Minha risada ecoou na mente do grão-senhor.

Eris fora o que tomou coragem alí.

— Perdão, senhora, não a convocaríamos se não fosse realmente sério. -ele disse com um respeito admirável.

Ele tomou todo o poder do pai, e se tornou grão-senhor, e faz Beron de escravo, o pune e o tortura, sua mãe vive com Lucien até onde sei.

— Até agora não entendo a utilidade dessa fêmea. -bufou Beron.

Helion sorriu, seu rosnado encaminhado ao ex grão-senhor e eu sorri felina.

— E até hoje eu não entendo qual a utilidade dos seus chifres, mas este não é o caso, pois não? -rebati com um sorriso afiado.

Meu pai sorriu divertido assim como tio Azriel e tia Feyre e tio Rhys.

— Sua...

— Senhora. —o tratei de corrigir— se quiser continuar com sua língua no lugar aconselho que comece a me respeitar.

Meu poder emanou e todos ficaram pálidos.

Eu sorri e abri a mão fazendo uma esfera de vida surgir em minha palma, não qualquer vida, a vida dele.

— Essa é a sua vida, Beron querido. —ronronei— o que aconteceria se eu apagasse para sempre essa chama desnecessária?

Ele estremeceu encarando a esfera pálido.

— O que aconteceria? -eu comecei a fechar lentamente os dedos, a esfera diminuindo e se apertando.

O macho levou as mãos a garganta, se engasgando, o rosto perdendo toda a cor e os olhos toda a alma.

Todos ofegaram quando caiu na cadeira se debatendo, tentando buscar o ar.

Com um movimento a minha esfera sumiu, e o macho voltou a respirar. Ele ofegava, de alívio e espanto.

— Fui bem clara?— o encarei— Desculpem-me, a gravidez está me deixando nervosa, principalmente quando sou provocada. -sorri docemente.

— Espero que os perca. -ele cuspiu.

Mas dessa vez Helion quem agiu, um segundo ele estava do meu lado e do outro ele estava em cima de Beron, o socando.

Tio Rhys e tia Feyre sorriram com animação e meu pai apostava com tio Az.

— Não vai fazer nada? -questionou Eris.

Mas ele estava se divertindo muito.

Eu parei de encarar o cumprimento das minhas unhas e o encarei e depois a briga.

— Não, deixa ele sofrer mais um pouquinho. -falei.

Quando ouvi o som de osso estalar e o grito de Beron eu sorri satisfeita.

— Amor, venha. —chamei— não suje seu belo traje com o sangue dessa... Criatura com chifres.

Helion parou, se erguendo, ofegando.

— Dá próxima vez que eu o ouvir falar da minha parceira ou ousar ameaçá-la e ameaçar as minhas filhas, nem mesmo a própria mãe nesta sala me impede de te matar. -ele rosnou.

— Eu mesma não, perda de tempo. -sorri divertida.

Helion voltou ao seu lugar e eu segurei sua mão por baixo da mesa, a acariciando.

Eris assentiu para um soldado outonal que pegou um Beron desacordado e o levou para fora.

— Bela visão. —falei vendo o macho desacordado ser rebocado— tia Feyre querida, faça um quadro disto depois para mim, vou adorar.

Corte de Asas e LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora