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Após muita coisa acontecer eu aprendi que para as pessoas que vem me desprezar, eu tenho que menosprezar. Se não der certo? É só tacar uma pedra na cabeça que tudo se resolve. Sabia desde o começo o que ela estava tentando fazer? Sim, sabia.
Ela queria me desmotivar e me humilhar, mas a vida já fez muito isso comigo. A diferença entre eu e ela, é que ela é baixa de espírito e eu? Ah meu amor, o Deus que me segue é forte.

Após o episódio meu dia foi tranquilo, apesar de eu estar com uma dor de cabeça horrível.

— Você vai mesmo pro pagode né? — Gisele me perguntou e eu fiquei olhando para ela. Na verdade eu queria entender como ela demorou tanto procurando um bendito vestido que estava na primeira arara. Sinceramente? Algo em Gisele não brilhava mais como antes, não como minha melhor amiga que eu podia contar para tudo. Algo hoje mostrou que eu não podia confiar nela. Na verdade? Eu não podia confiar em ninguém.

— Deixa pra próxima amiga, minha cabeça tá doendo muito. E eu não gosto nenhum pouco de misturar remédio com cachaça. — Abrir um meio sorriso para ela e ela apenas assentiu com a cabeça.

— Então tá bom, deixa pra próxima. — Ela sorriu, mas seu sorriso para mim não era mais um sorriso de cumplicidade.

Cheguei em casa com a Gi e fui direto para o quarto no qual eu estava hospedada, graças a Deus fomos liberada hoje mais cedo. Vou sair para procurar uma casa para mim, não dá mais para ficar aqui.

— Olha tô indo ali no salão, qualquer coisa me liga tá? — Giselle disse da porta do meu quarto.

Tomei meu banho e logo sair, vesti uma roupa confortável. Nesse tempo todo que estou aqui, estou procurando casas para comprar. Graças a Deus tenho um dinheiro bacana no banco, mas as casas que encontro nada é do meu agrado. Vou dar uma volta no morro hoje para ver se encontro algo do meu agrado.

Sair de casa e comecei a caminhar olhando os locais.
Pensando bem, foi uma grande maravilha de verdade ter conseguido vir morar para cá. A tal da Fabi é namorada/amante sei lá o que de uns dos frente daqui, chamado Heitor.

Não vou mentir para vocês, tem um boys babados aqui. Mas a minha única vontade mesmo é crescer profissionalmente para conseguir sair da casa da Gisele, eu acho que depois que a gente começou morar juntas e ela levou um pé na bunda do tal do Samuraí, ela não fala mais comigo como antes. Como se eu tivesse culpa de algo.

Parei em frente uma sorveteria e entrei na mesma, comprei um sorvete de flocos.

— Nane, fiquei sabendo que a casa aqui do lado tá vendendo. O dono até deixou a chave aqui para ver se conseguimos alguém descente para vende-la, não quer ir ver? — O Sr Antônio disse para mim. Conheci ele nos primeiros dias que cheguei aqui, gosto bastante de sorvete.
— Claro que eu quero. — Meus olhos até brilharam.

...

A casa já era perfeita, teria apenas que pintar umas coisas conforme meu gosto. Mas tinha dois quartos, cozinha e sala e dois banheiros. Era simplesmente perfeita.

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