Prólogo

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𝗔𝗡𝗬

Abro meus olhos assim que sinto um flash de luz atingir meu rosto. Meus olhos se abrem aos poucos tentando se acostumar com a iluminação

Bailey, meu irmão, estava parado na minha frente abrindo a janela do meu quarto

— Hmm eu te odeio — murmuro baixo me espreguiçando

— bom dia para você também dona Any — me olha sorrindo e reviro os olhos sentando na cama

— que horas são? — bocejo

— sete e meia.

— por que me acordou tão cedo? Isso é um crime seu monstro — digo manhosa e Bay ri indo até a porta do meu quarto

— eu tenho uma reunião hoje cedo com o pessoal da máfia por isso precisamos sair de casa em exatos — olha o relógio em seu pulso — quarenta e cinco minutos. Se arruma logo e me encontra lá em baixo. Vou te largar na Sabina e passo para te buscar no final da tarde — saí do meu quarto antes que eu responda alguma coisa

Levanto da cama e vou até meu armário separando um conjunto de moletom.

O dia não está muito bonito, chuto que esteja uns dez graus lá fora. Bailey estalou aquecedores pela casa inteira assim que me mudei para cá mas mesmo assim não fez muita diferença. Eu morava no centro de Los Angeles antes de vir morar com Bailey no Canadá e sinceramente?! Toronto sabe ser bem frio quando quer

Minha história é um pouco...? Estranha? É...acho que posso chamar assim

Prazer sou Any! Tenho 18 anos e fui diagnosticada com TDI aos meus 8 anos oque foi um baque para minha mãe na época

A cada trauma que surgia em minha vida, uma nova face aparecia para me salvar. É estranho falar assim, sabe? Já que não estamos necessariamente falando de uma pessoa física, mas... para mim é isso que elas são.

Minhas personalidades definem quem ou como eu sou, e mesmo que antes eu não gostasse muito delas hoje sei que elas fazem parte de mim, parte de quem eu realmente sou!

Ao todo somos em quatro: Eu, Gaby, Gabrielly e Soares. Mas antes de falar mais sobre as três, acho que precisam saber da história por completo

Minha mãe, Priscila Soares, se casou ainda muito nova com Matt May dono de uma das maiores máfias existentes. Ela tinha apenas 16 anos e não via o problema que tinha em se casar com um homem de 28 anos.

Minha mãe estava cega por amor e ninguém tinha coragem de a impedir....

Tudo era flores no começo do casamento, ela acreditava que meu pai a amava também mas infelismente, o amor não era recíproco. Meu pai não a amava, só queria uma mulher para gerar seu herdeiro para continuar o legado da família May

Em menos de cinco meses de casados Priscila acabou engravidando, depois de tanta insistência da parte de meu pai. Bailey veio ao mundo depois de nove meses e o conto de fadas da minha mãe foi por água a baixo

Ela tinha apenas 16 anos, não estava preparada para ser mãe mas a vida obrigou ela a amadurecer. Com o tempo ela notou que seu marido perfeito não queria nada além de uma mulher para gestar e cuidar de seu filho e foi aí que ela se tocou na grande merda que fez com sua vida

Amor multiplicado por quatroWhere stories live. Discover now