Prolongo

82 3 16
                                    

                                 Haley Miller

Minha vida inteira eu sempre morei aqui no orfanato, aqui não é o melhor lugar do mundo, mas com o tempo eu me acostumei. Eu já tinha perdido as esperanças que um dia alguma família ia me adotar. Eu sempre via as crianças chegando aqui e saindo, e me perguntava se um dia isso iria acontecer comigo.

Como eu cheguei aqui pequena não entendia o porque dá minha mãe me deixar, e toda a minha vida ficava me perguntando isso, se o problema era comigo, o porque de ninguém gostar de mim.

Quando eu era criança, as crianças sempre falavam que eu nunca ia ser adotada e que eu era insuportável, que não era atoa que minha mãe tinha me abandonado. Com o tempo isso só foi
aumentando e eu comecei a desenvolver depressão e ansiedade, as vezes passava a noite acordada olhando pro teto, pesando no porque ninguém gostava de mim, o que eu tinha feito de errado, e isso machucava. Passava o dia sozinha no meu canto, com os meus pensamentos que sempre me atordoavam, passando pela minha mente.

Quando fiz 10 anos chegou uma menina nova no orfanato, ela se aproximou de mim e com o tempo a gente foi virando amigas. Ela realmente me entendia isso só fortaleceu nossa amizade, sempre tentava me confortar e falava que a gente ia ser amigas para sempre, mas não foi bem assim. Depois de um ano ela foi adotada e perdemos totalmente o cotando. Isso me machucou muito, eu estarei sozinha de novo. No começo eu chorava bastante, eu era apenas uma criança, não entendia o porque das coisas serem assim.

Com 14 anos eu perdi totalmente a esperança, esperando somente eu fazer 18 anos para poder sair do orfanato, e eu nem sabia como eu ia me sustentar quando eu saísse ou o que ia acontecer comigo. Outra coisa para roubar meus pensamentos e me deixar noites acordada pensando nisso. Mas mesmo assim na minha cabeça seria melhor tentar seguir um rumo na minha vida fora do orfanato do que dentro, sem pessoas acabando com meu psicológico.

Até hoje, com 16 anos, talvez a vida tenha resolvido me dá uma chance de ser feliz - ou não -. Eu acabei de receber a notícia de que uma família realmente queria me adotar, eu tava tentando processar toda aquela informação. Aquilo realmente era real ou eu apenas estava sonhando? Se isso é um sonho, por favor não me acorde. Podia sentir as lágrimas me atingindo, mas dessa vez era de felicidade, coisa que raramente acontece.

Ainda tinha muitos papéis para ser assinados e coisas para resolver para mim poder ir morar com a família que quer me adotar, então talvez demoraria uma tempo, um tempo não muito grande como uma das monitoras avia falado.

Depois de um tempo de felicidade o medo me atingiu, e se eu falasse alguma coisa errada ou não me comporta-se como eles esperam? E se eles não gostassem de mim e me devolverem para o orfanato? Isso começou a rodar na minha mente, comecei a repassar algumas falas em minha mente que talvez seriam agradáveis fala e não causar desconto.

O sol começou a ser por e a lua começou a aparecer, e meus pensamentos não iam embora. A hora do jantar e eu tentei comer o máximo que eu conseguia, mas a comida não entrava e eu me perdia em pensamentos apenas olhando a refeição em minha frente. Já vi que essa noite ia ser longa.

Algumas garotas cochichavam do meu lado coisas do tipo "ela realmente acha que vai ser adotada?" "Eles vão devolver ela em um dia" e caiam na risada. Passando para pensar elas realmente podiam estar certas. Abaixei a cabeça e sai da mesa, não estava com mínima vontade de comer.

Me joguei na cama e fechei meus olhos - não dormi claro - um tempo depois percebi que todos já dormiam, me levantei de fininho para não acordar ninguém e abri a janela, observando as estrelas e a lua, gostava de observar elas, era uma das minha coisas favoritas. Era tudo tão lindo, perdi o tempo em que eu estava olhando o céu, então ligo voltei para minha cama, me perdendo novamente em meus pensamentos, talvez eu devesse aprender a controlar eles.

Nem sei que horas eu consegui dormir, mas quando finalmente consegui pregar os olhos o sol nasceu e mais um dia pela frente.

______

Já se fala passaram 3 dias e as coisas deram certo, eu realmente vou ser adotada. Eu vou hoje, tô muito nervosa, então nem sei o que pensar, meus pensamentos estão confusos.

Já tá tudo pronto só estou esperando eles chegarem. Eles chegaram e as coisas foram bem, logo eles vieram até mim me conhecer.

- Oi, tudo bem? - fala uma mulher de loira de meia idade, provavelmente era a mulher que ia me adotar, do seu lado tinha um homem também de meia idade, chuto que eles tem entre 38 a 40 anos.

- Ah oi, tô sim e vocês? - falo tentando parecer o mais educada possível. A mulher abre um sorriso.

- Estamos bem, seu nome é Haley né? - concordo com a cabeça e a mulher abre um sorriso. - Haley eu sou Maria e esse é o James, nós somos seus pais adotivos. - seu sorriso abre mais. Dá para acreditar que isso realmente está acontecendo?

- Está preparada para ir para sua nova casa? - Agora é a fez de James falar.

-Ah, sim. - abro um sorriso e Maria me dá um abraço, não esperava por isso, mas logo retribuo o abraço.

- Então vamos. - sai do abraço e abre outro sorriso.

Passou um tempo e já estamos dentro de um carro de Maria e James, Maria vem puxando assunto comigo sobre sua família e várias outras coisas. Eles são bem legais, acho que vou me dá bem com eles.

- Também tem outra pessoa que você vai conhecer, Vinnie nosso outro filho. - fala Maria, concordo com a cabeça e abro um meio sorriso sem mostrar os dentes.

Fico olhando pela janela o resto do caminho , estava animada. Maria dize que eu já estava matriculada na mesma escola que seu filho Vinnie estuda, e que eu ia começar a estudar lá segunda - hoje é sexta -. Nunca tinha estudado em uma escola, só nas aulas que o orfanato dava, mas sempre foi uns dos meus sonhos.

Logo entramos em um bairro com casa um tanto chiques, eles pararam na frente de uma casa de dois andarem, muito bonita.

- Chegamos. - James fala saindo do carro, faço o mesmo. Entramos dentro da casa e era tudo tão bonito, fiquei observando tudo.

Tinha um garoto jogado no sofá mexendo no celular, e ele simplesmente ignorou que tinha chegado gente.
Seus cabelos eram um tanto loiros, seus braços tinham algumas tatuagens. Ele usava uma calça moletom e uma blusa cinza.

- Vinnie venha cumprimentar Haley, sua nova irmã. - O garoto reviro os olhos e bufou se levantando. Eu estava nervosa não sabia o que fazer.

Ele caminho até mim com a cara fechada. Acenou e falou:

- Sou Vinnie. - Falou seco e nem deu tempo de responder ele, que ele virou de costas e vou até as escadas subindo.

- Não liga Haley ele é assim mesmo, vem vou mostrar seu quarto. - Maria me chamou e subimos as escadas, paramos em frente a uma porta que Maria logo a abril.

- Esse é seu quarto, pode entrar. - fala entrando, entro logo em seguida. O quarto era muito bonito, tudo que eu sempre sonhei. Ele era grande, tinha uma cama no centro arrumada, uma escrivaninha com alguns materiais escolares em cima, uma penteadeira e um guarda roupa que as portas eram de espelho. Também tinha um tapete peludo no centro e farias decorações. Tinha uma porta que eu deduzi ser a do banheiro.

- Obrigada. - Agradeci e abri um sorriso.

- Não precisa agradecer. Vou preparar o almoço, você pode tomar um banho se quiser - fala e eu concordo com a cabeça positivamente.

Maria logo sai do quarto e eu me sento na cama, me deitando logo em seguida.

___________________________________

Um prólogo :)

• Desculpa qualquer erro autográfico.
• Votem se gostarem.

All for you - Vinnie Hacker Where stories live. Discover now