68_ Hugo,oque há de errado comigo?

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Eu estou me sentindo muito mentirosa. Hugo está dormindo serenamente ao meu lado, enquanto eu passo a mão em seus cabelos longos. Nossos corpos ainda nus,apenas um lençol fino por cima,e eu o admirando.

Eu odiaria se ele me enganasse,que ele fingisse prazer sem sentir e isso tem acontecido comigo.

Nossos momentos sempre foram bons e eu já venho percebendo isso a algumas semanas. De repente minha vontade sumiu.

Não consigo encontrar uma explicação para o que isso acontece comigo.

Hugo tem um corpo bem formoso e invejável. Seus toques,seus beijos quentes. Sempre me fazem querer por mais,mas na hora H não sinto nada.

E se ele me deixar? Ou achar que não gosto mais dele?

Eu não sei oque fazer!

Me levanto lentamente para não lhe acordar. Calço minhas pantufas e vou até o banheiro.

Dou uma olhada no espelho e vejo o quão descabelada eu estou. Liguei o chuveiro deixando a água morna cair sobre meu corpo. E em meio de tantos pensamentos eu acabo chorando.

Termino o banho e coloco uma blusa e uma calça moletom do Hugo. As roupas dele são totalmente confortáveis.

E ele foi bem esperto em trazer uma mochila com roupa.

Faço um coque em meu cabelo e desço,olhei para o horário em meu celular e vi que são uma e sete da manhã.

Pego minha insulina,que estava dentro da mochila e aplico,logo depois pego meu remédio de diabetes e pressão alta e tomo também.

Desço, afim de explorar a casa nova. E vejo que na sala tem duas poltronas e na cozinha uma máquina de café,junto com três potes de biscoito,de leite em pó e de pó de café.

Tem algumas xícaras e do lado tem um mini freezer,eu curiosa me abaixo para ver oque tem dentro. Abro o freezer e vejo que tem algumas frutas, água e pão.

Com certeza absoluta ele passou alguns dias aqui, trabalhando. Por causa do silêncio.

Me levanto e coloco pó de café e água na cafeteira e me sento na poltrona, pensando em minha patinha, Dori.

Essa semana eu e Hugo estávamos tomando banho quando ela entrou no banheiro.
Ele quase que morre de rir e eu também.

Ela nos olhava como se estivesse no repreendendo por estarmos fazendo coisas devassas.

Ela começou a gostar mais do Yuri,pois a mesma vivia bicando ele.

O barulhinho da cafeteira começa a apitar me indicando que o café já está pronto,me levanto e ponho um pouco em minha xícara.

Volto a sentar na poltrona e agora bebendo meu café.

E se ele já tiver percebido?
E se ele estiver pensando em terminar? Ele não pode tomar decisões precipitadas. Apesar de que nem eu mesma sei oque está acontecendo.

Eu até pensei na minha doença..
Porém,nunca soube que isso fosse um sintoma.

Faz um tempo que não consulto a nefrologista.

Em meio de tantos pensamentos a voz grossa do Hugo entra em meus ouvidos me tirando do transe: -Acordada a essa hora?- pergunta vindo até mim.

- Estou sem sono...e você? Porque acordou?- Pergunto olhando para minha xícara que não contém mais nada dentro.

- Levantei para ir ao banheiro e vi que você não estava lá - Responde- Está tudo bem?- Ele volta a insistir na pergunta,agora mais desconfiado.

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