Supresas

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N/A: Queria definir como data certa para lançar um capítulo todo domingo, mas hoje é o aniversário do Gaara e é o que tenho pronto para oferecer como tributo kkkj
Então, presente pra vocês!

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Gaara inspirou fundo e o ar do inferno queimou gelado em seus pulmões.

Konoha não era exatamente uma cidade grande. A maioria dos habitantes percorriam a maior das distâncias a pé ou bicicleta, e ele jurou que havia visto pelo menos três trenós puxados a cavalo no intervalo de 15 minutos.

Em algum momento, de lá pra cá, a cidade começou a investir nesse tipo de turismo pitoresco que cansava a vista cada vez que colocava o pé do lado de fora, mas Gaara ainda não havia percebido a distância de quase 20 anos até dar de cara, pela segunda vez, com a fachada de uma lavanderia. Não era para ter uma cafeteria naquela esquina, droga?

Para a sorte dele, Lee foi extremamente educado em não comentar que estava sendo guiado por uma toupeira. Em vez, disso perguntou se poderia sugerir um lugar que servia um café bastante meticuloso.

Seja lá o que aquilo queria dizer, Gaara se sentiu profundamente agradecido.

Já havia parado de nevar desde quando saíram do hospital e realmente era próximo, porque em questão alguns minutos de uma cuidadosa caminhada no gelo, Gaara já estava prendendo a bicicleta de Lee de frente a um lugarzinho rústico que não era tão grande, mas parecia aconchegante.

A única decoração lá dentro era feita de pinho queimado e nozes, tanto na guirlanda com frutas vermelhas pendurada na porta quanto nos festões de folhagem seca que rodeavam algumas partes do balcão. Era confortável aos olhos, nada aberrante como todo o resto lá fora.

O aquecedor estava ligado em uma temperatura confortável e a música ambiente era som de piano. O sininho tocou assim que entraram, mas não havia ninguém para recebê-los.

Logo adiante um homem e uma mulher permaneciam discutindo avidamente na porta do banheiro. Ele segurando uma cadeira pelo encosto para longe das mãos dela.

– Você não vai pendurar um visco na entrada do banheiro masculino, Tenten!

– Aah, por quê? Ia ser engraçado! E depois ninguém precisa beijar se não quiser, é só uma planta!

– Você pode, por favor, não pendurar suas coisas na minha cafeteria esse ano? É um constrangimento!

– É uma piada!

Ela estava segurando uma caixa cheia de viscos.

Gaara pensou que nenhum dos dois havia percebido a movimentação de clientes até que Tenten abruptamente jogou algo na direção deles, sem fazer contato visual.

– Lee, pensa rápido!

Com o reflexo afiado do braço esquerdo, Lee agarrou a coisa no ar, no alto, bem entre os dois. Gaara ergueu os olhos a tempo de notar o pequeno ramo de folhinhas escapando pelos dedos dele bem em cima de sua cabeça, até Lee perceber o que era e tacar no chão, mortificado.

– Viu? – ela apontou com a mão aberta, como quem demonstra o resultado de número de mágica – Engraçado!

Neji passou a mão da cara até os cabelos, resmungando algum tipo de desistência antes de colocar a cadeira no lugar onde estava antes de começarem com tudo aquilo.

– Você não deveria estar de folga? – perguntou. Seus olhos claros se prendendo aos dois próximos da porta – Desse jeito vou acabar revogando o seu recesso.

Lee abriu a boca como quem acabou de ser apanhado no flagra, o cachecol laranja meio folgado no pescoço e seu rosto ainda um pouco chocado desde o ataque desavisado de Tenten.

Um Natal Por Acidente [GaaLee]On viuen les histories. Descobreix ara