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Jungkook lembra-se bem do dia em que seu pai o presenteou com aquele medalhão misterioso, falando de uma história confusa sobre um tesouro perdido, e prometendo-o que um dia encontrar-lo-iam juntos.
Foi a última noite q...
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#SereiaDePrata 🏴☠️
O cintilar das espadas e o som agudo trocada entre elas durante o choque das lâminas era um claro sinal da batalha iniciada entre o Sereia de Prata e uma caravela da frota real de Arcádia. Gritos eram ouvidos, ordens desferidas e sangue derramado. Não havia piedade nos olhos vorazes daqueles piratas, era matar ou morrer, era uma questão de honra e dignidade.
Os homens do rei eram poderosos e habilidosos com suas espadas, mas os seus adversários tinham algo que nenhum outro poderia ter: Jeon Jungkook, o Diabo de Golden Fall e capitão do Sereia de Prata. O homem mais temido e procurado pelos sete mares, não existia ninguém neste mundo capaz de derrotá-lo, ou corajoso o suficiente para ao menos tentar.
Com os dedos firmes no cabo da espada, Jeon efetuou golpes rápidos e precisos durante seu percurso, desde a travessia de um navio à outro, até alcançar o comandante da frota. Cada soldado derrotado caindo sem vida pelo convés, pintando o piso de madeira com seu sangue escarlate, escorrendo até alcançar a borda e pingar no mar para atrair os predadores que devorariam seus corpos.
— Eu o matarei, Jeon Jungkook! — alguém vociferou a sua direita, avançando feito uma fera terrível em sua direção.
A lâmina inimiga fez um rasgo em sua pele antes que pudesse revidar a tempo, e como em todas as vezes, a adrenalina que corria por cada centímetro de seu corpo impediu a dor de explodir em seu antebraço atingido.
— Não tão rápido, desgraçado — prevendo o próximo ataque, usou de sua própria espada para interceptá-lo pouco a frente de sua face. — Sou o único capaz de tirar minha própria vida.
Segurou-se naquela posição por pouco tempo, logo esquivando-se para atingir um chute implacável no peito do homem, lançando-o alguns metros para trás, sendo esta a oportunidade perfeita para finalizar seu serviço e ceifar mais uma vida. O indivíduo morto era o comandante daquela frota, e com ele fora de cena, aos poucos, os combatentes restantes se renderam.
Os piratas tomaram a tarefa de amarrá-los e manter-se vigilantes sobre eles, aguardando apenas pela ordem de seu capitão, que decidiria o destino daquelas vidas. Quase sempre, a morte era certa, Jungkook não era conhecido por poupar seus inimigos.
— Scarlett! — chamou pela mulher, vendo-a se aproximar com suas belas madeixas esvoaçantes. — Verifique as cargas do navio e selecione tudo que nos for valioso.
Com o sangue esfriando, a ferida aberta em seu braço começou a causar desconforto e uma dor irritante na área. Jungkook teve de disfarçar a careta e puxar um lenço do bolso para pressionar o corte, tentanto segurar um pouco da hemorragia enquanto seu cirurgião não podia socorrê-lo.
— Sim, senhor — acenou obedientemente. — E o que faremos com o restante? — apontou na direção dos homens rendidos.
Ele parou por um segundo, pensando na melhor opção, ainda que, no fim, a resposta fosse óbvia. Seguir aquela vida, era seguir duas regras essenciais: matar e sobreviver. Se deixar de cumprir com qualquer uma delas, a morte viria lhe buscar da forma mais tortuosa possível.
