❝ ᴡᴇ ᴀʀᴇ ᴀ ꜱᴇᴄʀᴇᴛ, ᴄᴀɴ'ᴛ ʙᴇ ᴇxᴘᴏꜱᴇᴅ ❞
↬ Ter o título de melhor juíza e detetive do estado parecia ser mesmo um sonho, mas as circunstâncias que levaram a tão falada 𝐒𝐂𝐀𝐑𝐋𝐄𝐓𝐓 𝐉𝐎𝐇𝐀𝐍𝐒𝐒𝐎𝐍 a esse posto não eram exatamente tão boas assim...
¡¡¡ Capítulo contém descrição de ataque de pânico e crise de ansiedade — marcados após os asteriscos —, se não se sentir confortável para ler, sugiro que pule a parte!!!
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Downtown, Boston, Massachusetts 19 de dezembro, 11:40h
S C A R L E T T
Dois dias de trabalho e eu finalmente havia descansado. Não havia muito o que fazer ou investigar, apenas continuar lendo e relendo as mesmas coisas, tentando achar detalhes que talvez tivessem passado despercebido. Mas não achava nada.
Eu procurei registros sobre Yamada. Viagens, compras feitas, tudo o que poderia me levar a algum contato, ou alguma evidência, mas não havia nada. Nenhuma amizade suspeita, nenhum gasto exorbitante ou possíveis transferências de dinheiro para terceiros que nos levassem a algo. Mais uma busca meticulosa que não havia nos dado resultados.
Hemsworth também não conseguiu nada no banco. O gerente-geral não estava lá, e possivelmente foi avisado sobre a procura, porque também não apareceu ontem, dificultando o nosso trabalho e nos fazendo ter certeza que havia alguma trama por baixo dos panos. Só precisávamos saber quem eram aqueles dois que usavam as contas fantasmas, e eu não mediria esforços para isso.
Chris também não havia conseguido nada. Nenhum dos jogadores do time de futebol tinha antecedentes ou qualquer prova que fosse passível de dúvida. Onze jogadores do time principal, e nenhum deles nos deixava próximo de alguma pista. A única notícia boa é que os onze ainda estavam vivos e moravam em Boston.
Evans não havia conversado muito comigo também. O que conversamos esses dois dias foi estritamente profissional, e muito pouco. Eu não tentava conversar. Sabia que ele realmente estava chateado, e com razão. E era melhor assim. Evitava mais desgaste, conversas desnecessárias, e nos fazia focar no trabalho.
Ouvi as batidas na porta e mandei que entrasse. Vi a silhueta da Margot e ela logo apareceu, pondo apenas a cabeça para dentro da sala. Ela me encarou e franziu as sobrancelhas, preocupada. Sorri fraco e a vi adentrar a sala, fechando a porta atrás de si.
— Estou vendo uma carinha triste e não estou gostando. — Disse, se aproximando da mesa. — O que aconteceu, Scar?
— Tantas coisas.
— Ainda está mal com a terapia?
— Estou mal com tudo, Rob. Mas não é hora de falar sobre. — Digo, vendo-a assentir. — O que você quer?
— Só avisar que estou indo almoçar. Você vai comer?
— Mais tarde.
— Mais tarde quer dizer em casa? — Pergunta, sabendo que eu realmente não sairia. — Anda, vem almoçar comigo!
— Ok. Deixa eu só desligar aqui.
— Te espero lá fora.
Ela saiu, e eu fiz o que disse que iria. Desliguei o monitor e peguei meu celular e carteira, deixando a bolsa na sala. Saí, fechando a porta e pondo a carteira e celular no bolso. Na frente da mesa de Margot estava ela, Betty, Hemsworth e Evans. Todos me esperando.
