Novos Caminhos

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Pouco tempo depois já nos encontrávamos de frente a bela propriedade dos Shima era realmente linda tirando o palácio, eu nunca tinha visto lugar mais imponente, apesar de já ser noite pude avistar um belo jardim com uma linda fonte, a entrada era de uma beleza clássica tradicional, com colunas e rodeado de plantas e flores.

─ Vamos Andreyna, vou mostrar - lhe seus aposentos. ─ Andei apreensiva. Tinha medo do que ele poderia via fazer comigo. Será que teria uma esposa ou concubinas que vivam junto com ele?

─ Vivo sozinho, meus pais morreram assim que ingressei no exército Assírio.     
─ O homem leu meus pensamentos. Que tipo de bruxaria era essa? O encarei assustada.

─ Não tens esposa? ─ Perguntei alarmada. Viveria praticamente sozinha com um homem que demonstrava descaradamente apenas com o olhar que me queria em sua cama para satisfazê – lo.

─ Não, nunca me casei, apesar da exigência dos nobres, só o faria se assim o imperador exigisse, mas tenho certeza que essa imposição não terei.
─ Você terá livre acesso a casa, Andreyna, a todos os cômodos e especialmente ao meu quarto, podes entrar quando e no momento que quiseres. ─ Falou malicioso e levantei a cabeça ultrajada com a audácia daquele homem. Meu subconsciente me dizia para me acalmar e não dar motivos para ser castigada ou coisa pior, mas era humilhante e sórdido o que estava me acontecendo.

Observei Aubalith se aproximar sorrateiro como um gato egípcio, e a magnitude da sua presença invadiu o meu espaço pessoal me fazendo ficar tonta e um tanto inebriada com o cheiro desse homem ─ Pelos Deuses o que está acontecendo comigo ─ Pensei aturdida, nunca havia me sentido assim antes, nem mesmo por Razor, meus seios pesaram e minha intimidade se contraiu, eu sentia escorrer algo por ela, molhando - me entre as pernas. Era algum feitiço de magia negra que os homens assírios usavam na pele para ludibriar as mulheres pelo cheiro?

Abalith contornou minha boca com o polegar e acariciou minha bochecha em seguida. Senti ele descendo as mãos pelos meus braços lentamente, quase carinhoso, eu diria até que terno se não enxergasse a luxúria e a posse queimando dentro dos olhos esverdeados. Quando ele chegou próximos dos meus seios e tocou a lateral deles retesei com medo.

Desde que fui abusada não permiti que um homem me tocasse, nem mesmo meu futuro marido. Tinha medo de como era a intimidade, mas estava disposta a passar por isso para gerar filhos, nada mais que isso. O homem percebeu minha reticencia e se afastou minimamente tirando suas mãos contrariado do meu corpo. Seu olhar penetrante, parecia saber dos meus mais profundos segredos isso me desconcertou.

─ Não vou te obrigar a nada, Allat. Você virá a mim por vontade própria. Me dará seu corpo, seu destino, sua confiança, sua lealdade porque vais me amar. Sua alma já é minha, seu coração reconheceu as batidas do meu. Nosso destino estará unido a partir de agora e por todo levantar e cair do Deus Sol.  ─Assim que falou me deixou acomodada no quarto luxuoso e amplo e saiu acredito que para os seus aposentos.

Tremi com a potência e a sinceridade de suas palavras, ele não parecia ser o tipo de homem paciente, mas sua atitude me fez reavaliar todos os conceitos pré - concebidos que tinha sobre ele. Meu coração batia descompassado não apenas pelas palavras de Aubalith, mas estava apreensivo, eu sentia que algo estava fora do lugar. Queria estar aqui com Kassandra para cuida e amá – la, para orientá – la como uma verdadeira irmã. Temia pelo futuro dela todas as minhas preces se voltavam para que ela estivesse bem. Viva e bem.

 Viva e bem

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Da guerra ao AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora