles. - eu queria que vocês dois fossem comigo, eu marcaria em uma praça, vocês ficariam olhando não tão longe e qualquer coisa eu chamo. - ele se olham novamente e me olham sorrindo.

O que eu fiz?

Bailey: temos orgulho de você, Saby. - sorrio ainda sem entender.

Shiv: você é a menina mais madura que conhecemos, o fato de vir aqui nos contar sobre esse rapaz já te faz uma pessoa muito sensata, mas pedir que te acompanhemos te faz uma mulher madura, filha. Vamos fazer assim: você vai ligar e deixe no viva voz para que possamos ouvir a conversa, marque o dia, a hora e o lugar. Eu e seu pai estaremos lá.

Assinto e subo para pegar o celular.

Nour: Parabéns, Saby. - ela diz entrando no meu quarto. - foi muito adulto da sua parte falar falar eles.

Saby: tenho que agradecer ao Josh. Quer vir? Eu vou ligar para ele e marcar o encontro.

Nour: Quero. - entrelaço nossos braços e descemos.

...

Próximo amanhã beijinhos moranguinhos!!!

O melhor amigo dos meus pais {Concluída}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora