Um Amor Inesquecível - Jenlisa (Lisa G!P!)

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Lisa POV

— Hank nós já brincamos hoje, eu até te levei na pracinha — Falo pro cachorro que corria sem parar ao redor das minhas pernas

Ele era muito animado e acaba passando essa animação pra mim também, sento no chão e começo a brincar com ele.

A manhã é mais divertida com ele aqui, o único problema é que eu sou acostumada a acordar tarde e com ele aqui não dá, mas pelo menos ele aumenta minha serotonina.

No final da manhã vou buscar as meninas na escola, mas só vejo Jisoo do lado de fora, saio do carro e caminho até ela.

— Oi Lisa — Fala quando eu chego perto

— Oi e a Rosé?

— Ela vai ficar meia hora a mais porque gritou com um professor — Fala

— Por que ela gritou com o professor?

— Ele foi machista, ela começou a debater com ele e perdeu a cabeça — Fala

— Tem a paciência da Jennie — Falo e Jisoo sorri concordando

— Eu vou indo — Fala

— Não vai esperar?

— Não posso chegar tarde em casa, por causa do castigo — Fala

— Ah, tudo bem, eu te levo

— Não precisa

— Eu faço questão, a Rose ainda vai demorar então não tem problema — Falo e ela me acompanha até o carro

Jisoo estava calada, diferente do normal geralmente ela é mais animada, decidi deixar ela no canto dela, até ela levantar a mão pra abaixar o espelho do carro e vejo um machucado em sua costela.

Não deu pra ver inteiro, só uma partezinha, mas dava pra saber que é bem maior.

— Que machucado é esse? — pergunto e ela se assusta

— Não é nada

— Não minta — Falo

— Eu bati em um móvel enquanto corria — Fala e eu estaciono, ainda não estávamos na casa dela, mas eu parei mesmo assim e viro pra ela.

— Eu quero a verdade, Jennie me falou um pouco sobre a relação difícil que você tem com a família e não tem como esse machucado ter sido causado por um móvel, no mínimo foi um soco. Você pode confiar em mim

— Eu tive uma discussão com meu padrasto no dia do aniversário dele, ele estava bêbado e me bateu — Fala de cabeça baixa e eu a abraço de lado e dou um beijo na sua cabeça

— E você não pretendia contar a ninguém?

— Minha mãe me ameaçou

— Isso não pode continuar acontecendo — Falo

— Eu não tenho o que fazer — Fala e eu decido voltar a dirigir pra não atrasa-la mais pra chegar em casa

— Você pode tomar medidas legais

— Eu sou de menor e não tenho o apoio da minha mãe pra isso

— Você é de menor, mas eu não. Eu posso te ajudar, mas isso que aconteceu no aniversário dele pode acontecer de novo e também pode acontecer coisas bem piores — Falo

— Eles são a minha família

— Não dá pra considerar pessoas que fazem isso com você de família, mas eu vou deixar você pensar sobre, e mesmo que você não concorde em denunciar eu preciso que você entenda que eu não posso permitir que isso continue acontecendo, até porque se eu sei e não faço nada a respeito, eu me torno cúmplice — Falo e estaciono agora na casa dela

— Amanhã é sexta e eu saio do castigo e vou pra sua casa com a Rosé, a gente pode conversar sobre, mas por favor não conta pra ela e nem pra tia Jennie — Fala e eu concordo

— Anote seu número de telefone, eu vou te mandar uma mensagem pra você salvar e qualquer coisa que acontecer me ligue — Falo entregando o celular a ela que faz o que eu pedi

— Obrigada — Fala e eu apenas nego com a cabeça vendo ela sair do carro

A situação me deixou sem saber o que fazer, é óbvio que eu quero denunciar, mas isso pode desencadear muitas coisas, se Jisoo não tem outros familiares ela vai acabar indo pra um orfanato e isso vai afastar ela da Rosé, até porque ela mudaria de escola, sem falar que entrar em uma briga legal com a própria família afeta bastante a saúde mental.

Quando chego novamente na escola, Rosé já estava lá e caminha até o carro.

— Onde estava?— Pergunta

— Fui deixar a Jisoo em casa — Falo

— A gente podia almoçar hambúrguer né?

— Uhum — Falo sem dar muita atenção

— Concordou rápido demais, o que tem de errado com você?

— Nada, só uns problemas na empresa. Não devia ter gritado com o professor — Mudo de assunto

— Você não sabe o que ele disse

— Era melhor ter ido na diretoria pra resolver

— Eles não resolvem nada — Fala revirando os olhos

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