CAPÍTULO 12

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Estou guardando meus livros no armário quando Sabina o fecha, quase esmagando meus dedos, mas tiro os dedos antes da morena quebra-los.

-Quero detalhes sobre o que está rolando entre você e o Alex.- Exige.

Tiro suas mãos do meu armário e término de guardar meus livros, feito isso já dou atenção a ela.

-A um tempo atrás eu e ele nos esbarramos na corredor da faculdade... E hoje ele vai me levar pra algum lugar.

Um sorriso enorme surge no rosto da minha amiga.

-Que foi? Por que está sorrindo desse jeito?- Pergunto franzinho cenho.

De repente ela me abraça, forte, forte demais. Pra quem tem uns braços tão pequenos e magro a garota é forte.

-Menina, vou morrer asfixiada.- Digo cortado o abraço.

-Não acredito que vai ter um encontro.- Diz com uma emoção exagerada.

Encontro? Não é um encontro, vamos sair como amigos, pra nos conhecemos.

-E não vou mesmo.

Tranco o armário e começo a andar pra fora da faculdade, Sabina vem atrás de mim.

-Any, estou falando isso pelo seu bem.- Faz uma pausa, e me para.- Desde que aconteceu aquilo com Bailey... Você nunca mais foi a mesma, quero dizer, com os homens. Não acha que já é hora de superar? Não pode deixar que um homem acabe com sua vida amorosa.

Bailey não era apenas um homem, era meu homem, ele foi tudo pra mim, lhe entreguei tudo. Falar sobre esse asunto é uma coisa que odeio. Talvez nem todos os homens sejam iguais, mas não quero que quebrem meu coração mais do que ele já está. Eu não suportaria.

Mas Sabina tem razão, um homem não pode marcar minha vida tanto assim, ele deve de ser super feliz com alguma outra garota, e eu? Eu estou aqui, lamentando ter perdido o suposto amor da minha vida e transando com todo ser que se move.

-Tenho um lema, sabe?- Digo ganhando um olhar confuso da minha amiga.- Sim, ele é assim: Abra as pernas e não o coração. Sério, todo mundo deveria aderir isso, é muito prático.

Meu último encontro foi horrível. Sete meses depois de terminar com Bailey conheci um garoto chamado Justin, era gentil, bonito, inteligente, e era de uma família com condições. Praticamente uma réplica do Bailey, e o que estava fazendo era tampar minha dor com uma cópia do homem que quebrou meu coração. Coisa que não deu muito certo, porque quase sempre chamava o menino pelo nome de "Bailey" ou tentava imaginar ele. E a partir desse momento me privei dos sentimentos, transava com qualquer homem e no meio da noite desaparecia, não passava a noite com nenhum deles.

-Agora você se resiste, mas eu sei que vai aparecer algum homem na sua vida que vai mudar esse seu jeito de cabeça-dura, e te fazer realmente feliz.- Declara a morena.

No estacionamento, procuro pela chave do carro na muchila.

-Pra que quero um homem pra me fazer feliz, sendo que tenho uma amiga chata do caralho que já faz isso?

Encontro a chave e abro o carro, as duas entram jogando as mochilas no banco de trás.

-Aonde Alex vai te levar?- Pergunta enquanto arranco o carro.

Hot Dare|| BeauanyWhere stories live. Discover now