Tia Feyre sorriu divertida.

— Com gosto.

Eu encarei a todos.

— Onde estávamos? -questionei.

— Falaríamos sobre as rainhas humanas. -Viviane tomou a frente.

— Perfeita como sempre Vivi. —pisquei para a grã-senhora que sorriu divertida— algum passo das vadias velhas que eu ainda não estou sabendo?

— Elas estão em busca de aliados, elas já tem um ao seu lado. —Kallias se pronunciou— o líder dos renegados.

Eu trinquei a mandíbula e Rajar rosnou ao meu lado.

Por poucos segundos todos se perderam na beleza mortal da grande fera branca que estava a todo o instante atento.

— Disso eu já sabia. -rosnei.

— E elas conseguiram outro aliado, ou melhor, aliada. -disse Eris sério.

— Quem?

— A mãe dos falecidos príncipes gêmeos..

Tua Feyre travou no lugar.

— Os mesmos que você matou na primaveril. -cantarolou Eris encarando minha tia.

— Só pode ser piada. -bufamos eu e tio Rhys.

— Ela tem grandes exércitos. —continuou Thesan— elas tem vantagem, uma enorme vantagem.

Todos me encararam.

— Onde querem chegar? Apesar de eu ter idéia. -questionei.

— Com você na fronteira costa dos nossos exércitos, está suposta guerra estará ganha com todas as letras. —disse Eris— você é a mãe, talvez nem precisemos de exércitos.

Helion rosnou sacudindo a mesa.

— Na condição que estou não posso arriscar, não posso conjurar tamanho poder estando grávida, Eris. -falei firme.

— Ela não vai. -grunhiu Helion.

— Pera aí que eu também não disse que não ia participar do barraco. -encarei o meu parceiro.

Ele me olhou incrédulo.

— Não posso fazer muito para vocês, mas....

Todos se inclinaram para ouvir.

— Posso imortalizar os nossos exércitos, digo na questão da morte. -falei.

Talvez, li na biblioteca e um feitiço mediano de morte não causava danos corporais a um ser como eu.

— O que quer dizer? -questionou Tamlin.

Ah é, esqueci que o outro corno estava aqui.

— Eu posso deixá-los na beira do precipício. —tracei um pequeno círculo no braço da cadeira— um exército de mortos incansáveis que podem ou não ganhar a guerra, mas que será um grande trunfo.

— Você fará um exército de mortos vivos? -Viviane franziu o cenho.

— Sim, um exército de "mortos" não poderia ser morto, por mais que os nossos inimigos tentassem, não poderiam os matar, nem com mil facadas ou o poder que fosse, nada é acima de mim neste mundo e no outro, portanto, vencerão a guerra, eu espero. —expliquei— um exército que não podem matar, pensem como será vantajoso.

A sala ficou em silêncio.

— É uma boa idéia. —disse tio Rhys— mas arriscada.

— Não se eu estiver por trás dela,  querido tio. —falei— eu os deixarei no meio da ponte da vida e da morte.

Todos me encararam.

— Eles não iriam morrer de fato, estariam agarrados as cordas da vida, e quando a guerra chegasse ao fim, eu os puxaria, sem danos, sem ferimentos, estariam intactos e com a vitória nas costas. -ofereci.

Todos pareceram pensar, por longos segundos.

Tem certeza que pode fazer isso? -questionou Helion.

Eu testei antes, querido, não sou boba e nem burra de prometer algo que eu não saiba fazer, eu testei com uma lagartixa.

Pela Safira. -ele murmurou.

Ela saiu inteira, foi e voltou, eu tenho treinado a mais tempo do que você possa imaginar, Helion, eu não passei só dois anos no mar, foram dois anos de treino, eu fiz isso com um tubarão branco, e ele também está inteiro, não sei agora se ele ainda está vivo ou se foi devorado por outro, mas a questão é que deu certo. -falei.

Quando voltei a minha todos me encararam.

— Estamos de acordo. -disseram juntos.

Eu sorri.

— Então preparem seus exércitos, senhores, que a guerra venha e acabe no mesmo instante que cruzarmos nossas espadas contra os corações dos nossos inimigos. -me ergui.

Todos baixaram as cabeças diante de mim, diante da mãe e senhora de todos eles.

*Até o próximo capítulo ☄️ deixem seu comentário e seu voto pfvr ☄️*.

Corte de Asas e LiberdadeWhere stories live. Discover now