A Bela e o Canalha - Clube dos Ordinários1

Capítulo XVll

Logan levantou-se da cama ao amanhecer, mal havia conseguido dormir, pois, uma linda dama francesa de cabelos pretos, lábios rosados e olhos verdes invadiu seus pensamentos a noite inteira.
Desceu para o desjejum e não gostou de encontrar a mesa que estava posta, vazia.
- Bom dia, senhor Logan.
- Bom dia, Libby. Aonde está sua senhora?
- Ainda não levantou.
Muito estranho.
- Não vai, acorda-la?
- Senhor Owen, não deu permissão. Disse para deixa-la descansar.
- Por quê?
- Não sei. - Logan sabia que Libby estava mentindo, ela não queria contar a verdade.
- Meu pai já saiu?
- Já sim.
- Certo. - Ele estava saindo da sala de jantar, mas parou. - Libby, posso pedir um favor?
- Claro, senhor.
- Se meu pai aparecer, corra e bata na porta do quarto.
- O quê? Oh!... Vai atrás de Louise?
- Irei, se me ajudar.
- Então, vá de pressa.
- Obrigado.
- Não agradeça, um dia cobrarei por esses favores. - disse ela com um sorrisinho de lado.
- Só pedi um. - observou.
- Mas pedirá por mais. - ela respondeu sarcástica.
- Não conhecia esse seu senso de humor.
- Nem todos sabem.
- Você é uma pequena peste, não é?
- Talvez. - deu de ombros. - Agora, suba de uma vez!
- Estou indo. Já sabe...
- Sei, sei. Eu bato na porta se escutar o velho chegando.
- O velho, hein.
- Desculpe-me por falar assim de seu pai.
- Não se desculpe nunca por dizer a verdade.
- Senhor Logan.
- Sim.
- Está perdendo tempo.
Logan depositou um beijo na testa de Libby, então, subiu as escadas correndo.
A camareira, era uma pequena peste. Era muito especial, e merecia encontrar alguém que a tratasse com todo o respeito que merecia.

Depois de bater na porta do quarto e não ouvir nenhuma resposta, Logan decidiu abrir. Encontrou sua bela sentada em frente a penteadeira com uma escova de cabelo nas mãos.
- Louise? - chamou. - Louise? - tornou a chamar.
- Não deveria estar aqui.
- Fiquei preocupo, quando não a vi no desjejum.
- Estou sem fome.
- Esta tudo bem?
- Tudo perfeitamente bem.
Logan fechou a porta, se aproximou dela devagar. Levantou seu rosto, fez um pequeno carinho.  Louise aproximou mais o rosto de sua palma, ela estava apreciando o carinho.
Seu rosto estava um pouco pálido. Procurou por algum vestígio de machucado, mas não achou.
- Veio cobrar o que começamos? - perguntou ela baixinho.
- Só vim vê-la.
- Então, não vai me beijar? - parecia decepcionada.
- Você quer?
- Sim. - sussurrou.
- Então peça, minha bela… peça.
Louise ficou em silêncio encarando-o, pareceu uma eternidade até que ela dissesse as palavras que ele queria muito escutar.
- Logan, beije-me.