10 | gυєrrα ∂є cσмi∂α

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Levantei com uma preguiça matinal de sempre e segui para o banheiro, aos resmungos, por ter sido acordada por uma certa loira que estava animada. Quem acordava em plena manhã de bom humor ? Bom, minha colega de quarto, que tinha vários parafusos fora do lugar...

Se ela não tivesse me acordado, provavelmente ainda estaria hibernando...ou tentando pelo menos.

Fiz minhas higienes e me arrumei, enquanto Bruna andava pra lá e cá, cantarolando uma música qualquer.

Terminamos, pegamos nossas bolsas e saímos em direção a nossas aulas. Bruna deu sorte ao cair em Artes, enquanto eu teria que aturar a professora de biologia e sua explicação sobre a origem da vida, dos seres. Por acaso eu ia ganhar dinheiro com aquilo ? Não, não ia.

Sentei na mesa dos fundos e peguei meu caderno, fazendo rabisco neles, que distraiam.   

Mas e as anotações das aulas ?

nem ai Bitch.

As aulas se seguiam entediantes, umas causavam até sono e todo meu mal humor, só piorava. 

O sinal finalmente bateu, anunciando o término daquela tortura que era a aula de matemática e de todas as outras que haviam sido.

Recolhi minhas coisas, as jogando na bolsa e sai em disparada, rumo ao meu quarto. Entrei, joguei a bolsa na cama e sai, encontrando com Bruna na escadaria que levava ao refeitório. Seguimos juntos para a cantina, pegamos nosso almoço e sentamos numa mesa afastada dos demais.

- Alerta! Alerta de praticinha se aproximando - Bruna cochichou, olhando para além de mim.

Já podia até prever, quem seria!

Olhei de soslaleio e a oxigenada se aproximava com suas "amigas", que pareciam cachorrinhas adestradas a sua mercê.

Apesar que cachorrinhas eram muito mais fofas e menos escrotas que aquelas ali.

- Quem diria que a esquisita conseguiria arrumar uma amiga - Provocou a oxigenada sorrindo e olhando para suas "amigas" que riram falsamente. - Não achei que alguém fosse ter coragem para isso.

- Olha aqui sua... - Interrompi Bruna.

- Oxi, não aprendeu a lição aquele dia não ? - Indaguei, me referindo ao dia que a joguei na piscina e faria denovo se preciso fosse, milhares de vezes, até a mesma se afogar e deixar de ser um peso morto a menos na humanidade.

- Eu não tenho medo de uma esquisita como você - Ela disse convicta.

Levantei bruscamente, fazendo com que a cadeira caísse em seus pés e todos no refeitório se calassem e olhassem para nós, curiosos em saber o que estava acontecendo ou ia acontecer. 

- Se continuar me chamando de esquisita, vou arrebentar com essa sua cara pálida de vadia e arrancar esse cabelo falsificado sem precisar usar muita força - Ameacei entre dentes.

Muitos alunos começaram a criar tumulto com comentários e uns "Briga, Briga, Briga".

- Nosso público aguarda o show querida - Ela disse maldosa.

- Mesmo ?! Então eles terão - Peguei minha comida e acertei nela.

Todos riram.

E a vaca jogou suco em mim. Em MIM porra!

E com aquilo, começamos a jogar comida, uma na outra, uns nos outros e acabou virando uma terceira guerra mundial alimentícia. Era comida para todos os lados e direções.

Garota Encrenca[Concluído]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora