Capítulo 3.

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Jennie's P.O.V

Eles dizem que eu fiz algo errado, outros preferem pensar isso sem espalhar suas opiniões. Mas, se fosse algo errado, eu não teria sentido prazer em ter feito. Não teria me sentido bem. Faria de novo com toda certeza que tinha em minha vida.

Se um homem fala ou faz merda, eu não devo nada a ele, mas ele vai ter seus motivos. E eu não me arrependerei, por que ele vai ter merecido.

Mas nesse momento isso não me importa. Foi apenas mais uma alma removida de um corpo podre.

Claro que eu me senti superior. Eu me sinto assim o tempo inteiro. Me senti ainda mais no topo por ter matado aquele homem tendo um belo motivo. Ele mexeu comigo, e acabou não sendo gentil, pois teve o que merece.

Imagino que eu não tenha sido a única a ter passado nas mãos daquele nojento, fiz um grande favor para nós mulheres.

Mas tem algo. Alguma coisa incerta. Fora dos trilhos. Em desordem.

Eu senti, os meus sentidos me disseram, e eu sei quando estou certa. Tinha mais alguém no momento em que eu matei aquele resíduo.

Eu sei como é a presença de cada pessoa, e o que causa no meu campo energético. É a ciência. Essa energia e influência não é nova, mas também não é velha. Eu preciso tirar minhas conclusões, e irei.

「• • •」

Aquele estacionamento não era novidade para mim. Mesmo tempo parado apenas uma vez aqui, tenho consciência suficiente para decorar o percurso.

Tendo minha bolsa Chanel Mini Flap Bag em mãos, desço do carro indo em direção ao restaurante, aonde por fim, tiraria minhas conclusões.

Tinha a consciência de que estaria no fim do expediente e por isso iria nesse momento. Eu tinha esclarecido cada duvida minha com meus contatos. Está tudo certo e sob controle.

E lá estava eu nas portas do famoso restaurante. Está tudo, e quaisquer coisa ou pensamentos sob controle. Não vai dar nada errado, não tem como dar errado.

Sou recebida com dois seguranças abrindo as portas do local para mim, adentro calmamente e olho em volto observando as mesas, as pessoas. Haviam poucos clientes, uns já se retiravam de suas mesas, outros terminavam de comer, e por fim, tinha eu. Chegando ao fim do expediente sem ter a mínima ideia do que pedir.

Localizo a mesa que tinha planejado sentar. A mesma da última vez. Estava vazia, limpa e bem posicionada. Parece até que sabiam que hoje contariam com a minha especial presença. Dei um sorriso bobo enquanto me dirigia a minha cadeira.

Não demorou para alguém aproximar e anotar meu pedido.

-Bruschetta da casa, e de vinho desejo o Chateau Haut-Brion, suave, por favor.

Fechei o cardápio e o entreguei ao garçom que logo entrava na cozinha.

Só me resta aguardar. Como eu sou a única aqui, espero que em 30 minutos tenha tudo em minha mesa.

E não apenas a comida.

「• • •」

Roseanne P.O.V.

Naquele momento, meu último auxiliar da cozinha havia se despedido e se retirado. O ambiente já se encontrava organizado, o cheiro era neutro. Cada coisa em seu lugar, perfeitamente posicionada. Cada tempero, panela, faca, em seu devido lugar. Tudo preparado para o próximo dia de trabalho.

Já pensava no que pedir e o que faria assim que chegasse em meu apartamento. Como lâminas meus pensamentos são cortados e jogados fora a partir do momento que a porta da cozinha foi aberta revelando um dos últimos garçons que por ali andavam.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Aug 01, 2021 ⏰

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