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Eu já estava na minha casinha, iria precisar me acostumar com a movimentação dessa rua e do barulho no restaurante do Sr Antônio, falar nele ele era um amor de sr.
Sua esposa trabalhava na cozinha a Eulália era uma mulher maravilhosa e foi a que mais me ajudou com a mudança.
- Você vai querer mais alguma coisa menina? - Sr. Antônio perguntou para mim, o restaurante já estava fechado e quando eu disse que ia me mudar hoje, eles ja me esperavam na porta de casa. Minha casa ficava de frente pro restaurante e eles moravam ao lado.
— Não precisa Sr Antônio, consigo me virar com as coisas que tenho aqui obrigada. Vou só ir comprar as coisas de comer e já posso dizer que tenho tudo em casa. — Ele riu, e Dona Eulália também.
— Então deixa que vou com você, estou precisando compra umas coisas para o restaurante. — Ela falou e eu sorrir, confesso que eles estão me ajudando e muito.

Eu e ela fomos o caminho todo conversando até o mercado que tinha ali próximo, comprei tudo que era necessário para casa.

— Quer ajuda Dona? — Ouvir uma voz masculina que me arrepiou todinha, olhei bem pra cara no automática e era o tal do Samuraí, o mesmo me mediu novamente e abriu um sorrisinho de canto que foi completamente ignorado por mim.
— Não precisa meu filho, o Antônio já está vindo me buscar. — Ela sorriu para ele. E o mesmo apenas assentiu e se afastou.
Nós colocamos todas as coisas no carro deles, agradeci mentalmente que eles me deram essa carona, meu celular estava cheio de mensagem. Já até imaginava de quem seria.

— Você quer ajuda pra guardar as coisas minha filha? — Dona Eulália disse ao colocar minha última sacola na minha cozinha.
— Não precisa não, vocês já me ajudaram muito. Eu organizo isso aqui rapidinho.

Na manha seguinte

Eu só não podia imaginar que o melhor dia da minha vida ia ser seguido por um pior, estava agora na sala conversando com meu chefe já que a filha da puta Gisele disse que eu simplesmente peguei dinheiro aqui.
— Eu não fiz isso, não tenho culhão para essas coisas. Sei muito bem o que é ser roubada a vida toda e não faria essas coisas, trabalhei aqui todos esses anos foi com muito suor e guardei tudo para conquistar tudo, guardando e escondendo do meu pai para não ficar sem ter o que comer em casa. — Disse já com a voz embargada.
— Eu sinto muito Natane, mas não consigo mais confiar em você aqui. Não vou te demitir por justa causa, em respeito a todos os anos que trabalhou aqui. Mas não poderá mais trabalhar aqui. Aqui está sua recisão. — Me entregou um papel, assinei e sair. Encontrei gisele rindo com outra menina na loja ao me ver, respirei fundo. Coloquei o meu melhor sorriso.

— Natane? — Ela me chamou, após eu sair da loja. Eu apenas olhei para cara dela. — Isso é por você ficar de conversinha com meu homem.

Eu fiquei incrédula não podia acreditar que ela me fez perder o emprego que eu tinha, que a única forma que eu tinha como me sustentar essa filha da puta me tirou por conta de macho que come ela e mais 7 pelo morro e pior, nunca nem ligou para ela. Sair andando sem lhe dar nenhuma resposta, não ia dar palco ainda mais pra maluca. Não demorou muito para chegar ao morro, subir aquilo ali querendo morrer, minha vida parecia que ficou pior depois que cheguei aqui.

Minha única amiga me virou as costas por conta de uma pessoa que não liga para ela, um homem sem moral nenhuma. Não sei o que diabos ela ver nele, por que sinceramente.

Abrir a porta de casa e me assustei com o que vi ...

Espada de Sangue. Where stories live. Discover now