o alinhamento dos planetas quando você me dá sua mão

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Atualmente Jeongguk não pensava tão cedo em sair dali.

Ainda mais agora que conhecia Taehyung.

O encontro deles foi um sucesso total. Após resolverem se levantar da rua — pois estava muito frio e Jeongguk era muito medroso — Taehyung passou na casa do loiro e o acompanhou enquanto ele seguia até a porta de madeira gasta. Não houve nada além de um beijo na bochecha durante a despedida, mas isso não frustrou nenhum dos lados.

Depois disso passaram-se mais três semanas em que sobreviveram à base de idas às cafeterias tradicionais e cyber cafés. Nessas ocasiões, Jeongguk insistia em ensinar seus jogos favoritos para o homem que, para o seu azar, logo pegou o jeito, chegando a ganhar do mais novo em uma ou outra partida.

E para completar o pacote "dias perfeitos" — como apelidou secretamente —, o Kim também não deixava que Jeongguk chegasse atrasado às aulas.

Encontravam-se nas quartas e sextas-feiras, sendo que na quarta o moreno estava livre durante o horário de saída do loiro e nas sextas, durante a pausa de Taehyung. Em todas essas vezes ficaram fora durante cerca de quarenta minutos, pois Vante negava-se a ser o motivo dos atrasos de Jeongguk. Então costumava levá-lo até a Universidade quando dava a hora e em seguida voltava para a Casa, seja para dançar ou conversar com Mina — isso depois de esclarecer ao Jeon que a senhora não era sua verdadeira avó e eles apenas possuíam aquela relação por serem amigos de longa data.

E era com ela que Jeongguk estava sentado naquele momento. 

Os idosos reuniam-se religiosamente, todos os dias, para partidas de bingo. Um estereótipo que fazia sentido, pois uma vez que eles estivessem acostumados com o jogo, passavam a gostar. 

De qualquer forma, na maioria das vezes nem estavam na expectativa de pequenos prêmios ou algo do tipo. Jogavam para passar o tempo e terem o prazer de se gabarem por serem sortudos.

Mina nunca teve essa sorte. 

Desde que Jeongguk começou com suas atividades nunca chegou a presenciar uma vitória da senhora com quem fizera amizade. E dessa vez não foi diferente. Mina possuía menos de cinco números carimbados em todas as suas fichas. Jeongguk observava enquanto ela batucava a ponta do carimbo na superfície da mesa, nervosa. Também notava o olhar dela movendo-se de sua cartela para a de Sora, que estava sentada a uma distância curta, permitindo Mina bisbilhotar seus números.

Suspirou audivelmente, chamando a atenção da senhora tatuada ao seu lado.

— Afinal, por que ainda está aqui? 

— Hã? — levantou o olhar do moletom colorido, nem reparava que estava desfiando a manga.

— Hoje não é o dia da creche?

— Creche? Como assim? — franziu as sobrancelhas, formando um biquinho involuntário.

— Ah… Então ainda não te chamaram — suspirou e voltou a batucar na mesa. — Vi Lalisa reunindo os voluntários agora a pouco, não notou uma movimentação diferente?

— Não notei, não — observou à sua volta, notando que o número de jovens ali era zero. — Será que eu deveria ir no saguão procurar algum supervisor?

— Isso caralho! — Mina comemorou quando a mulher que anunciava os números sorteou um que estava em suas cartelas. — Não sei, mas vai lá, pode ser que estejam te procurando.

— Tudo bem — sorriu e aproximou-se da senhora para deixar um beijo em sua bochecha. — Até mais!

Então levantou-se da mesa de vidro e seguiu salão afora, procurando por seus colegas de universidade. Não foi difícil achá-los, pois estavam todos agrupados na entrada da Casa, fazendo a contagem de estudantes que seguiriam para a creche. Lisa, que estava responsável por essa tarefa, avistou-no.

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