Pra gente, enfim, se amar.

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Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos)

Rafaella seguiu seu caminho para a área de embarque. Seu coração estava apertado. Estava indo realizar seu sonho, mas estava deixando muito para trás, e isso inevitavelmente doía. Não era o fim do mundo, mas ela sabia que muita coisa iria mudar devido à distância.

Já do lado de fora daquele local, Bianca se encontrava sentada no banco do motorista de seu carro, refletindo sobre as últimas semanas. Teve momentos incríveis com sua melhor amiga, descobriu estar apaixonada por ela, teve boas notícias relacionadas ao seu trabalho, assim como Rafaella, que foi embora. Rafaella foi embora. Aquela que era sua parceira em tudo, que lhe fazia rir, que lhe acalmava, aquela mulher que amava tanto, que esteve presente em sua vida diariamente, o tempo todo, por tantos e tantos anos.

A morena encostou a cabeça no volante e se permitiu chorar. Deixou que todo aquele peso em seu coração fosse tirado de seu corpo junto com aquelas lágrimas.

Quando se sentiu mais calma, limpou o rosto, ligou o carro e seguiu caminho em direção à casa que antes dividia com Rafa. Passou o trajeto todo em silêncio, dirigiu praticamente no automático, pois quando se deu conta já estava estacionando na vaga da garagem do prédio.

Assim que abriu a porta, sentiu um grande vazio. Passou pela sala, subiu as escadas, e caminhou diretamente para o quarto de Rafa. Quando viu a cadeira da penteadeira arregalou os olhos e se desesperou.

"A jaqueta preferida dela! Meu Deus, ela esqueceu a jaqueta dela!" — A carioca disse mentalmente, se aproximando e pegando a peça. Deu um cheirinho e suspirou. "Ela não vive sem essa jaqueta!"

Bianca andou de um lado para o outro algumas vezes, tentando pensar. Seria estupidez ir até o aeroporto entregar uma jaqueta? Sim. Então era isso que ela faria. Correu para fora do apartamento com a peça em mãos.

— Alô? — Atendeu o telefone que tocava no som do carro.

"Bia, onde você tá? A gente tava queren..." — A voz de Marcela soava pelo interior do veículo.

— Tô voltando pro aeroporto. Inclusive, preciso que você me ajude! — Cortou a amiga, estava dirigindo rápido, com muita pressa.

"Aeroporto? O que? Como assim, Bianca?"

— Compra uma passagem internacional pra mim, tu tem meus dados, a Gizelly sabe meu cartão, só compra aí e me manda as informações, por favor.

"Tá maluca, Bianca?"

— Por favor, rápido! Internacional! — Bianca terminou de falar e desligou a chamada, não tendo tempo para responder mais questionamentos. Tentou ligar para Rafaella mais uma vez, pois havia tentado antes e não tinha sido atendida, mas novamente não teve retorno.

Andrade estava nervosa, Rafa tinha chegado no aeroporto com antecedência, mas um bom tempo (que Bianca nem tinha calculado quanto era) já tinha passado entre a ida pra casa e a volta para lá, pegou até engarrafamento, então temia não encontrar Kalimann.

Poucos minutos depois a carioca estacionou em qualquer lugar perto do aeroporto e saiu correndo. Checou o celular e viu que Marcela havia conseguido a passagem. Passou pela porta da área de embarque internacional às pressas, correndo para a fila de detectores de metais. Enquanto esperava, tentou falar novamente com a mineira, não obtendo sucesso.

Quando foi passar pela máquina, teve que retornar pois havia esquecido de tirar do bolso a pulseira igual a que havia dado à Rafaella. Em seguida, tirou e conseguiu passar livremente.

Não sabia para onde ir, então foi atrás de qualquer funcionário. Caminhou até o portão de embarque e chamou a atenção da mulher atrás do balcão.

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⏰ Letzte Aktualisierung: Aug 15, 2022 ⏰

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