Capítulo 4

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P.O.V: Mayla Sanchez

─ os senhores sabiam que isso que estavam fazendo é crime? - perguntou - de acordo com o artigo 233 do Código Penal, "praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público pode ser motivo de detenção, de três meses a um ano, ou multa" - ele disse

─ peço desculpas, senhor. Não irá se repetir! - Bruno respondeu, segurando o riso.

─ acho bom! Agora os dois, por favor, circulando! - ele disse e nós concordamos com a cabeça. Bruno pegou a chave do carro e ligou o veículo, logo, o policial encostou em sua viatura, esperando para que saíssemos e foi isso o que aconteceu. Quando Bruno deu partida no carro, nós caímos na gargalhada.

─ eu não acredito nisso, Bruno! - eu disse, rindo. - quase fui presa por sua causa! - eu disse, o empurrando, enquanto ele ria.

─ que eu saiba, foi tudo consensual, Maylinha! - ele disse, dando uma piscada pra mim - quer ir pra outro lugar agora? - ele perguntou, com um sorriso malicioso nos lábios.

─ melhor nós voltarmos para a casa! - sorri - foram aventuras demais para uma noite só, sem contar que amanhã nós trabalhamos! - vi Bruno concordar com a cabeça.

─ quer que eu te deixe em casa? - perguntou

─ se não tiver problema pra você, por mim, tudo bem! - sorri

─ beleza! Vou levar a donzela pra casa! - rimos juntos. O caminho inteiro fomos conversando, dando risada, ouvindo e cantando música. Eu estava adorando a companhia de Bruno, ele é uma pessoa incrível. Não demorou muito para chegarmos até o meu destino ─ donzela entregue! - ele disse, sorrindo. O sorriso desse homem é uma das coisas mais lindas que já vi.

─ obrigada, de verdade, Bruno! - sorri - obrigada pela noite divertida, pela carona... Foi incrível! - sorri, tirando o cinto de segurança e me aproximando dele.

─ eu que agradeço, Maylinha - ele sorriu, segurando meu rosto. Iniciamos um beijo calmo, com desejo e malícia. Eu seguro o rosto de Bruno com as duas mãos, já ele, uma mão está na minha cintura e a outra estava na minha nuca. Senti ele puxar levemente o meu cabelo, o que me fez soltar um gemidinho durante o beijo. A mão de Bruno, que antes estava na minha cintura, desceu e foi parar na minha bunda, apertando a região. Sorri com o gesto e arranhei levemente sua nuca, me separando dele, quando o ar se fez necessário.

─ eu não sou como as mulheres que você conhece e está acostumado a sair, Bruno! - sorri, me afastando sutilmente - sei que você nem precisa se esforçar pra levar uma pra cama, só com uma palavra você já tem uma mulher ao seus pés. Mas eu não sou como essas! - sorri - quero deixar bem claro, antes de tudo. Até porque, iremos ter uma relação profissional e eu não sou do tipo que confunde ou mistura profissionalismo com prazer.

─ eu sei que você não é igual as outras mulheres porque isso é evidente, Maylinha! - ele deu uma risada nasal - está escrito no seu olhar que você é uma mulher diferente, decidida, independente... E isso me chamou a atenção! Gosto disso! - sorri com as palavras dele.

─ bom, as obras do seu apartamento começam daqui há uma semana, certo?! - perguntei e vi ele concordar com a cabeça. - então nós veremos em breve! - rimos - tchau, capita! - dei um selinho nele, que sorriu.
─ esse apelido saindo da sua boca é ainda melhor! - rimos - tchau, Maylinha! - ele disse e eu saí do carro. Entrei no meu prédio e dei boa noite para João, o porteiro.

─ boa noite! - sorri, entrando no local.

─ foi se divertir hoje, dona Mayla?! - o homem de cabelos grisalhos me perguntou. Minha vontade era de revirar os olhos. Como as pessoas desse prédio conseguem ser tão fofoqueiras?

─ sim, senhor João! - forcei um sorriso e fui em direção ao elevador. Entrei e fiquei pensando no beijo e na pegada que Bruno tem. Por Deus, esse homem tem algum defeito? Porque se tem, eu ainda não sei. Eu estava ficando excitada só de lembrar dos nossos amassos dentro do carro, mas logo me veio em mente o que aconteceu por conta disso, e eu ri sozinha dos meus des
vaneios. Olhei no meu celular e eram 00h30, como as horas passaram tão rápido sem eu ao menos perceber? Tirei o salto e entrei em casa, fazendo o mínimo de barulho para não chamar a atenção e acordar os meus irmãos. Mas quase tive um treco quando vi Naomi sentada no sofá. Possivelmente estava me esperando. Respirei fundo. Será uma longa conversa.

─ boa noite, Mayla Sanchez Ribeiro - minha irmã mais velha pronunciou o meu nome completo. Quando eu digo que minha mãe morreu e deixou a substituta, eu não estou mentindo.

─ boa noite, gata! - dei de ombros, caminhando para o meu quarto.

─ por que você não me avisou quando chegou no local? Fiquei preocupada!

─ ah, eu esqueci, Na! - bufei - desculpa!

─ ok! - vi ela concordar com a cabeça, mesmo estando escuro.

─ boa noite! - disse
─ boa noite! Amanhã conversamos - respirei fundo e nada respondi.

1 semana depois:

Estou na obra do apartamento de Bruno. O projeto está previsto para acabar entre 2 ou 3 meses. Bruno contratou uma equipe grande para cuidar da reforma do local. Ele havia me mandado mensagem hoje mais cedo dizendo que iria dar um pulo na obra. Desde aquele encontro que tivemos, não tinha o visto pessoalmente, mas todo dia trocamos mensagens no WhatsApp. Com o passar das horas, logo vi a presença de um certo homem de 1,90.

─ olá! Boa tarde a todos! - ele disse, sorridente. Logo, o loiro veio até mim. - boa tarde, Maylinha! - ele sorriu, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Engoli em seco com o ato, visto que algumas pessoas que estavam presentes na obra viram a cena.

─ boa tarde, Bruno! - sorri, me virando - sua obra está prevista para terminar entre 2 ou 3 meses, porém, como você está fazendo uma reforma e ajeitando algumas coisas, creio que ficará pronto em breve!

- que bom, fico feliz! - sorriu - isso tudo faz parte de um novo ciclo que se inicia na minha vida - vi ele se aproximar - não vejo a hora de tudo isso estar pronto e poder te apresentar o meu quarto. Especialmente a cama dele! - ele disse no meu ouvido e eu me arrepiei instantâneamente. Filho da puta, ele está descobrindo os meus pontos fracos. Mão no pescoço, falar no pé do meu ouvido, segurar ou por a mão na minha coxa... Tudo isso me deixa desestruturada!

─ tem como você se comportar, Bruno Rezende? Se você não percebeu, estamos em público. - eu disse, segurando o riso, que foi completamente inútil.

─ ué, mas eu nem estou fazendo nada! - ele fez um sinal de redenção com os braços, o que me fez rir.

─ se você quiser, podemos antecipar a estreia hoje, na sua casa alugada! - eu disse, bem próxima a ele, para que somente ele ouvisse - o que acha? - perguntei, provocativa.

─ Mayla, Mayla... - ele riu pelo nariz - não provoca se tu não aguenta! - ele disse, me olhando fixamente.

─ e quem te disse que eu não aguento? - mordi o lábio inferior e vi que Bruno reparou nisso, uma vez que ele olhou fixamente para os meus lábios.

─ a noite nós resolvemos isso, Mayla Sanchez! - ele falou no meu ouvido e eu fiquei encharcada só de ouvir ele falar com essa voz rouca no meu ouvido.

─ mal posso esperar! - disse.

Minha Arquiteta.Where stories live. Discover now