Corte de Asas e Liberdade

Capítulo 13

Safira.

Tá certo que todos aceitaram bem o meu bichinho. Morrendo de medo mas aceitaram.

— Você deve comer muita carne. -me espreguiçei na cama vendo Rajar esparramado no chão.

Tio Rhys me deu uma coleira de presente, segundo ele eu solta em velaris já é demais, junto com um leão acabaria com ela, um dos dois em uma coleira tinha que ficar.

— Que tal um passeio? -questionei.

Ele ergueu a cabeça para mim.

— Dez mil degraus. -falei divertida.

Ele caiu de novo no chão balançando a cabeça em negativo.

Eu gargalhei alto.

— Eu vou nos atravessar quando chegarmos as escadas. -falei.

De alguma maneira a casa só permitia que eu atravessasse, ninguém mais.

Eu pus a coleira Azul cobalto em seu pescoço, e a guia.

— Vamos. -dei um leve puxão.

Ele levantou se espreguiçando e saltitou até a porta arranhando a mesma.

— Não arranha se não a Melinda fica puta. -falei.

Era o apelido carinhoso que eu havia posto na casa.

Ele desceu da porta e eu a abri, estalando os dedos fazendo a magia me envolver em um conjunto, uma calça de seda com uma blusa que mostrava um palmo da barriga. E saltos.

Saí do quarto e dei de cara com Aron voltando do treino.

— Está se vestindo com o estilo da tia Amren. -ele disse divertido.

Eu pisquei, realmente eu gostava desse estilo confortável.

— Então eu estou maravilhosa, tia Amren é elegante. -dei de ombros.

Ele riu.

— Verdade. —ele disse— bom passeio e... Tente não destruir Velaris junto com o Rajar. -ele disse.

— Eu não prometo nada. -falei.

E então atravessei.

Surgindo no portão da casa do vento, abrindo ele e dando de cara com velaris.

Rajar de imediato começou a me puxar, ansioso para andar por todos os lados, eu caminhei com ele pelas ruas vendo alguns olhares espantados.

Claro, não é todo o dia que se vê um leão branco de um metro e meio andando pelas ruas de velaris, e ainda mais em uma coleira como um cachorrinho.

— Virou celebridade Rajar. -bufei um riso.

Caminhei pelas ruas tendo a sensação de estar sendo seguida, eu olhei para trás e vi o motivo.

— Obcecado você por mim né? Não larga do meu pé um segundo. -revirei os olhos para Nyx que me seguia com as mãos nos bolsos.

— Acha que o mundo gira ao seu redor? Gatinha selvagem, estou passeando como qualquer cidadão. -ele disse.

— Sim, e já é a quinta vez que você vira a mesma rua que eu. —falei entediada— quer enganar quem?

— Estou passeando. —repetiu ele— mas não tenho culpa de ter uma fêmea tão bela a minha frente.

Rajar revirou os olhos assim como eu.

— Não estou afim, Nyx. -falei.

— Por que não me dá uma chance? -ele bufou exausto.