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*POV autora*

A família Soma ao chegar na casa nas montanhas, desfizeram as malas e abasteceram a dispensa. O Kyo ligou o aquecedor da casa para temperatura máxima, pois estava o clima parecia que estava se preparando para nevar.

- Ei...a Tohru não devia ter ligado? - questiona o Momoji preocupado, o loiro estava com o telefone fixo em seu colo desde que chegou -

- Se você largar o telefone, talvez ela ligue. - diz o Haru jogado na poltrona, o mesmo cruzou os pés sobre o centro -

- Ou talvez não queira falar com você. - diz o Kyo deitado na rede, o ruivo trajava apenas uma bermuda no tom caramelo -

- Talvez o Shig tenha dado o número errado... - Diz o Momoji insistente e olha triste para o telefone, o pequeno coça os olhos e funga o nariz - Ela disse que ia me ligar!

- Que saco! - resmunga o ruivo virando o rosto e pega o travesseiro jogando no Haru que dá um olhar confuso - Faça alguma coisa!

- Tá... - Haru se levanta da poltrona e se aproxima do Momoji acariciando os fios loiros do menino, o bicolor se agacha em sua frente - Assim que ela estiver hospedada, ela irá ligar...que tal comermos sorvete de baunilha e ver desenho?

- Pode ser... - diz o Momoji largando o telefone na mesa e  se levanta indo ligar a tv procurando o desenho, assim que começa a abertura, o loiro sorri - Vamos, Haru! Começou!

- Que infernos! - resmunga o Kyo soltando um longo suspiro - Parece uma criança.

- Oras! O Kyo está suspirando muito desde que chegou. - diz o Shigure trajando uma bermuda verde e regata branca, o mais velho sorri se abanando com um leque - Está ansioso pela Tohru?

- Tsc, eu não ligo. - rebate o ruivo unindo as sobrancelhas - Ela sabe se cuidar.

- Eu estou querendo ler meu livro. - diz o Yuki sentado na poltrona próxima a janela, o acinzentado massageia as têmporas - Vocês são barulhentos, e você causa confusão aonde vá, idiota.

- Hã? Quem está resmungando agora? - questiona o Kyo se levantando da rede e se aproxima da poltrona, um sorriso divertido surge em seu rosto - Vamos, lute comigo.

- Quem é criança agora? Não vou desperdiçar meu tempo. - rebate o Yuki com a expressão suave enquanto lê o livro atentamente -

- A Tohru ainda não ligou? - questiona o Hatori ao entrar na sala, apesar de estar quente, o mais velho trajava a roupa de sempre, calça e camisa social e sapatos negros -

- Não... - diz o Shigure enquanto fecha os olhos e se abana, logo o mais velho fica pensativo - Já está anoitecendo, será que teve algum acidente?

- Lembrei de uma coisa. - diz o Haru atraindo a atenção de todos da sala, o bicolor tirou um cartão do bolso - Encontrei isso.

- Esse é o cartão com número que mandei você dar a Tohru. - diz o Shigure com a expressão suave, logo o mais velho trava o maxilar - Haru, você esqueceu?

- Sim. - diz o Haru dando os ombros -

- Hã? - questiona o Momoji ao se levantar do chão e correr até o Shigure, o loiro balança o braço do mais velho - Shig, faça alguma coisa!

- Já fiz a ligação, a Tohru não chegou. - diz o Hatori -

- Uma pena, soube que lá está chovendo... - diz o Shigure com uma voz dramática lançando um olhar para o ruivo, o Kyo mantém firme e o mais velho continua - Imagina os pervertidos espalhados na rua...tadinha da menina.

- Nenhum se iguala a você, Shigure. - rebate o Yuki tranquilamente folheando o livro -

- E se ela for roubada? Ela é muito boa! - diz o Momoji e o Kyo leva as mãos no rosto -

- Na verdade, ela é burra. - diz o Haru sem expressão alguma, o bicolor se deita no chão - Ela convidaria qualquer um para uma xícara de chá.

- Argh! - Kyo solta um gemido levando a mão no peito, a dor intensifica e o ruivo cai de joelhos - Que porra....

- O que está acontecendo? - questiona o Shigure ao se levantar do sofá e se desespera quando o ruivo vomita sangue - Hatori!

- Hatori não vai ajudar. - Yuki diz se aproximando deixando todos confusos, o acinzentado solta um longo suspiro - Akito deu uma porção a Tohru prometendo ser a cura para a doença...bem, o resto vocês já sabem.

- Que porção foi essa? Veneno? - ironiza o Shigure soltando um riso debochado -

- Quase. Toda vez que ele negar os sentimentos a quem ama, ele sofre. - diz o Yuki pegando a chave do carro no cabideiro e joga em direção ao ruivo - Vá busca-la.

- Que divertido! Você tem sentimentos pela Tohru? - questiona o Shigure com um sorriso divertido, o ruivo nega intensificando a dor e soca o chão - Funciona mesmo! Quando ele mente, ele sofre...lá vai, você quer fazer coisas perv...

- Lixo. - diz o Yuki interrompendo o Shigure com um soco, seu olhar direciona ao ruivo - Se você não for, eu vou.

- Olhe, quero meu carro inteiro. - diz o Hatori com a voz grave, o mesmo lança um olhar ameaçador dando tapinhas no ombro do ruivo - Sem nenhum arranhão.

- Tá.

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*POV Tohru*
Fazem 6 horas que cheguei, não apareceu ninguém para me buscar, tentei ligar para a casa do meu tio mas está indisponível. Olho para o céu e desvio meu olhar para o céu, está chovendo há horas e já está quase na hora da janta. Sinto meu estômago embrulhar, não faço nenhuma refeição desde o café da manhã. Minhas pernas estão dormentes de ficar sentada o dia todo, não passa um carro sequer na rua ou alguém que posso pedir ajuda.

Talvez eu deva tentar ir numa pousada ou algo assim? Fico pensativa e vejo uma senhora de bicicleta se aproximando.

- Com licença! Sabe onde posso encontrar uma pousada? - questiono com a voz alterada devido a chuva -

- Siga essa rua e vira a direita! - rebate a senhora voltando a pedalar - É perigoso ficar aqui a noite, menina! Tem ladrões!

Jogo minha bolsa nas costas e sigo arrastando minha mala pela rua, forço minha visão devido a névoa da chuva, os estabelecimentos estão fechados sem luz alguma ou sinal de funcionamento. Devido a rua silenciosa só consigo ouvir os meus passos, depois de um tempo ouço mais passos atrás de mim. Sinto um arrepio, estou sendo seguida? Olho para atrás e vejo um homem encapuzado, apresso os meus passos voltando minha atenção para frente.

A mesma medida que eu apresso meus passos, o homem se aproxima também. Largo minha mala e saio correndo apenas com a mochila, na tentativa de me esconder entro num beco e me agacho me escondendo atrás de algumas caixas. Apavorada de medo fecho os olhos com força, tento aliviar a minha mente e em meu pensamento só vem o Kyo, queria ele aqui comigo. Kyo! Kyo, me ajude!

- Sou eu! - sinto alguém puxar meu braço e me abraçar com força, surpresa abro os olhos lentamente e vejo sua cabeleira ruiva - Eu estou aqui.

- Kyo...

FRUITS BASKET - Memórias Frias (Kyo x Tohru)Where stories live. Discover now