Caos.

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   P.O.V: Mayla Sanchez
   1 semana se passou, as obras do novo apartamento de Bruno continuavam a todo vapor. Eu e ele continuamos conversando, eu fui ao cinema com ele há 2 dias, posteriormente dormi na casa dele. Estava tudo incrivelmente maravilhoso. A essa altura do campeonato, Eu sinceramente não sei se dava um ponto final nessa história que já estava indo longe demais ou se continuava. Quais são as probabilidades de dar certo? E as de dar errado? Eu, sinceramente, não sei! Cada vez que esses pensamentos me surgiam na mente, eu bufava de frustração. Essas são as marcas que um relacionamento ruim causa em um ser humano. Hoje teria um jogo do Taubaté e Bruno pediu para que eu fosse vê-lo. Quando eu era criança, adorava ir aos ginásios com meus pais e irmãos ver os jogos de vôlei. Assim como também amava ir a estádio ver os jogos do Corinthians. Eu não venho há um ginásio desde quando minha mãe morreu. Mas simplesmente eu não pude recusar o tentador pedido de Bruno. Eu hesitei de início, confesso, mas aceitei logo em seguida. Chegando na noite do jogo, vesti um boddy branco, acompanhado de uma calça jeans clara, um cinto preto e um tênis branco.

 Chegando na noite do jogo, vesti um boddy branco, acompanhado de uma calça jeans clara, um cinto preto e um tênis branco

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Pedi um Uber até o ginásio e me direcionei até o camarote, conforme o ingresso que Bruno havia me dado. O jogo inteiro foi muito intenso, mas o Taubaté acabou vencendo, de virada, por 3 sets a 1. Vibrei muito com a vitória e postei um storie. "Vitória do Taubaté. Que jogo foda! Que prazer de voltar a assistir jogos no ginásio💙". Tinha uma movimentação das pessoas indo embora, outra dos repórteres fazendo entrevistas com os jogadores. De longe vi o Bruno. Ele foi um dos responsáveis pelo bom desempenho do time hoje e consequentemente, pela vitória. Assim que ele me viu, deu um sorriso e acenou com a mão, eu retribui, automaticamente. Vi Bruno dar uma entrevista e depois ele sumiu do meu campo de visão. Eu havia combinado de ir comer algo com ele após o jogo. De repente, sinto alguém me abraçar por trás. Quase tive um treco dado ao susto que tomei, mas logo me virei, dando de cara com o Bruno.
─ fala, capita! - eu ri e vi Bruno se inclinar para me dar um selinho. Em público? Fiquei completamente receosa. Ele é um atleta, uma figura pública, não vai demorar muito para alguém tirar uma foto de nós aqui e sair em todos os sites e Instagram de fofoca possíveis.
─ obrigado por ter vindo! - agradeceu.
─ imagina! Eu adorei estar aqui, sério. O jogo foi foda! Mandaram bem! - sorrimos um para o outro e eu dei um soquinho em forma de toque na mão dele. Ouvimos um barulho se aproximando e logo vi a figura de uma pessoa que eu sabia bem quem era: se tratava de Douglas.
─ e aí, capitão, eu.. - ele parecia estar distraído, quando ele me viu, quase teve um ataque. - gente, é a Moana, é a namorada do capitão! - ele disse, todo animado, me fazendo rir. Espera aí, namorada? De onde ele tirou isso?
─ não liga pra ele! - Bruno disse, vermelho. É tão bonitinho vê-lo sem graça.
─ oi, gata! - se aproximou - prazer em conhecê-la, sou Douglas! - ele me cumprimentou com um beijo no rosto.
─ oi, gatinho. Prazer, sou a Mayla. E eu já sei quem você é! - rimos
─ aí gente, já adorei ela! - ele riu, olhando para Lucão.
─ prazer, sou o Lucas! - ele estendeu a sua mão até mim, e eu apertei a mesma. Eles são ainda mais altos pessoalmente.
─ como vai? - perguntei, sorrindo.
─ capita, você não me disse que iria trazer a Moana hoje! - Douglas disse, ao lado de um cara que eu deduzi que é seu namorado. Não pude deixar de rir com o apelido que Douglas havia me dado.
─ pra ser sincero, não sabia se ela viria! - ele sorriu pra mim, coçando a cabeça.
─ por que? - Lucas perguntou, arqueando a sobrancelha
─ longa história! - sorri. Continuamos conversando e logo eles saíram para ir se trocar no vestiário. Poucos minutos depois, Bruno me mandou mensagem pedindo para eu descer, já que iríamos embora.
─ vamos?! - ele perguntou, quando me viu.
─ bora! - sorri.
─ gata, foi um prazer, viu?! Amei te conhecer! - Douglas disse, me dando um abraço.
─ o prazer foi todo meu, meu bem! - sorri - precisamos marcar de sair, hein? - disse, olhando pra ele
─ sem sombra de dúvidas! - sorriu - tchau e vocês dois, se cuidem, viu?! - ele disse, apontando para mim e Bruno. - usem camisinha! - eles riram, enquanto eu deveria estar parecendo um pimentão agora.
─ tchau, Douglas. Falou, galera! - ele disse e nós fomos embora. Bruno me levou para uma sorveteria que não ficava muito longe dali. Assim que chegamos no local, fizemos nosso pedido e sentamos pra tomar o sorvete. Conversamos um pouquinho e logo pedimos a conta.
─ nossa, tá muito tarde! - eu disse, olhando para o relógio. - as horas passaram tão rápido. - é sempre assim quando estou com ele. O tempo passa rápido, mas acaba sendo extremamente precioso simplesmente por estar ao seu lado.
─ dorme lá em casa hoje! - ele disse, sugestivo
─ você sempre quer arranjar uma desculpa para fazer com que eu durma na sua casa, né, Bruno Rezende?! - rimos e eu fui me sentar ao lado dele. Comecei a beijar Bruno, que colocou uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha. Segurei o rosto dele com as duas mãos, eu poderia passar o resto da vida somente beijando aquele homem. Paramos de nos beijar quando ouvimos uma tosse forçada. Era o garçom. Pagamos a conta e saímos do local. Bruno me encostou no seu carro e voltou a me beijar. Quando ficamos ofegantes, nos separamos, rindo, quando de repente, meu olhar foi parar no outro lado da rua. Meu olhar foi de encontro com o dele. Meu sorriso sumiu automaticamente do meu rosto, comecei a me tremer instantâneamente.
─ Mayla, tá tudo bem? - ele perguntou, olhando pra mim. - Mayla? - ele me chamou mais uma vez, aflito. Sua voz parecia estar distante - me responde, Mayla. - ele me sacudiu levemente e foi quando ele percebeu que eu olhava para um ponto fixo. Eu estava em choque, atônita, sem reação. Depois de 1 ano e meio, lá estava ele. Isso não poderia estar acontecendo. "Não é real, é uma miragem, um pesadelo." Repeti para mim mesma. - quem é esse cara? - Bruno perguntou, com uma expressão séria no rosto.
─ me tira daqui, por favor! - finalmente, consegui responde-lo. Minha voz estava embargada, eu estava com um grande nó na garganta. Minha vontade era de derramar um rio de lágrimas e sair dali correndo.

Minha Arquiteta.Where stories live. Discover now