Aprender a amar - VINNIE HACKER

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Liz Scott, 17y
📍LA, Califórnia

- oi minha vida, vamos passear? - falei acariciando a pele crespa e viscosa de Safira

Bem oi, eu sou a Liz e podemos dizer que sou uma das pessoas mais solitárias que vocês iriam conhecer. Safira é a única coisa que importa nesse meu mundo! Nunca ninguém ficará acima dela.

Devem se estar perguntando quem é safira né?
Não se assustem mais eu tenho uma cobra mussurana branca, minha melhor amiga ou melhor minha única amiga.

É claro que se eu tivesse pais ou alguma presença familiar eu nunca iria ter uma cobra mais como já disse eu não tenho ninguém a não ser a safira

Minha mãe oque dizer dela? Um prostituta! As vezes até desconfio que eu não seja filha do meu pai e afinal meu pai seja um daqueles clientes dela, aos meus 16 anos ela literalmente me expulsou de casa.

Meu pai também não era flor de estufa ele bebia até dizer chega, um dia ele até bateu em minha mãe e eu como boa menina me coloquei na frente dela e quem apanhou foi eu e mesmo assim ela nunca se importou comigo. Um dia meu pai estava voltando para casa, bebado, e bateu um carro, e morreu
eu deveria ter ficado triste, sim. Mas fiquei aliviada

E então comecei a morar sozinha, a ficar sozinha, a dormir sozinha, a falar sozinha, a fazer tudo sozinha, e foi aí que tive a brilhante ideia de adotar uma cobra, eu sempre fui estranha, mas com a safira tudo ficou fácil. Não eu não sou um anjo muito pelo contrário, eu uso drogas, já me cortei e tomo ansiotina, remédio para ansiedade, depressão e para promover o bom funcionamento do sistema nervoso.

As vezes eu me pego chorando ao jantar, durante o banho, quando vou dormir, quando estou andando na rua e as pessoas me olham de lado pelo facto de eu estar chorando e com uma cobra ao pescoço.

O que eu faço sem ser isso? Nada, fico em casa o dia todo e as vezes saio para dar um passeio com safira, nesse momento estava fazendo exatamente isso.

Peguei meu moletom, e a chave do meu apartamento, e coloquei a safira na bolsa q eu sempre levava ela.

[...]

Quando dei por mim já era 20h, peguei safira colocando de volta na bolsa, e fui em direção ao meu condomínio.

Nem tive tempo de dar mais um passo quando senti meu celular vibrar no meu bolsa da calça e quase dei um pulo ao ver quem era

*Ligação on*

- oi liz - ouvi minha mãe dizer do outro lado da linha, sempre com aquela voz seca e grossa que me dava medo

- oi - respondi engolindo seco

- já ta fazendo alguma coisa, ou continua fazendo aquelas merda que você sempre fez - é gente essa era minha mãe

um silêncio se instalou

- Em minha filha? Gato comeu sua língua? A desculpa eu esqueci é cobra não gato, bem que você podia ter um gato em vez desse animal assustador que nem você - minha única reação foi desligar

* ligação off *

e para pior tudo começou a chover, mas eu nem me importei e voltei a andar já sentindo a falta de meus remédios que eu nem tinha tomado hoje de manhã.

Flash backs vieram em minha cabeça de quando eu vinha de noite para a rua só para poder fugir dos problemas de casa, de quando meu pai tentava bater na minha mãe e eu sempre me metia e acaba apanhando, de minhas cicatrizes no pulso, do meu passado. Havia vezes que eu não via outra saída, mas eu sempre pensava em safira, tirei ela da bolsa e coloquei no meu colo foi o suficiente para desabar em lágrimas, e só essas palavras passavam na minha cabeça:

"eu vou sentar e assistir o seu coração queimar.

Com o fogo que você começou em mim.

Mas você nunca voltou para perguntar como eu fiquei

Simplesmente foi embora vendo meu coração queimar"

"As vezes quando eu sinto sua falta

Eu coloco aquelas músicas que você gostava

Alguém me disse que você deixou de se preocupar comigo

Eu via você por aí rodeada de homens

E agora está na hora de enfrentar as consequências

E eu não sou mais a sua menina"

É mãe você me destruiu por inteira

Sai do meu transe sentindo uma mão no meu ombro rapidamente me virei para trás tendo a visão de um garoto.

Primeiro cap, gostaram??

Votem <3