Franzi a testa ao morrer mais uma vez no jogo.
-Que droga! – dei um grito assustada ao ver a porta ao meu lado abrir e vi Thiago me olhando sorrindo, com um pouco de suor e irritado – O que foi?
-Ela é doente... Depois de um tempo consegui fazê-la realmente começar a sofrer. – ele falou e eu sai do carro, só para ver ela com sangue pingando no chão, mas sua roupa intacta.
Fui até ela e levantei seu rosto, só para ver que estava sem consciência, mas sua boca escorria sangue.
-O que fez? – perguntei.
-Comecei com algumas torturas básicas de dor física, mas então ela estava aproveitando... Depois tive que apelar e usar alguns dos meus venenos. – ele falou e eu voltei meu olhar para o seu, incrédula.
-Qual? – perguntei e ele deu os ombros.
-Meu básico um. – quando ele disse isso, suspirei aliviada.
-Não é nada permanente então. – falei e ele negou.
-Apenas irá bloquear o acesso de prazer e intensificar a sensação de dor... Vai fazer algum mal, mas irá se recuperar até o fim do dia. – ele concordou.
-Só me lembro de você usar seus venenos nos inimigos do país. – respondi e ele deu os ombros.
Pensei em todos os seus venenos que tinha diversas classificações e níveis. Para conseguir um frasco de qualquer tipo, é necessária mais fortuna do que um milionário iria possuir ou mais segredos que a polícia poderia ter. Ele troca seus venenos apenas por dinheiro ou informações. As únicas vezes que o vi usando de graça, foi quando capturamos inimigos do nosso batalhão.
Um barulho forte me assusta e eu viro para a porta de metal. Inspirei profundamente e me aproximei devagar.
-Ele chegou. – falei, já abrindo a porta – Peter... Quem é você?
-Ellie? – sinto Thiago chegando por trás de mim e olhei para trás, vendo-o sorrindo.
-Você a conhece? – perguntei surpresa e ele assentiu.
-E você seria? – olhei atrás da Ellie e vi Peter se aproximando, mas encarando o Thiago.
-A chefia aqui me chamou e eu vim. – Thiago respondeu, estendendo a mão – Sou o Thiago.
-Ele faz tudo o que faço, só que às vezes pior. – Ellie respondeu e um sorriso surgiu no seu rosto moreno – E legalizado pelo exército.
-Só sigo ordens, minha cara. – Thiago falou e ela respondeu com um beijo nos seus lábios.
Ela era tão alta quanto o Thiago e tinha um ar maligno ao seu redor que conflitava com sua aparência e vestimenta jovem e inocente, com saia rosa pastel e blusa azul bebê.
-Vamos jantar juntos? Assim não tenho que voltar com o Peter. – ela respondeu e fez um beiço – Acredita que ele ia chamar meu irmão para o serviço?
-Ele é um molenga e desastroso! – Thiago bufou – Meu último serviço com ele, ficou sangue até no teto e os pedaços do corpo estavam...
-Pare. – cortei o Thiago irritada – Eu realmente não quero saber.
Caminhei até a Ágata, vendo seu rosto caído para baixo, enquanto seus pulsos estavam presos firme no local e seus calcanhares bem separados.
-Dá para mexer. – virei para o Thiago que se aproximou e levantei uma sobrancelha, questionando sem palavras – Eu usei já uma dessas... Espere.
Ele foi atrás dela e ouço como se tivesse desrosqueando algo. Logo ouço um gemido dela, quando a estrutura em X começa a ficar mais horizontal. Olhei para o Thiago e vi ele agarrando as maçanetas que ficavam atrás da plataforma.
YOU ARE READING
Sedento
RomancePoucos são aqueles que conhecem seus companheiros destinado. Raros são aqueles que decidem os abandonar. Eu fui uma deles, mas era muito nova. Não consegui entender o que aconteceu comigo na época, então tentei ao máximo ignorar, mas a rebeldia em m...