Capítulo Vll

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Na manhã seguinte, após colocar seu vestido e pentear seu cabelo

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Na manhã seguinte, após colocar seu vestido e pentear seu cabelo. Louise estava pronta para descer e ir tomar seu desjejum.
Felizmente hoje seu marido saiu cedo. Owen nunca dizia para aonde ia, Louise também não perguntava e não se importava por ele sair.
- Pronta para descer, senhora? - Libby perguntou.
- Sim.
Sentiu o ar faltar por um momento, pois, seu espartilho estava extremamente apertado. Ela usava assim, porque seu marido gostava desse modo. A queria sempre esbelta.
Louise se escorou na parede buscando por ar.
- Senhora, esta tudo bem? - Libby estava preocupada.
- Perdi o ar, mas já estou bem.
- Quer que eu solte um pouco o espartilho?
- Não é necessário.
- Só um pouquinho.
- Não precisa.
- Não deveria viver assim, presa. - Libby falou baixinho.— Até mesmo é obrigada a colocar um espartilho apertado só para agradar o marido.
- Nem você deve viver presa.
Louise sabia que Libby era sempre maltratada por seu pai, às vezes, sua dama de companhia aparecia com o rosto ou o pescoço vermelho.
- Eu não sou ninguém, já a senhora é. - Libby diz.
- Acredite em mim, eu também não sou ninguém.
A jovem nunca revelou de onde veio, não contou que sua família mal tinha o que comer.
Louise fazia a limpeza da loja que trabalhava às vezes, quando Owen a viu. Ele a perseguiu por dias até que descobriu onde ela morava.
Numa tarde que chegou em casa viu o velho conversando com seus pais, eles pareciam bem felizes. A jovem só não imaginava que o motivo era ela, seus pais tinham acabado de vende-la para aquele velho.

 A jovem só não imaginava que o motivo era ela, seus pais tinham acabado de vende-la para aquele velho

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Louise se sentou a mesa, mal tinha se acomodado quando Logan se juntou a ela.
- Parece que sempre nos encontramos na hora do desjejum - disse ele com aquele sorrisinho de lado.
- Parece que sim.
- Tocou muito bem ontem.
- Obrigada.
- Vai tocar hoje novamente?
- Não.
- Porque não?
- O senhor é bem curioso. - observou Louise.
- E a senhora um mistério. - respondeu sorrindo.
- Não sou um mistério.
- Para mim, é.
- Porque quer tanto saber sobre mim?
- Só quero saber mais sobre a esposa do meu pai. - deu de ombros. - Diga-me, como se conheceram?
- Nos conhecemos por acaso.
- Amor a primeira vista. - ele falou num tom irônico. - Que coisa mais linda.
- Sim, é lindo.
- Sabe o que eu penso?
- Diga.
- Penso que, meu pai ficou encantado por você e a senhorita viu nele uma oportunidade de vida melhor nele. Então, aproveitou e está aqui.
Como ele poderia pensar assim dela.
- É isso que pensa de mim? - Louise perguntou fervendo de raiva.
- Sim, não se ofenda. Eu já estive na França, já tive muitas francesas em minha cama sei como podem ser, digamos…quentes. — disse lhe piscando.
Louise queria jogar a xícara de chá quente no rosto de Logan.
- O senhor é... é... um canalha!
- E a senhora muito bela.
Sua resposta a deixou desconcertada.
- Quê? - murmurou.
- A senhora ouviu, é muito bela.
- Não deveria dizer isso para mim. — disse ela corando.
- E, porque não?
- Não é apropriado falar assim com a esposa do seu pai.
- Eu não vejo problema.
- Mas eu vejo.
Os dois ficaram se encarando, em seus olhos estavam varias palavras não ditas em voz alta.
Olhou de relance para os lábios dele, imaginou como seria beija-lo.
- Bom, obrigado pelo desjejum, mas agora irei ver meu irmão. - Logan disse cortando o encanto.
- Como ele esta?
- Sobrevivendo.
- É triste ouvir isso.
- Ele perdeu a esposa é razoável que viva assim.
- Compreendo.
- Vou indo agora.
Louise também se levantou, pois, estava na hora de ir para a sala de música.
Seus dias eram sempre iguais, não havia muito o que fazer em casa. Ou ficava na biblioteca encarando os livros, ou treinando no piano.
Ela suspirou profundamente, estava farta daquela vida. E agora para ajudar, o filho do seu marido a achava uma pessoa de baixo calão.
Pior, era se sentir atraído por um canalha que nem ele.

A Bela e o Canalha - Clube dos Ordinários1Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon