CAPÍTULO 47

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- E você queria o que, Rael? - Hanna pergunta séria, enquanto me encara depois que sai do quarto da Isadora, e a encontrei no corredor, a puxando comigo para um canto onde pude desabafar tudo o que vinha sentido e o que havia acabado de ouvir, ant...

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- E você queria o que, Rael? - Hanna pergunta séria, enquanto me encara depois que sai do quarto da Isadora, e a encontrei no corredor, a puxando comigo para um canto onde pude desabafar tudo o que vinha sentido e o que havia acabado de ouvir, antes que eu explodisse, ou sei lá o que acontecesse comigo - Você agradeça por ela estar internada, e ainda estar aqui, porque conhecendo minha amiga, em outras circunstâncias ela já teria ido embora. E nem sei como ela não fez isso antes.

Respiro fundo, meio bufando irritado, e ando impaciente de um lado para o outro.

- Eu não queria que fosse assim. Eu reconheço que errei, mas eu também já tentei tanto, já quebrei tantas regras minhas, da minha família, e tudo o que eu recebi foram suas palavras ditas para outros, de quanto ela não me queria.

- Eu sei o quanto é difícil para você toda essa situação. Vocês dois são um choque de culturas gigantesco, mas assim como ela precisa ceder, você também precisa entender o lado dela.

- Eu estou tentando. Eu juro que estou.

- Está? Ou estava? Porque qual foi a última vez que você ficou ao lado dela e vocês conversaram depois que se casaram e vieram para cá?

Paro e olho para a minha prima, mas me lembro do dia do aniversário da minha mãe, e aquela semana antes. Foi tão bom apenas ficar próximo dela, e nossa conversa naquele dia, o nosso beijo, eram as últimas lembranças de carinho que eu tive com minha esposa.

- Vocês precisam de diálogo. Eu acho que vou pegar a mão de vocês, como nossos pais faziam quando éramos crianças, e deixar vocês de frente a frente para dizer tudo, e depois darem as mãos pedindo desculpas.

- Eu tentei conversar, tentei falar para ela o que aconteceu... - começo a falar, mas Hanna me interrompe levantando sua mão para que eu parasse.

- Aqui? Nesse momento ela precisa do seu apoio, Rael. Vocês só irão conversar quando estiverem em casa. Até lá, dê seu máximo para reconquistar sua esposa, porque se ela não estiver feliz, eu mesma trago o pai dela para a buscar.

Respiro fundo e não a respondo. Porque se a Isadora não estivesse feliz, mesmo com nossos filhos, eu havia fracassado oficialmente no meu casamento.

- Agora eu preciso ir. Preciso ver a minha amiga, e esmagar muito os filhos de vocês.

Apenas concordei e deixei Hanna sair, ficando sozinho com meus pensamentos.

Eu a amava, como eu amava, e agora tinham nossos filhos. Mas essa dor por todas as vezes que ouvi ela me rejeitando para outras pessoas, parecia estar ferindo não só a mim, mas os meus sentimentos também.

E movido pela necessidade de estar próximo da mulher que eu amava, volto até o seu quarto no hospital, e pela fresta da porta ainda aberta, vejo a Isadora sorrindo. Então, ela dá uma risada tão bonita e gostosa, enquanto parece se divertir com suas amigas, que nem parece que ela esta em uma cama de hospital, ligada a tantos remédioss.

ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)Onde histórias criam vida. Descubra agora