o sentimento que nos faz tropeçar e se chama paixão

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"Facilmente o que?" incentivou, levemente eufórico para que aquela frase fosse concluída. "Gguk-ah, você está aí?"

"Apaixonaria." O loiro concluiu. Seu subconsciente falou mais alto, fazendo Jeongguk admitir pela primeira vez seus sentimentos — mesmo que em pensamento. Em um pulo levantou da cama, começando a andar em círculos. A palavra rondava sua mente como um fantasma, marcando presença.

— E-estou… Hm… — passou os olhos pelo quarto, desconcertado e em busca de uma resposta que não fosse a que passou por sua cabeça. — E-eu esto...

Olhou para as paredes, seu olhar pousando no relógio de ponteiros em cima da porta. Oito e quarenta e cinco. Estava muito atrasado.

— Estou atrasado! Muito, muito atrasado! — saiu correndo do cômodo, pegando sua mochila e outros pertences apressadamente. — Tenho que chegar em quinze minutos na Casa, Tae.

"Ah, sem problemas" Taehyung suspirou audivelmente, claramente aborrecido. "Fique bem, Gguk-ah. E não corra pelas ruas, pode se machucar."

— Não vou correr, prometo. Até mais tarde! — fechou a porta do apartamento, com o telefone apoiado entre a orelha e o ombro.

"Até, Jeongguk. Beijos." o mais velho desligou, encerrando a chamada.

Não podia dizer que estava triste, pelo contrário, estava incrivelmente alegre. Ouvir o garoto lhe elogiar era como música para seus ouvidos, principalmente por ninguém nunca ter dito aquilo acerca de sua personalidade. O ponto alto de tudo era que Jeongguk havia dito aquelas palavras. Jeongguk tinha aquela imagem dele. 

— Jeongguk, Jeongguk… Você ainda vai me deixar maluco. — levantou-se da bancada que havia no seu apartamento, recolhendo a louça do café da manhã.

— Não só maluco, apaixonado também. — ouviu a voz de Min Yoongi fazer-se presente no cômodo. 

— Se é que já não estou. — balançou a cabeça para os lados, pensando naquilo. Deixou o prato e o copo na pia, apoiando-se nela.

— Pode apostar que está — exclamou o baixinho, segurando no ombro do amigo, fazendo com que ficassem quase cara a cara. — Eu nunca te vi tão boiola, cara. 

Gargalharam e concordaram, Yoongi estava certo de qualquer forma. Nunca havia sentido nada assim com ninguém, muito menos feito tudo o que fizera com Jeongguk.

— Estou ferrado, não estou? — bufou.

— Na verdade, não 'tá não — abriu a geladeira, pegando uma maçã e apontando-a na direção de Taehyung. — Eu aposto que ele também 'tá caidinho por você.

— Será, Yoongi? — voltou para o balcão, apoiando os cotovelos enquanto observava o colega dar a volta na cozinha e sentar no sofá da sala. 

— Taehyung, eu já menti alguma vez pra você? — perguntou seriamente.

— Não.

— Já dei algum conselho errado? 

— Não…

— Então vai por mim, usa a oportunidade que você vai ter hoje e se declara pra ele. 

— Que oportunidade? 

— Incrível como você é inteligente pra umas coisas e um bocó pra outras — reclamou. — O baile, Taehyung. Use o baile ao seu favor.

— Ah, entendi — concluiu, mas com uma questão ainda não completamente respondida em sua mente. — Mas… Como?

— Essa parte é com você — deu de ombros. — Só não envergonha o menino na frente de todo mundo, nada de declarações muito grandes, tipo pegar o microfone e fazer um discurso na frente de geral.

Vante AstaireWhere stories live. Discover now