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Vinnie Hacker 📍LA, Califórnia
- TCHAU MÃE, TO SAINDO, TE AMO - gritei para que a mesma me ouvisse e sai de casa com meu skate depois do braço [...]
Andei por uns 15 minutos e no caminho de volta vi uma menina baixinha com os cabelos pretos meios bagunçados e com a cabeça entre as pernas. Me aproximei mais e reparei numa cobra???
Escutei o choro desesperado da mesma e toquei de leve no ombro dela que logo se virou e me deu a visão de seus olhos verdes borrados de rímel por conta das lágrimas q escoriam por seu rosto a sua boca carnuda avermelhada, as bochechas coradas, e seu rosto perfeitamente desenhado, ela era muito bonita.
- ta tudo bem? - que pergunta idiota vicent óbvio que ela não ta
- eu pareço estar bem? - ela falou e voltou a se virar para a frente
- é eu sei foi uma pergunta bem idiota - falo e escuto uma risada fraca vinda dela
- você quer falar sobre o que aconteceu...eu sei que é estranho tipo eu sou um estranho e você deve ta querendo que eu vaia emb... - não terminei e ela me interrompeu
- eu adoraria, mas não aqui, podemos tipo ir comer é que eu tenho fome - ela perguntou
- sim claro, mas eu posso te fazer uma pergunta? - pergunto e ela assente
- porque você tem um cobra? - pergunto olhando para a mesma
- ah, essa é a safira minha cobra de estimação - ela fala na maior calma e eu arregalo os olhos
- como assim de estimação? - eu tava surpreso
- eu posso explicar isso mas por favor podemos ir comer eu to real com fome - ela deu uma risada fraca e eu assenti
[...]
- moço ela não vai te atacar ta legal? Ela não morde - a menina que eu ainda não sabia o nome falou com o moço da lanchonete, porque ele não queria deixar agente ficar lá pelo facto dela ter uma cobra em volta do pescoço
- eu não posso deixar vocês consumir sendo que a senhora tem uma cobra - ele falou apontando para safira
- mas ela é tao legal, tao pacífica mas se você nao deixar a dona dela se alimentar ela pode ser bem má com você. - ela falou e o moço engoliu seco fitando a cobra com os olhos
- t-a ta podem ficar - ele cedeu e a mesma sorriu satisfeita
seguimos até uma mesinha
- sério que você fez chantagem com o homem? - a mesma olhou e deu um sorrisinho
- mas você ainda me disse como se chama - ela falou
- eu sou o vinnie, vinnie hacker e você? - perguntei
- Liz, Liz Scott - ela falou e eu assenti
- você quer falar porque estava chorando? - eu perguntei e Liz hesitou por um momento mas logo concordou e começou a falar
- eu moro sozinha desde os 16 anos, minha mãe ela é prostituta é meu pai bem meu pai batia ou melhor tentava bater na minha mãe mas eu sempre me colocava no lugar dele e quem apanhava era eu e mesmo assim minha mãe não se importava comigo meu pai ele bebia muito é um dia ele encheu a cara e bateu o carro e morreu eu acho que foi um alívio, e minha mãe me expulsou de casa hoje moro sozinha num ape e pelo facto de eu ser a pessoa mais solitária de todo o sempre eu quis uma cobra você deve ficar se perguntando pq não um chaveiro ou um gato ou qualquer coisa desse tipo mas eu quis uma cobra porque eu não sou normal e eu so tenho ela e ela só me tem a mim - ela falou como se fosse a história mais feliz de sempre, mas eu logo vi as lágrimas escorrendo pelo seu rosto antes que eu pudesse falar ela continua falando - e quando eu estava voltando para casa minha mãe me ligou depois de muito tempo sem agente se falar e falou um monte de merda por isso eu estava chorando - ele fungou o nariz, sua respiração estava ofegante pelo facto dela estar chorando
- eu sinto muito, você não merecia passar por isso - falo e ela me olha como se estivesse olhando minha alma
- as vezes eu sinto que merecia eu nunca dei orgulho para eles sempre errei como filha - ela fala e eu nego pegando na mão dela mas logo solto pois ela me olhou por um momento
- ninguém merece isso, e você é muito forte! - dou um sorriso e ela logo retribui
- obrigado por isso - dou um sorriso em resposta
- você quer que eu te leve para casa, é que ta chovendo e você pode acabar gripando - ela solta uma risada
- se não for incómodo o facto de minha cobra tbm for eu aceito - falou
- claro que não... eh vamos? - eu tava nervoso? não eu não tava.
eu tava
[...]
o caminho foi silencioso, pois eu era péssimo para puxar assunto as vezes eu me pegava observado a Liz que tinha sua atenção nas rua iluminadas.
Ela foi me guiando até chegarmos a um prédio alto muito iluminado
- obrigada por tudo - ela falou tirando o sinto e logo abrindo a porta eu pensei por um momento só deixar ela ir mas eu logo agarrei o braço dela com cuidado e ela se virou para mim confusa
- você... p-ode me passar seu... número? - falei com receio
- é... posso - ela falou me deixando aliviada e dei meu celular para ela que logo colocou seu número em meu celular e me entregou
- obrigada - dei um sorriso e a mesma retribuiu saindo do carro e entrando nas grandes portas do prédio
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