* 2° livro da sequência "Dark Journey" *
Aksa Fernández, passou por diversas dificuldades até se tornar CEO de uma grande empresa multinacional. Dor, solidão e superação sempre foram seus companheiros de vida, porém mesmo após superar seu maior tra...
Hoje é sexta, quase 18:00, marquei de encontrar o Rodrigo no Shopping daqui 20 minutos.
Assim que cheguei no local que havíamos combinado, avistei ele de longe acompanhado por uma mulher. Semicerrei os olhos para enxergar com mais clareza, e só então ele percebeu minha presença.
Quando me aproximei um pouco mais, a mulher me olhou e logo se despediu de Rodrigo.
— Quem era? - perguntei depois que lhe dei um beijo.
— Minha psicóloga.
— Por que ela foi embora desse jeito? - franziu o cenho - Ela quase saiu correndo quando me viu.
— Não sei, acho que ela deve ter ficado com medo dessa sua cara fechada. - deu de ombros.
— Hum. - arqueei uma das sobrancelhas.
— O que foi, preta? - passou o braço em meu pescoço enquanto caminhávamos.
— É só ciúme besta, amor. - ele sorriu - Parece que depois que você começou a usar essa aliança as mulheres passaram a te ver como alvo. Eu até entendo elas, já que não é todo dia que se encontra um homão igual você por aí, mas, sendo sincera, isso tá começando a me incomodar!
Depois que eu e o Rodrigo ficamos noivos, ele vem recebendo tudo que é tipo de investida de inúmeras mulheres. Nas redes sociais, na rua, no trabalho, literalmente em todo lugar, e como ele sempre foi muito educado ao dar fora em desconhecidas, muitas delas acabam se iludindo ainda mais.
— Você sabe que eu faço meu máximo, preta. Eu dispenso todas, mas não posso impedir elas de virem falar comigo! - disse tranquilamente.
— Já pensou em usar uma burca? - ele riu.
— Meus olhos são azuis e eu tenho 1,92 de altura. Chamaria o mesmo nível de atenção!
— É, verdade. O jeito é continuar passando raiva!
— Ei, vem cá. - ele segurou minha mão, me puxando para mais perto, depois segurou meu rosto - Te amo.
— Eu também te amo. - selamos nossos lábios algumas vezes.
Ficamos no Shopping por mais ou menos 1 hora e meia, já que ele precisava comprar algumas coisas.
Quando entramos no estacionamento, um vento forte fez eu me encolher.
— Tá com frio? - perguntou sorrindo e eu assenti.
O simples ato de abrir a porta do carro e pegar uma jaqueta se tornou inexplicavelmente sexy. Eu amo todas as versões do Rodrigo, mas aquela roupa preta do Delegado Santiago me faz perder o fôlego.
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— Aqui. Toma! - colocou a jaqueta em meus ombros - Eu conheço essa sua cara de safada. - ri - No que você tá pensando?
— Não posso dizer em voz alta o que tá passando na minha cabeça. É pecaminoso demais! - sorri e entrei em meu carro - Brigada pela blusa.
— Por nada. - disse ao se abaixar para ficar na altura da minha janela - Quando chegarmos em casa a gente peca junto então. - piscou um dos olhos enquanto mordia o lábio inferior, depois foi até seu carro.
O Rodrigo é, de longe, o homem mais lindo que eu já me envolvi. E sendo bem sincera, nunca achei que fosse capaz alguém me provocar e me satisfazer como ele. Ele é o tipo de cara que te faz chegar no ápice, quantas vezes você pedir, sem nem mesmo tirar sua calcinha.
Só o cheiro dele naquela jaqueta já era capaz de ativar o lado mais obscuro da minha imaginação.
Respirei fundo, balancei a cabeça e afastei aqueles pensamentos.
Bom, pelo menos por enquanto.
Depois daquele susto que passamos, percebemos que quanto mais tempo eu passar perto do Rodrigo ou do Dante, melhor. Hoje em dia, são poucas as vezes que durmo na minha casa e, quando isso acontece, o Rodrigo sempre vai comigo.
Completamos exatamente cinco meses de noivado ontem, essa é a etapa em que escolhemos as testemunhas do casamento. Sobre a cerimônia, decidimos juntos que ela ficaria mais bonita apenas com "2 padrinhos e 2 madrinhas", além de termos dispensado a entrada da bíblia, já que não iríamos nos casar em solo religioso por nenhum dos dois ser praticante de nenhuma religião em específico.
— Preta? - Rodrigo entrou no quarto - Tá pronta?
— Tô terminando, amor. - disse terminando de arrumar o cabelo - Pega uma sandália lá no closet para mim, por favor? Ela tá perto da mala vermelha!
Vamos almoçar fora hoje.
Rodrigo sempre se deu muito bem com a minha família, desde a época que éramos só amigos, e agora que vamos nos casar, ele se aproximou ainda mais deles. Como casal, nos identificamos muito com a Alice, a Letícia, o Dante e o Henrique, mas é óbvio que nos inspiramos muito nos meus tios, na Carol e no Murilo.
Saímos de casa às 11:15, e chegamos no restaurante às 11:30.
— Olha quem chegou?! - ouvi a voz de Letícia.
— Atrasados, como sempre. - Henrique comentou e nós rimos.
— Dessa vez foram só 10 minutos de atraso, estamos melhorando.
— Eae, pombinhos. Como está indo o noivado? - Alice disse.
— Novidades? - dessa vez foi Dante que perguntou.
— Na verdade, é sobre isso que viemos falar com vocês. - sorri - Eu e a Aksa conversamos muito sobre esse assunto porque achamos que essa é uma escolha muito importante pra gente. Não só no casamento, mas na vida!
— Estão preparados? - perguntei e os quatro se entreolharam - Alice, Letícia, Dante e Henrique, vocês aceitam ser nossas testemunhas, tanto no civil, quanto na cerimônia?
Eu fui testemunha do casamento do Dante e sei o quão bom é receber essa oportunidade. Ser testemunha é muito mais que assinar um papel, é estar disposto a ajudar, acolher e aconselhar o casal enquanto for preciso!
— É sério? - Letícia perguntou com os olhos marejados.
— Vocês só podem estar brincando. - Henrique disse sorrindo.
— Estamos falando sério. Eae, aceitam?
— É óbvio que sim, gente. - Alice se levantou e veio em nossa direção, logo em seguida os outros três fizeram o mesmo.
Abraçamos cada um deles enquanto a emoção tomava conta do ambiente.
— E então, eu vou entrar com quem na cerimônia? Com o Dante ou com o Henrique? - Alice perguntou depois de uns instantes e eu franzi o cenho.
— Nenhum dos dois. - Rodrigo respondeu - Você vai entrar com a Letícia, e o Dante vai entrar com o Henrique. Não vamos desfazer os casais!
Sabíamos que em algum momento essa nossa decisão de escolher casais homossexuais como padrinhos e madrinhas poderia repercutir de um jeito negativo, mas eu e Rodrigo não dávamos a mínima. Não iríamos separar os casais que nos identificamos desde o início do nosso relacionamento apenas por medo de comentários alheios.
*Relevemoserros, porfavor.*🥺 Capítulo pequeno, né?! Eu sei. Vou tentar postar 2 capítulos na semana que vem para compensar!😁
