Caminho

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Hope acordou deprimida.

Os barulhos contra a porta da enfermaria eram infernais de uma forma que faziam Hope chorar, ela queria morrer, cada murro dado na porta, era como um murro em seu coração.

A beta estava junto dela, a mantendo protegida em seus braços, Hope chorava de dor, ela sentia seu corpo doendo mais que sua alma, ela se sentia sendo pisada, esmagado pelo seu cio, ela sabia que poderia morrer se qualquer alfa a tocasse...ômegas morriam se não passassem seu cio com o seu alfa ou com o seu companheiro pela ordem de Merlin.

Ela emanava uma fragrância, uma fragrância que fazia com que todos os alfas não acasalados e alguma vezes acasalados, ficassem enlouquecidos por ela, loucos por marcá-las e ela desde seus onze anos, quando passou pela primeira tentativa de achar o seu parceiro, teve que se excluir do mundo por alguns dias até que sua situação estivesse estável para não atiçar nenhum deles.

Ela estava esperando, esperando por sete anos, encontrar o seu parceiro, ômegas eram raras porque quase nunca encontravam os seus parceiros e não sobrevivem por muito tempo sem eles, assim como os parceiros não sobrevivem, acabam morrendo ou provavelmente sucumbindo à loucura extrema.

- Alfinha - Hope chama por ele quando de forma inusitada, sente o cheiro dele, o cheiro do alfa dele.

De repente, um rugido alto e forte se faz presente, e Hope se encolhe sentindo daquele timbre...sua ômega sabia à quem ele pertencia, Hope queria se levantar e dizer tudo à ele, dizer que ela era dele e que o amava...ela o amava.

Tudo fica em silêncio, nada...nada nem ninguém, era apenas um profundo silêncio.

Riddle estava em frente à ala médica, ele havia acabado com provavelmente todo o estoque de supressores da escola e ainda sim, ele queria a sua ômega, a queria loucumente, de forma que uma punheta e cheirar o pijama dela não lhe foram suficientes.

Ele escutava os berros dos alfas, desesperados por ela, propósitos diferentes, eles estavam loucos por ela pelo seu cio, ele era simplesmente louco por ela.

O rugido de fúria que saiu de dentro de si, fora algo forte, as paredes da escola reverberaram por todos os lugares, Tom poderia não ser um alfa deliberadamente líder, mas, os outros entenderam que sim, que ele era o líder e o mais forte, Tom não sabia que poderia ter esse efeito, todos se afastaram, simultaneamente, todos se afastaram da ala médica.

Ele ficou alí, sozinho e encarando a porta imensa com proteção expandida, ele sentia seus instintos lutando dentro de si, lutando para sair de dentro de si e rugir até que sua ômega estivesse em sua frente.

Ele sabia que tinha força e poder suficiente para acabar com tudo aquilo...perdendo o fôlego, com seus olhos vermelhos, seu coração pulsava forte...era uma escolha.

Ele estava afundando, cada caminho em que ele havia tomado, o levava para o desgosto.

Entretanto sua mão se para em meio ao aperto da varinha...ele olhou para ela, olhou para aquele rosto gravado em sua alma, o seu sol, ele olhou para ela.

Ele afrouxou o aperto, se afastando da porta, ela brilhava sobre ele, ela não merecia, não merecia passar por aquilo, ela merecia ser feliz e inferno, ele não era a felicidade dela.

Ele era um lorde das trevas e ela era como uma lady da luz, o Sol parecia brilhar mais forte toda vez em que ele a via.

Tom lutou contra si mesmo...seu alfa estava domado, ele sabia o que ele havia feito, domar o próprio alfa era como se o tornasse um mago superior, Tom havia feito o que em sete anos havia tentado, então por que ele não se sentia vitorioso? Era uma escolha.

Ele se afastou da porta e andou para longe da mesma, o alfa tentava...o seu alfa o mandava imagens, imagens dela, seu alfa gostava dela.

Riddle não poderia mais, não poderia mais se ele quisesse ser um lorde das trevas, Hope não era sua, ele não poderia envolvê-la em seus planos, ela estava o tornando fraco e emotivo, estava o tirando de seu próprio eixo...ele estava se tornando um covarde e ele não era isso...Hope Peverell o atrapalhava em sua busca ao poder...era isso, ela iria voltar de seu cio, fingindo que nada aconteceu e ele não iria mais procurá-la.

Hope estava na ala médica se sentindo acalmar quando aquele cheiro chega às narinas dela, o cheiro dele, ele estava lá fora, ela tinha que vê-lo.

- Onde vai, querida? - madame pergunta ao vê-la se levantar devagar da sua maca.

- Eu quero ver o meu alfinha, madame - a pequena responde feliz ao colocar seus chinelos.

- Nada disso, hoje não pode, querida, pode vê-lo amanhã, o que acha? - a beta a questiona vendo a ômega parar no meio do caminho e concordar com a cabeça, a madame estava certa, ela teria que esperar até o dia seguinte para que falasse à ele que o amava muito.

- Sim, o alfinha, vai me esperar por mais um dia - A pequena ruiva sorria ao se deitar novamente.

- E como vocês dois são? - a beta a questiona tentando fazê-la se esquecer do ocorrido e um sorriso imenso se faz no rosto da pequena ômega.

- Ele é o meu alfinha, madame, vamos ficar juntos para sempre - Hope afirma suspirando.

- Oh querida, mas, e se ele não for o seu escolhido? - a mulher a pergunta.

- Ora essa madame, eu o amo, alfa nenhum vai ocupar o meu coraçõezinhos como ele ocupa, ele é o meu alfinha - a ômega sorria apaixonada.

Tom estava andando pelos corredores da escola, em busca de uma fuga...uma fuga dela.

Ela ocupava os seus pensamentos e seu coração.

- Boa noite, senhor Riddle - uma beta sonserina um ano mais nova, era meiga, meiga como uma flor e pequena, não tanto para ter que subir em seus pés ficando na pontinha de seus dedos...era de cabelos pretos que pareciam sedosos de tão lisos.

- Senhorita Laurent, está espetacularmente bela nesta noite - ele oferece com um sorriso galante que a faz derreter e corar em suas bochechas...olhos cor de mel...era uma boneca.

- O senhor é muito gentil - a beta sorri ao dar um beijinho na bochecha dele.

O que acharam? •

• Beijos da mamãe Nicole e até o próximo, meus bolinhos •

My Destination - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora